Ogum cultivava o campo e Oxóssi trazia caça das florestas.
A casa de Iemanjá era farta.
Mas Iemanjá tinha maus pressentimentos e consultou o babalaô.
O adivinho lhe disse que proibisse Oxóssi de ir caçar nas matas, pois Ossaim, que reinava na floresta, podia aprisionar Oxóssi.
Iemanjá disse ao filho que nunca mais fosse à floresta.
Mas Oxóssi, o caçador, era muito independente e rejeitou os apelos da mãe.
Continuou indo às caçadas.
Um dia ele encontrou Ossaim, que lhe deu de beber um preparado.
Oxóssi perdeu a memória.
Então Ossain rapta Oxossi
Ossaim banhou o caçador com abôs (preparado de ervas) misteriosos e ele ficou no mato morando com Ossaim.
Ogum não se conformava com o rapto do irmão.
Foi à sua procura e não descansou até encontrá-lo.
Finalmente livrou Oxóssi e o trouxe de volta a casa.
Iemanjá, contudo, não perdoou o filho desobediente e não quis recebê-lo em casa.
Ele voltou para as florestas, onde até hoje mora com Ossaim.
Ogum, por sua vez, brigou com a mãe e foi morar na estrada. Iemanjá passou a sentir demais a ausência dos dois filhos, que ela praticamente expulsara de casa.
Tanto chorou Iemanjá, tanto chorou, que suas lágrimas ganharam curso, aí se avolumaram e num rio Iemanjá se transformou.
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