Orixá Obaluaiê - Omolu

Postado por: Ebomi at 13:11 6 Comentarios

Sobre Orixá Omolu -Obaluaiê

Na Umbanda, o culto é feito a Obaluaiê, que se desdobra com o nome de Omulu. Orixá originário do Daomé. É um Orixá sombrio, tido entre os iorubanos como severo e terrível, caso não seja devidamente cultuado, porém Pai bondoso e fraternal para aqueles que se tornam merecedores, através de gestos humildes, honestos e leais. No final do texto você poderá escutar e ler os canticos de Omolu em ketu.

OMOLU - Obaluaiê














Nanã decanta os espíritos que irão reencarnar e Obaluaiê estabelece o cordão energético que une o espírito ao corpo (feto), que será recebido no útero materno assim que alcançar o desenvolvimento celular básico (órgãos físicos).

Ambos os nomes surgem quando nos referimos à esta figura, seja Omulu seja Obaluaiê. Para a maior parte dos devotos do Candomblé e da Umbanda, os nomes são praticamente intercambiáveis, referentes a um mesmo arquétipo e, correspondentemente, uma mesma divindade. Já para alguns babalorixás, porém, há de se manter certa distância entre os dois termos, uma vez que representam tipos diferentes do mesmo Orixá. 

São também comuns as variações gráficas Obaluaê e Abaluaê. 

Um dos mais temidos Orixás, comanda as doenças e, consequentemente, a saúde. Assim como sua mãe Nanã, tem profunda relação com a morte. Tem o rosto e o corpo cobertos de palha da costa, em algumas lendas para esconder as marcas da varíola, em outras já curado não poderia ser olhado de frente por ser o próprio brilho do sol. Seu símbolo é o Xaxará - um feixe de ramos de palmeira enfeitado com búzios. 

Em termos mais estritos, Obaluaiê é a forma jovem do Orixá Xapanã, enquanto Omulu é sua forma velha. Como porém, Xapanã é um nome proibido tanto no Candomblé como na Umbanda, não devendo ser mencionado pois pode atrair a doença inesperadamente, a forma Obaluaiê é a que mais se vê. Esta distinção se aproxima da que existe entre as formas básicas de Oxalá: Oxalá (o Crucificado), Oxaguiã a forma jovem e Oxalufã a forma mais velha. 

A figura de Omulu/Obaluaiê, assim como seus mitos, é completamente cercada de mistérios e dogmas indevassáveis. Em termos gerais, a essa figura é atribuído o controle sobre todas as doenças, especialmente as epidêmicas. Faria parte da essência básica vibratória do Orixá tanto o poder de causar a doença como o de possibilitar a cura do mesmo mal que criou. 

Em algumas narrativas mais tradicionalistas tentam apontar-se que o conceito original da divindade se referia ao deus da varíola, tal visão porém, é uma evidente limitação. A varíola não seria a única doença sob seu controle, simplesmente era a epidemia mais devastadora e perigosa que conheciam os habitantes da comunidade original africana, onde surgiu Omulu/Obaluaiê, o Daomé. 

Assim, sombrio e grave como Iroco, Oxumarê (seus irmãos) e Nanã (sua Mãe), Omulu/Obaluaiê é uma criatura da cultura jêje, posteriormente assimilada pelos iorubás. Enquanto os Orixás iorubanos são extrovertidos, de têmpera passional, alegres, humanos e cheios de pequenas falhas que os identificam com os seres humanos, as figuras daomeanas estão mais associadas a uma visão religiosa em que distanciamento entre deuses e seres humanos é bem maior. Quando há aproximação, há de se temer, pois alguma tragédia está para acontecer, pois os Orixás do Daomé são austeros no comportamento mitológico, graves e conseqüentes em suas ameaças. 

A visão de Omulu/Obaluaiê é a do castigo. Se um ser humano falta com ele ou um filho-de-santo seu é ameaçado, o Orixá castiga com violência e determinação, sendo difícil uma negociação ou um aplacar, mais prováveis nos Orixás iorubás. 

Pierre Verger, nesse sentido, sustenta que a cultura do Daomé é muito mais antiga que a iorubá, o que pode ser sentido em seus mitos: A antigüidade dos cultos de Omulu/Obaluaiê e Nanã (Orixá feminino), freqüentemente confundidos em certas partes da África, é indicada por um detalhe do ritual dos sacrifícios de animais que lhe são feitos. Este ritual é realizado sem o emprego de instrumentos de ferro, indicando que essas duas divindades faziam parte de uma civilização anterior à Idade do Ferro e à chegada de Ogum

Como parte do temor dos iorubás, eles passaram a enxergar a divindade (Omulu/Obaluaiê) mais sombria dos dominados como fonte de perigo e terror, entrando num processo que podemos chamar de malignação de um Orixá do povo subjugado, que não encontrava correspondente completo e exato (apesar da existência similar apenas de Ossãe). Omulu/Obaluaiê seria o registro da passagem de doenças epidêmicas, castigos sociais, já que atacariam toda uma comunidade de cada vez.

Obaluaiê, o Rei da Terra, é filho de NANÃ, mas foi criado por IEMANJA que o acolheu quando a mãe rejeitou-o por ser manco, feio e coberto de feridas. É uma divindade da terra dura, seca e quente. É às vezes chamado "o velho", com todo o prestígio e poder que a idade representa no Candomblé. Está ligado ao Sol, propicia colheitas e ambivalentemente detém a doença e a cura. Com seu Xaxará, cetro ritual de palha da Costa, ele expulsa a peste e o mal. Mas a doença pode ser também a marca dos eleitos, pelos quais Omulu quer ser servido. Quem teve varíola é freqüentemente consagrado a Omulu, que é chamado "médico dos pobres".

Suas relações com os Orixás são marcadas pelas brigas com Xangô e Ogum e pelo abandono que os Orixás femininos legaram-lhe. Rejeitado primeiramente pela mãe, segue sendo abandonado por Oxum, por quem se apaixonou, que, juntamente com Iansã, troca-o por Xangô. Finalmente Obá, com quem se casou, foi roubada por Xangô. 

Existe uma grande variedade de tipos de Omulu/Obaluaiê, como acontece praticamente com todos os Orixás. Existem formas guerreiras e não guerreiras, de idades diferentes, etc., mas resumidos pelas duas configurações básicas do velho e do moço. A diversidade de nomes pode também nos levar a raciocinar que existem mitos semelhantes em diferentes grupos tribais da mesma região, justificando que o Orixá é também conhecido como Skapatá, Omulu Jagun, Quicongo, Sapatoi, Iximbó, Igui.

Esta Grande Potência Astral Inteligente, quando relacionado à vida e à cura, recebe o nome de Obaluaiê. Tem sob seu comando incontáveis legiões de espíritos que atuam nesta Irradiação ou Linha, trabalhadores do Grande Laboratório do Espaço e verdadeiros cientistas, médicos, enfermeiros etc., que preparam os espíritos para uma nova encarnação, além de promoverem a cura das nossas doenças.

Atuam também no plano físico, junto aos profissionais de saúde, trazendo o bálsamo necessário para o alívio das dores daqueles que sofrem.

O Senhor da Vida é também Guardião das Almas que ainda não se libertaram da matéria. Assim, na hora do desencarne, são eles, os falangeiros de Omulu, que vêm nos ajudar a desatar nossos fios de agregação astral-físico (cordão de prata), que ligam o perispírito ao corpo material.

Os comandados de Omulu, dentre outras funções, são diretamente responsáveis pelos sítios pré e pós morte física (Hospitais, Cemitérios, Necrotérios etc.), envolvendo estes lugares com poderoso campo de força fluidíco-magnético, a fim de não deixarem que os vampiros astrais (kiumbas desqualificados) sorvam energias do duplo etérico daqueles que estão em vias de falecerem ou falecidos.

Escute xirê de Omolu - Obaluaiê com Letra



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6 comentários:

  1. atoto,meu pai sei que voce existe ,so quem ja recebeu suas graças e quem sabe da sua força.

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  2. Muito legal o seu blog, parabens! Estou te seguindo, se quiser me fazer uma visita: yleaxeomoiwinajaguna.blogspot.com

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  3. Eu sou umbandista e ja conversei com meu psi de santo eke disse que nao tem oroblama de aprender sobre o candomble eu tambem sou filho de atoto

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  4. atoto meu pai ... gostei muito do seu blog. Ola meu nome e Mario eu sou filho de Omulu Obaluaie nao sou veito ainda mais ele sempre aparece para mim ... eu vou sempre na umbanda mais ele se revelouce para mim no Candomble parecia que eu estava bem ligado a eleate dançei junto com ele eu nunca tinha centido isso foi a primeira fez que vi elee ate hj eu vejo e sinto tds os dias ele perdo de mim ....

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  5. Sonhei que estava , na ,passarela do park e avisto 2 conhecidas de escola uma me lembro que era a renata que mora na esquina na rua ao lado onde tem a santa nossa senhora aparecida que fica de frente para a vila nova , na estrada Carolina machado , estava caminhando e na descida avisto outra menina que estava ali e eu paro e puxo assunto com a Renata, após , me sento na , cadeira queestava na rua Romario Martins parque de madureira , na parte da estrada, na esquina da perdigao com a rua pirapora , estava tendo uma festa , e tinha muitas mulheres para eu , eu sentado na cadeira conversando com algumas pessoas , após me aparece na minha Frente uma outra mulher, no bolso da bermuda tinha 2 pacote de biscoito , pego 1°pacote abro e começo a comer e ofereço para que estava próximo de eu se aproxima uma outra mulher e eu ofereci ela alta e branca aceita na mesma hora o biscoito e come ali mesmo , me levanto e vou trocar ideia com ela e pergunto se quer se minha ela nao penssou 2 vezes e aceita eu abraço passo a mão entre suas pernas e sinto uma racha e o povo todo se divertindo, muita gente mesmo! , ,avisto uns policías atravessando a chacara pulando um muro , após uns fogos todo mundo começa a olhar para onde os policias estavam , e começou , uma correria e um tiroteio, muita gente pulando o muro e ouve troca de tiro , avisto um bando de indivíduos vindo em direção a pirapora atirando para todo os lados e alguem atirou varias vezes para minha direção e algo me atingil mas não fui perfurado apos um bando me coloca deitado no chao , e tres Rapazes entra dizendo , o que vamos fazer com ele , falam para esperar o chef chegar , após o chefe chega falando , que eu tinha que escolher São Jorge ou omolu/Obaluae : no caso entendi , vc escolhe ou candomblé seus ancestrais , ou o catolicismo o sincretismo , eu disse se eu for morrer me leva agora pai , fecho os olhos e digo Omolu , olho para o,chefe e vejo em seu pescoço uma guía vermelha , e ele começa a cantar i gan i gan ba si lo tun , i gan i gan ba si lo tun, Eu axoxo dudu lo ijeniiya alowo o ni a lo ijeniiwa , e me disse que tem muito policial envolvido nisso , após mandou me levar para uma casa de candomblé , seus tres ordenados , me.colocam de frente e avistei em minha barriga acima do humbigo uma marca de +#aaprojetil que bateu mais não entrou isso na hora do tiroteio. Enquanto estava passando varios projetis por eu , após me preparam como se estivessem fazendo o mesmo com cristo jesus , so que me colocaram numa carroça , eu vi uma cruz de madeira e cheio de pessoas na qual um falou para eu fica na posição de numero 4 eu pensei que ia ser sacrificado , mas me levaram para uma casa de candomblé na qual eu chegando no local avisto muitas bandeiras do sao Jorge e um senhor sentado todo de branco em minha frente e palhas desfiadas em contorno da casa de candomblé , após me levaram para uma sala que tinha uma senhora sentada ao meu lado e um senhor no sofá em minha frente e foi quando entra um ere crianca medica , que ao ver aquela marca acima do meu humbigo , começou a fazer seus procedimentos de cura começou a pegar um 🔺 | começou a um ritual que a marca estava sumindo e no momento que ele ia operando e tocava uma batida no triángulo de omolu , com certeza era omolu que eras a criança me mostrando q ele e comigo quando estou em perigo , axé brigado meu senhor da cura Atoto omolu/Obaluae, protegidos pelos Orixás até no subconsciente

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