Arquetipicamente, lega a seus filhos tendências ao masoquismo e à autopunição, um austero código de conduta e possíveis problemas com os membros inferiores, em geral, ou pequenos outros defeitos físicos.
Pierre Verger define os filhos de Omulu como pessoas que são incapazes de se sentirem satisfeitas quando a vida corre tranqüila para elas. Podem até atingir situações materiais e rejeitar, um belo dia, todas essas vantagens por causa de certos escrúpulos imaginários. São pessoas que, em certos casos, se sentem capazes de se consagrar ao bem-estar dos outros, fazendo completa abstração de seus próprios interesses e necessidades vitais.
No Candomblé, como na Umbanda, tal interpretação pode ser demais restritiva. A marca mais forte de Omulu/Obaluaiê não é a exibição de seu sofrimento, mas o convívio com ele. Ele se manifesta numa tendência autopunitiva muito forte, que tanto pode revelar-se como uma grande capacidade de somatização de problemas psicológicos (isto é, a transformação de traumas emocionais em doenças físicas reais), como numa elaboração de rígidos conceitos morais que afastam seus filhos-de-santo do cotidiano, das outras pessoas em geral e principalmente os prazeres.
Sua insatisfação básica, portanto, não se reservaria contra a vida, mas sim contra si próprio, uma vez que ele foi estigmatizado pela marca da doença, já em si uma punição.
Em outra forma de extravasar seu arquétipo, um filho do Orixá , menos negativista, pode apegar-se ao mundo material de forma sôfrega, como se todos estivessem perigosamente contra ele, como se todas as riquezas lhe fossem negadas, gerando um comportamento obsessivo em torno da necessidade de enriquecer e ascender socialmente.
Mesmo assim, um certo toque do recolhimento e da autopunição de Omulu/Obaluaiê serão visíveis em seus casamentos: não raro se apaixonam por figuras extrovertidas e sensuais (como a indomável Iansã, a envolvente Oxum, o atirado Ogum) que ocupam naturalmente o centro do palco, reservando ao cônjuge de Omulu/Obaluaiê um papel mais discreto. Gostam de ver seu amado brilhar, mas o invejam, e ficam vivendo com muita insegurança, pois julgam o outro, fonte de paixão e interesse de todos.Qualidade de Orixas Omolu
Assim como Ossãe, as pessoas desse tipo são basicamente solitárias. Mesmo tendo um grande círculo de amizades, frequentando o mundo social, seu comportamento seria superficialmente aberto e intimamente fechado, mantendo um relacionamento superficial com o mundo e guardando sua intimidade para si própria. O filho do Orixá oculta sua individualidade com uma máscara de austeridade, mantendo até uma aura de respeito e de imposição, de certo medo aos outros. Pela experiência inerente a um Orixá velho, são pessoas irônicas. Seus comentários porém não são prolixos e superficiais, mas secos e diretos, o que colabora para a imagem de terrível que forma de si próprio.
Entretanto, podem ser humildes, simpáticos e caridosos. Assim é que na Umbanda este Orixá toma a personalidade da caridade na cura das doenças, sendo considerado o "Orixá da Saúde”.Reza do Omolu - Obaluaiê
O tipo psicológico dos filhos de Omulu é fechado, desajeitado, rústico, desprovido de elegância ou de charme. Pode ser um doente marcado pela varíola ou por alguma doença de pele e é frequentemente hipocondríaco. Tem considerável força de resistência e é capaz de prolongados esforços.
Geralmente é um pessimista, com tendências autodestrutivas que o prejudicam na vida. Amargo, melancólico, torna-se solitário. Mas quando tem seus objetivos determinados, é combativo e obstinado em alcançar suas metas. Quando desiludido, reprime suas ambições, adotando uma vida de humildade, de pobreza voluntária, de mortificação.
É lento, porém perseverante. Firme como uma rocha. Falta-lhe espontaneidade e capacidade de adaptação, e por isso não aceita mudanças. É vingativo, cruel e impiedoso quando ofendido ou humilhado.
Essencialmente viril, por ser Orixá fundamentalmente masculino, falta-lhe um toque de sedução e sobra apenas um brutal solteirão. Fenômeno semelhante parece ocorrer no caso de Nanã: quanto mais poderosa e mais acentuada é a feminilidade, mais perigosa ela se torna e, paradoxalmente, perde a sedução.
Acredito que só jesus Cura e liberta! Amém
ResponderExcluirAcredito que só JESUS salva! Amém
ResponderExcluirNós também acreditamos nisso. OXALÁ salva! Obaluaê SALVA! OS ORIXÁS SALVAM! DEUS SALVA!
ExcluirSim, é pq vc esta perdendo tempo em ler este POST? Nós também acreditamos em Deus e em orixá tbm. E o mesmo Deus que abita em vc tbm habita em nós
ResponderExcluirPerfeito. Lucca
ResponderExcluirEu sou Católica, mas acho que independentemente de religião, Deus é único, como temos os Santos e Mártires Católicos. Na Umbanda há os orixás, que não deixa de ser a mesma coisa. Na Umbanda nada é feito para o mal, pois acredita-se, que o que é negativo ou positivo, volta para nós, é a lei do retorno. Acho que o preconceito contra as religiões de origem afro, é uma grande ignorância, pois advêm de escravos sofridos, que precisavam de sua fé para resistir aos martírios. Que mal há nisso. Nós também pedimos força aos nossos santos de devoção, como Santa Rita, São Francisco, Santa Luzia...É a mesma coisa
ResponderExcluirSou filha de iansa com Omolu Atotô meu pai
ResponderExcluirUma coisa que eu nunca vi na vida foi povo do Axé indo em sites, videos, portas de igrejas evangélicas e católicas afirmar que os Orixás também salvam. Evangélicos e demais professos de outras religiões tem muito a aprender em termos de respeito à liberdade religiosa do outro (garantido inclusive por lei).
ResponderExcluirParabéns a Maria Cristina Campos Marques, sabia resposta a sua
ResponderExcluirAcho que Deus é unico e abita no meio de tds nos seja evangelico, católico, espírita, umbanda ,candomble não importa Deus é o mesmo para todos e os orixas são maravilhosos e tem sua força,
por favor publiquem algo sobre os filhos de Iansã com Obaluaê, não consigo achar nada sobre
ResponderExcluirirmã é simples, estude sobre Iansã, você até trará caracteristicas de Obaluaê, entretanto, as principais serão de Yansã mesmo.
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