COMO É A FESTA DE OMOLU “OLUBAJÉ”:
Em sua ordem no Xirê, diante do cortejo. Atrás dela, uma filha de Oyá carrega algumas esteiras. Logo a seguir, uma outra traz, na louça de barro as folhas de “ewe-lará” (folha de Momona). Uma terceira filha sustenta em sua cabeça um pote de argila contendo o “aluá”, a bebida sagrada. Vinte e um tipos de comida geralmente são oferecidos, sete no mínimo.
Um novo cântico de ritmo lento começa a ser ouvido. Ele marca o início do grande banquete do rei e vai se prolongar por muito tempo até o seu final.
“Aráayé a je nbo , Olúbàje a je nbo
Aráayé a je nbo , Olúbàje a je nbo”
TRADUÇÃO
Povo da terra, vamos comer e adorá-lo, o senhor aceitou comer.
Povo da terra, vamos comer e adorá-lo, o senhor aceitou comer.
As esteiras são desenroladas e sobre elas é colocado um tecido branco e imaculado. Um após outro, os alguidares e potes são colocados sobre a toalha e formam sobre o chão a grande mesa .
O babalorixá ou Yalorixá (pai e mãe de santo) incumbe a três dos mais velhos iniciados a servir, sobre as folhas de mamona, utilizados como pratos, um pouco de cada alimento contido nos recipientes. Ela mesma se encarrega de oferecer os primeiros aos convidados mais importantes, aconselhando a todos a não ficarem imóveis, mas a dançar ou se mover sem parar e comer com as maõs.
Os cânticos não param . Ao lado e a um canto da “mesa” uma grande bacia esta preparada para receber os restos que devem ali ser depositados. As folhas que servem de prato devem ser fechadas, juntamente com os restos de comida não consumidos, e passadas ao longo do corpo, as mãos não devem ser lavadas...elas serão limpas ao serem esfregadas nos braços, pernas ou cabeça para que o Axé se impregne na pele.
O zelador de Orixá, assegurando-se de que cada um foi servido, dirige-se até um convidado de grande importância de outra comunidade, exortando-o a cantar as preces de Obaluaiê com Cânticos de fundamento para este Orixá e Oros (rezas).
Meu pai,lindo orixá!
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