Porém, Òdàrà é o 'pai' de todos os outros Exús, pois eles não são irunmọlé diferentes. A multiplicidade de caminhos e nomes é explicada, um pouco, no Odù Òsétúrá.
Exú Odará
Conta a lenda que Èşù estava envolvido em uma batalha com Orixá Ikú (Morte).
Ele estava caçando Èşù há muito tempo, Ikú vinha como uma maldição.
Ele pegou um instrumento especial de sua propriedade para cortar Èşù ao meio.
Porém, a cada vez que ele cortava Èşù as metades renasciam.
Logicamente Ikú se apavorou e saiu correndo desesperadamente.
Não somente este itọn explica como tantos Eshu vieram a aparecer, porém, é a prova de que eles são os mesmos. Grande parte da confusão em torno dos vários caminhos de Èşù vem do fato de que cada Odù e cada Orixá tem seu próprio Exú (Bara Exú).
Os Èşù para diferentes òrìsà nascem no Odù Ọwọnrin Ìwòrì onde vemos Èşù Ananaki para Şàngó, onde vemos Èşù Oke para Ợbàtálá em Ọwọnrin Ogbè.
Diz-se que a cada Orí que é criado um Èşù é acoplado a ele.
Alguns nomes de Èşù são bem conhecidos tais como:
Èşù Láròóyè que se traduz como: Perto das mães. Este Eshu está associado à Oxum (Òsún)e carrega o àse da sensualidade e da fertilidade.
Èşù Láàlú é o Èşù da dança, dança que provoca possessão.
Exú Iseri é o Èşù do orvalho da manhã e refere-se às plantas da floresta e está associado à Osányìn.
Exú Oro é o Èşù do poder da palavra (Ìká) é o Èşù que coloca o àse em nossas orações e invocações.
Existem muitos outros nomes ou podemos dizer de Èşù.
Dizem que eles são 21 (vinte e um), mas na realidade são muito mais.
Exú é comumente conhecido como: O Malandro, nome que representa a oportunidade. Porém, devemos questionar se este é realmente o papel mais importante de Èşù.
Ele é o executor cármico que simplesmente proporciona efeito em suas ações. As boas e as más.
Ele nos lembra de que nós, e somente nós, somos responsáveis por nossas ações. Não culpe Òlódùmarè, ele não se envolve em assuntos cotidianos, não culpe seus pais, seu chefe ou o seu cônjuge. Culpe-se por não se corrigir e não resolver seus conflitos internos.
Orixá Èşù é o princípio do caos e da transformação. Ele nos empurra a crescer, ele é causa e efeito. Ele faz a mediação entre os seres humanos e os Ajogun. Por fim, Ele é o guardião e o conferidor do Axé.
Àse imbui o som, o espaço, a energia e a matéria com a reestrutura existente. Para depois transformar e controlar o mundo físico.
Reduzir Èşù a fabricante de maldades ou trapaceiro é ser completamente idiotia e ignorante do seu verdadeiro papel no universo.
Èşù nos provoca a pensar antes de agir, para que suas escolhas e livre arbítrio possam afetar o seu destino.
Um verso de Ogbè’ worin ilustra este aspecto de Eshu.
Pressa é desnecessária para o sucesso.
Alguém pode se envolver em atividades criminosas.
Foi lançado Ifá para Ọrúnmìlà.
No dia em que ele iria implorar por um filho à òrìsà. Ele foi avisado a cuidar da Terra e fazer ebó (significados de Ebó).
No Candomblé o seu dia é segunda feira, suas contas (dilogun, guias) sãos o preto e vermelho, ou todas as cores juntas, a saudação (Oriki) é Laroiê, come padê, adora bebidas (cachaça), também sempre é o primeiro em tudo. Já na Umbanda ele não é cultuado, pois os Exús de Rua não são Orixá, são espíritos (Eguns).
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