Contrariado, Olodumare foi reticente na resposta e Orunmilá partiu mundo afora a fim de saciar a vontade do seu Senhor. Orunmilá embrenhou-se em todos os cantos da Terra. Passou por muitas dificuldades, andou por povos distantes. Muitas vezes foi motivo de deboche e negativas acerca do que pretendia conseguir.
Já desistindo do intento e resignado a receber de Olodumare o castigo que por certo merecia, Orunmilá se pôs no caminho de volta. Estava cansado e decepcionado consigo mesmo. Entrou por um atalho e ouviu o som de cânticos. A cada passo, Orunmilá sentia suas forças se renovando. Sentia que algo de novo ocorreria.
Chegou a um povoado onde os tambores tocavam louvores a Xangô, Yemanjá, Oxum e Obatalá. No meio da roda, bailava uma linda rainha. Era Oxum, que acompanhava com sua dança toda aquela celebração. Bailando a seu lado estava um jovem corpulento e viril. Era Oxóssi, o grande caçador.
Orunmilá apresentou-se e disse da sua vontade I de falar com aquele caçador.
Todos se curvaram perante sua autoridade e trataram de trazer Oxóssi à sua presença. O velho adivinho dirigiu-se ao Orixá Oxóssi (qualidade de Oxossi) e disse que Olodumare o havia encarregado de conseguir uma codorna.
Seria esta, agora, a missão do Orixá Oxóssi.
Oxóssi ficou lisonjeado com a honrosa tarefa e prometeu trazer a caça na manhã seguinte. Assim ficou combinado. Na manhã seguinte, Orunmilá se dirigiu à casa de Oxóssi. Para sua surpresa, o caçador apareceu na porta irado e assustado, dizendo que lhe haviam roubado a caça.
Oxóssi, desorientado, perguntou à sua mãe sobre a codorna, e ela respondeu com ares de desprezo, dizendo que não estava interessada naquilo. Orunmilá exigiu que Oxóssi lhe trouxesse outra codorna, senão não receberia o axé de Olodumare.
Oxóssi caçou outra codorna, guardando-a no embornal, Procurou Orunlá e ambos dirigiram-se ao palácio de Olodumare no Orun (os céus). Entregaram a codorna ao Senhor do Mundo. De soslaio Olodumare olhou para Orixá Oxóssi e, estendendo seu braço direito, fez dele o Rei dos Caçadores.
Agradecido a Olodumare e agarrado a seu arco, Oxóssi disparou uma flecha ao azar e disse que aquela deveria ser cravada no coração de quem havia roubado a primeira codorna Oxóssi desceu à Terra. Ao chegar em casa encontrou a mãe morta com uma flecha cravada no peito.
Desesperado, pôs-se a gritar e por um bom tempo ficou de joelhos inconformado com seu ato. Negou, dali em diante, o título que recebera de Olodumare.
Orixá Oxossi, linhagem dos Odé (caçador), sua saudação é Okê arô! Rei da nação Ketu do candomblé, as cores de seus colares (contas, delogum) são azuis claro, possui culto no Candomblé, Santeria (Osha Ifá), já na Umbanda não tem Orixá, e sim um falangeiro (egum de luz).
Boa tarde!
ResponderExcluirFiz meu odu,8 ejinila, onde é leio o resultado?
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