Lenda A justiça de Xangô

Postado por: Ebomi at 17:38 1 Commentario

A Justiça de Xangô

Orixá Xango fotoConta a Lenda (história) que certa vez, viu-se Xangô acompanhado de seus exércitos frente a frente com um inimigo que tinha ordens de seus superiores de não fazer prisioneiros, as ordens era aniquilar o exército de Xangô, e assim foi feito, aqueles que caiam prisioneiros eram barbaramente aniquilados, destroçados, mutilados e seus pedaços jogados ao pé da montanha onde o Orixá Xangô estava. Isso provocou a ira de Xangô que num movimento rápido, bate com o seu machado na pedra provocando faíscas que mais pareciam raios. E quanto mais batia mais os raios ganhavam forças e mais inimigos com eles abatia. Tantos foram os raios que todos os inimigos foram vencidos. Pela força do seu machado, mais uma vez Xangô saíra vencedor. Aos prisioneiros, os ministros de Xangô pediam os mesmo tratamento dado aos seus guerreiros, mutilação, atrocidades, destruição total. Com isso não concordou com Xangô.

- Não! O meu ódio não pode ultrapassar os limites da justiça, eram guerreiros cumprindo ordens, seus líderes é quem devem pagar!

E levantando novamente seu machado em direção ao céu, gerou uma série de raios, dirigindo-os todos, contra os líderes, destruindo-os completamente e em seguida libertou a todos os prisioneiros que fascinados pela maneira de agir de Xangô, passaram a segui-lo e fazer parte de seus exércitos.

Canticos de Xangô

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Orixá Obaluaiê - Omolu

Postado por: Ebomi at 13:11 6 Comentarios

Sobre Orixá Omolu -Obaluaiê

Na Umbanda, o culto é feito a Obaluaiê, que se desdobra com o nome de Omulu. Orixá originário do Daomé. É um Orixá sombrio, tido entre os iorubanos como severo e terrível, caso não seja devidamente cultuado, porém Pai bondoso e fraternal para aqueles que se tornam merecedores, através de gestos humildes, honestos e leais. No final do texto você poderá escutar e ler os canticos de Omolu em ketu.

OMOLU - Obaluaiê














Nanã decanta os espíritos que irão reencarnar e Obaluaiê estabelece o cordão energético que une o espírito ao corpo (feto), que será recebido no útero materno assim que alcançar o desenvolvimento celular básico (órgãos físicos).

Ambos os nomes surgem quando nos referimos à esta figura, seja Omulu seja Obaluaiê. Para a maior parte dos devotos do Candomblé e da Umbanda, os nomes são praticamente intercambiáveis, referentes a um mesmo arquétipo e, correspondentemente, uma mesma divindade. Já para alguns babalorixás, porém, há de se manter certa distância entre os dois termos, uma vez que representam tipos diferentes do mesmo Orixá. 

São também comuns as variações gráficas Obaluaê e Abaluaê. 

Um dos mais temidos Orixás, comanda as doenças e, consequentemente, a saúde. Assim como sua mãe Nanã, tem profunda relação com a morte. Tem o rosto e o corpo cobertos de palha da costa, em algumas lendas para esconder as marcas da varíola, em outras já curado não poderia ser olhado de frente por ser o próprio brilho do sol. Seu símbolo é o Xaxará - um feixe de ramos de palmeira enfeitado com búzios. 

Em termos mais estritos, Obaluaiê é a forma jovem do Orixá Xapanã, enquanto Omulu é sua forma velha. Como porém, Xapanã é um nome proibido tanto no Candomblé como na Umbanda, não devendo ser mencionado pois pode atrair a doença inesperadamente, a forma Obaluaiê é a que mais se vê. Esta distinção se aproxima da que existe entre as formas básicas de Oxalá: Oxalá (o Crucificado), Oxaguiã a forma jovem e Oxalufã a forma mais velha. 

A figura de Omulu/Obaluaiê, assim como seus mitos, é completamente cercada de mistérios e dogmas indevassáveis. Em termos gerais, a essa figura é atribuído o controle sobre todas as doenças, especialmente as epidêmicas. Faria parte da essência básica vibratória do Orixá tanto o poder de causar a doença como o de possibilitar a cura do mesmo mal que criou. 

Em algumas narrativas mais tradicionalistas tentam apontar-se que o conceito original da divindade se referia ao deus da varíola, tal visão porém, é uma evidente limitação. A varíola não seria a única doença sob seu controle, simplesmente era a epidemia mais devastadora e perigosa que conheciam os habitantes da comunidade original africana, onde surgiu Omulu/Obaluaiê, o Daomé. 

Assim, sombrio e grave como Iroco, Oxumarê (seus irmãos) e Nanã (sua Mãe), Omulu/Obaluaiê é uma criatura da cultura jêje, posteriormente assimilada pelos iorubás. Enquanto os Orixás iorubanos são extrovertidos, de têmpera passional, alegres, humanos e cheios de pequenas falhas que os identificam com os seres humanos, as figuras daomeanas estão mais associadas a uma visão religiosa em que distanciamento entre deuses e seres humanos é bem maior. Quando há aproximação, há de se temer, pois alguma tragédia está para acontecer, pois os Orixás do Daomé são austeros no comportamento mitológico, graves e conseqüentes em suas ameaças. 

A visão de Omulu/Obaluaiê é a do castigo. Se um ser humano falta com ele ou um filho-de-santo seu é ameaçado, o Orixá castiga com violência e determinação, sendo difícil uma negociação ou um aplacar, mais prováveis nos Orixás iorubás. 

Pierre Verger, nesse sentido, sustenta que a cultura do Daomé é muito mais antiga que a iorubá, o que pode ser sentido em seus mitos: A antigüidade dos cultos de Omulu/Obaluaiê e Nanã (Orixá feminino), freqüentemente confundidos em certas partes da África, é indicada por um detalhe do ritual dos sacrifícios de animais que lhe são feitos. Este ritual é realizado sem o emprego de instrumentos de ferro, indicando que essas duas divindades faziam parte de uma civilização anterior à Idade do Ferro e à chegada de Ogum

Como parte do temor dos iorubás, eles passaram a enxergar a divindade (Omulu/Obaluaiê) mais sombria dos dominados como fonte de perigo e terror, entrando num processo que podemos chamar de malignação de um Orixá do povo subjugado, que não encontrava correspondente completo e exato (apesar da existência similar apenas de Ossãe). Omulu/Obaluaiê seria o registro da passagem de doenças epidêmicas, castigos sociais, já que atacariam toda uma comunidade de cada vez.

Obaluaiê, o Rei da Terra, é filho de NANÃ, mas foi criado por IEMANJA que o acolheu quando a mãe rejeitou-o por ser manco, feio e coberto de feridas. É uma divindade da terra dura, seca e quente. É às vezes chamado "o velho", com todo o prestígio e poder que a idade representa no Candomblé. Está ligado ao Sol, propicia colheitas e ambivalentemente detém a doença e a cura. Com seu Xaxará, cetro ritual de palha da Costa, ele expulsa a peste e o mal. Mas a doença pode ser também a marca dos eleitos, pelos quais Omulu quer ser servido. Quem teve varíola é freqüentemente consagrado a Omulu, que é chamado "médico dos pobres".

Suas relações com os Orixás são marcadas pelas brigas com Xangô e Ogum e pelo abandono que os Orixás femininos legaram-lhe. Rejeitado primeiramente pela mãe, segue sendo abandonado por Oxum, por quem se apaixonou, que, juntamente com Iansã, troca-o por Xangô. Finalmente Obá, com quem se casou, foi roubada por Xangô. 

Existe uma grande variedade de tipos de Omulu/Obaluaiê, como acontece praticamente com todos os Orixás. Existem formas guerreiras e não guerreiras, de idades diferentes, etc., mas resumidos pelas duas configurações básicas do velho e do moço. A diversidade de nomes pode também nos levar a raciocinar que existem mitos semelhantes em diferentes grupos tribais da mesma região, justificando que o Orixá é também conhecido como Skapatá, Omulu Jagun, Quicongo, Sapatoi, Iximbó, Igui.

Esta Grande Potência Astral Inteligente, quando relacionado à vida e à cura, recebe o nome de Obaluaiê. Tem sob seu comando incontáveis legiões de espíritos que atuam nesta Irradiação ou Linha, trabalhadores do Grande Laboratório do Espaço e verdadeiros cientistas, médicos, enfermeiros etc., que preparam os espíritos para uma nova encarnação, além de promoverem a cura das nossas doenças.

Atuam também no plano físico, junto aos profissionais de saúde, trazendo o bálsamo necessário para o alívio das dores daqueles que sofrem.

O Senhor da Vida é também Guardião das Almas que ainda não se libertaram da matéria. Assim, na hora do desencarne, são eles, os falangeiros de Omulu, que vêm nos ajudar a desatar nossos fios de agregação astral-físico (cordão de prata), que ligam o perispírito ao corpo material.

Os comandados de Omulu, dentre outras funções, são diretamente responsáveis pelos sítios pré e pós morte física (Hospitais, Cemitérios, Necrotérios etc.), envolvendo estes lugares com poderoso campo de força fluidíco-magnético, a fim de não deixarem que os vampiros astrais (kiumbas desqualificados) sorvam energias do duplo etérico daqueles que estão em vias de falecerem ou falecidos.

Escute xirê de Omolu - Obaluaiê com Letra


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Para Assegurar boa Sorte – Oxossi

Postado por: Ebomi at 14:13 1 Commentario

macumba da sorte- Para assegurar boa sorte nos caminhos de Oxossi (orixá do Candomblé) você deverá Descascar e  fritar ligeiramente, em gordura de coco, sete cebolas de casca vermelha. Arruma-se tudo numa panela de barro e cobre-se com anis estrelado em pó; melado de cana; azeite de dendê; pó de peixe defumado e milho torrado. Arreia-se nos pés de Oxóssi com duas velas de sete dias acesas. Depois de sete dias despacha-se na mata sem desarrumar o adimú. Caso você não possua um ibá de Odé (oxossi) você poderá estar colocando a comida em lugar alto que não tenha muito movimento dentro de sua casa e após o término dos dias faça o procedimento acima.

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