Exu na Lei da Kimbanda

Postado por: Ebomi at 16:51 1 Commentario
A Lei da Kimbanda vem dos bantos, dos povos Angola-Congo (candomblé). A “mistura”, ou ainda podemos dizer “sincretismo” entre o Exu-iorubá, os Ngangas e Tatás (almas de chefes kimbandeiros das nações bantas) foi o que deixou esse ar de confusão no povo, que muitos até mesmo sendo "feitos na kimbanda", não entendem, ou o que é pior, tratam-no de diabo. Na verdade, o Exu da kimbanda não é o Exu-Iorubá (Orixá ou Imalé dessa cultura).

Os Espíritos que chegam na linha da kimbanda são espíritos de Ngangas ou Tatás, aqueles que quando encarnados na terra eram sacerdotes bantos adoradores de algum Nkisi ou Npungu.

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Exu na Lei da Kimbanda

No Brasil, o culto aos Npungus e Nkisis através dos seus mensageiros – os Ngangas - foi misturado na escravidão com o culto aos Encantados e aos pajés (da cultura tupi-guarani) e também com o dos Iorubás, surgindo os seguintes novos cultos, fruto da miscelânea: Makumba - que vem de "ma-kiumba" (espíritos da noite). Foi assim chamado o mais primitivo culto sincretista no sul do Brasil (e o primeiro originado no Brasil), dada sua maior preponderância banto; é dela que descendem os outros cultos afro-brasileiros com influência das nações Angola-Congo, Tupi-guarani, Nagô e a Igreja, nessa ordem. A razão de se chamar makiumba (logo após por deturpação da palavra ficaria makumba ou macumba) foi justamente, porque é um culto que se faz na noite, onde se deveriam chamar necessariamente os espíritos da noite (almas de outros sacerdotes do culto - Eguns ou Ancestrais).

No culto iorubano-nagô conhece-se e rende-se culto aos Ancestrais-Egun, porém eles são afastados dos rituais aos Orixás, tentando ter um contato com outro tipo de energia. Isto contribuiu para que os rituais onde se chamavam os eguns fossem menosprezados, tratados pejorativamente e mal interpretados.

Por outro lado, a Igreja também condenava os cultos com influência índio-banto onde se fazia beberagem e supostamente “orgias”.

Na verdade, as danças bantús eram no Brasil e ainda são na África, bastante eróticas, e também é verdade que os Guias bebem e fumam, porém é muito distante de ser uma orgia ou uma bebedeira.

Depois, quando os grupos de nações começaram a procurar sua identidade, dividiram-se os principais componentes da makumba, aparecendo: Candomblé de Angola; Candomblé de Congo; Candomblé de Caboclo ou dos Encantados; Catimbó; - todos eles à procura de uma raiz cultural - e também, ao final do século XIX surgem da macumba urbana, (onde se tinha muita participação dos brancos pobres e os descendentes de escravos) a Umbanda e a Kimbanda com influências para o Espiritismo e com muito sincretismo.

Na Kimbanda, permaneceu grande parte do culto aos Ngangas da nação Angola-Congo, porém misturado com o diabo (pelas influências dos mitos e tabus dos próprios integrantes - que não tinham conhecimento das origens) e também embaixo do pé do Orixá Iorubá Exu.

Escute os Pontos Cantados para o Povo de Rua

São muitos pontos para Exús de Umbanda e Pomba gira.

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Aprendendo mais sobre o Orixá Ogum

Postado por: Ebomi at 16:02 1 Commentario
Aprendendo mais sobre o Orixá Ogum que é uma divindade masculina ioruba, figura que se repete em todas as formas mais conhecidas da mitologia universal. Ogum é o arquétipo do guerreiro.

Bastante cultuado no Brasil (Candomblé e Umbanda), especialmente por ser associado à luta, à conquista, é a figura do astral que, depois de Exu, está mais próxima dos seres humanos. É sincretizado com São Jorge ou com Santo Antônio, tradicionais guerreiros dos mitos católicos, também lutadores, destemidos e cheios de iniciativa.

aprendendo mais sobre o Orixá Ogum

A relação de Ogum com os militares tanto vem do sincretismo realizado com São Jorge, sempre associado às forças armadas, como da sua figura de comandante supremo ioruba. Dizem as lendas que se alguém, em meio a uma batalha, repetir determinadas palavras (que são do conhecimento apenas dos iniciados), Ogum aparece imediatamente em socorro daquele que o evocou. Porém, elas (as palavras) não podem ser usadas em outras circunstâncias, pois, tendo excitado a fúria por sangue do Orixá, detonaram um processo violento e incontrolável; se não encontrar inimigos diante de si após ter sido evocado, Ogum se lançará imediatamente contra quem o chamou.

É orixá das contendas, deus da guerra. Seu nome, traduzido para o português, significa luta, batalha, briga.

Aprendendo mais sobre Ogum

É filho de Yemanjá e irmão mais velho de Exú e Oxossi. Por este último nutre um enorme sentimento, um amor de irmão verdadeiro, na verdade foi Ogum quem deu as armas de caça à Oxossi. O sangue que corre no nosso corpo é regido por Ogum. Considerado como um orixá impiedoso e cruel, temível guerreiro que brigava sem cessar contra os reinos vizinhos, ele até pode passar esta imagem, mas também sabe ser dócil e amável. É a vida em sua plenitude.

A violência e a energia, porém não explicam Ogum totalmente. Ele não é o tipo austero, embora sério e dramático, nunca contidamente grave. Quando irado, é implacável, apaixonadamente destruidor e vingativo; quando apaixonado, sua sensualidade não se contenta em esperar nem aceita a rejeição. Ogum sempre ataca pela frente, de peito aberto, como o clássico guerreiro.

Ogum não era, segundo as lendas, figura que se preocupasse com a administração do reino de seu pai, Odudua/Oduduwa; ele não gostava de ficar quieto no palácio, dava voltas sem conseguir ficar parado, arrumava romances com todas as moças da região e brigas com seus namorados.

Não se interessava pelo exercício do poder já conquistado, por que fosse a independência a ele garantida nessa função pelo próprio pai, mas sim pela luta.

Ogum, portanto, é aquele que gosta de iniciar as conquistas mas não sente prazer em descansar sobre os resultados delas, ao mesmo tempo é figura imparcial, com a capacidade de calmamente exercer (executar) a justiça ditada por Xangô. É muito mais paixão do que razão: aos amigos, tudo, inclusive o doloroso perdão: aos inimigos, a cólera mais implacável, a sanha destruidora mais forte.

Este Orixá é o deus do ferro, a divindade que brande a espada e forja o ferro, transformando-o no instrumento de luta. Assim seu poder vai-se expandindo para além da luta, sendo o padroeiro de todos os que manejam ferramentas: ferreiros, barbeiros, militares, soldados, ferreiros, trabalhadores, agricultores e, hoje em dia, mecânicos, motoristas de caminhões e maquinistas de trem. É, por extensão o Orixá que cuida dos conhecimentos práticos, sendo o patrono da tecnologia. Do conhecimento da guerra para o da prática: tal conexão continua válida para nós, pois também na sociedade ocidental a maior parte das inovações tecnológicas vem justamente das pesquisas armamentistas, sendo posteriormente incorporada à produção de objetos de consumo civil, o que é particularmente notável na industria automobilística, de computação e da aviação.

Assim, Ogun não é apenas o que abre as picadas na matas e derrota os exércitos inimigos; é também aquele que abre os caminhos para a implantação de uma estrada de ferro, instala uma fábrica numa área não industrializada, promove o desenvolvimento de um novo meio de transporte, luta não só contra o homem, mas também contra o desconhecido.

É pois, o símbolo do trabalho, da atividade criadora do homem sobre a natureza, da produção e da expansão, da busca de novas fronteiras, de esmagamento de qualquer força que se oponha à sua própria expansão.

É fácil, nesse sentido, entender a popularidade de Ogum: em primeiro lugar, o negro reprimido, longe de sua terra, de seu papel social tradicional, não tinha mais ninguém para apelar, senão para os dois deuses que efetivamente o defendiam: Exu (a magia) e Ogum (a guerra); Em segundo lugar, além da ajuda que pode prestar em qualquer luta, Ogum é o representante no panteão africano não só do conquistador mas também do trabalhador manual, do operário que transforma a matéria-prima em produto acabado: ele é a própria apologia do ofício, do conhecimento de qualquer tecnologia com algum objetivo produtivo, do trabalhador, em geral, na sua luta contra as matérias inertes a serem modificadas .

É o dono do Obé (faca) por isso nas oferendas rituais vem logo após Exú porque sem as facas que lhe pertencem não seriam possíveis os sacrifícios. Ogum é o dono das estradas de ferro e dos caminhos.

Protege também as portas de entrada das casas e templos (Um símbolo de Ogum sempre visível é o màrìwò (mariô) - folhas do dendezeiro (igi öpë) desfiadas, que são colocadas sobre as portas das casas de candomblé como símbolo de sua proteção).

Ogum também é considerado o Senhor dos caminhos. Ele protege as pessoas em locais perigosos, dominando a rua com o auxílio de Exú. Se Exú é dono das encruzilhadas, assumindo a responsabilidade do tráfego, de determinar o que pode  e o que não pode passar, Ogum é o dono dos caminhos em si, das ligações que se estabelecem entre os diferentes locais.

Uma frase muito dita no Candomblé, e que agrada muito Ogum, é a seguinte: Bi omodé bá da ilè, Kí o má se da Ògún. (Uma pessoa pode trair tudo na Terra Só não deve trair Ogum).

Ogum foi casado com IANSÃ que o abandonou para seguir XANGÔ. Casou-se também com OXUM, mas vive só, batalhando pelas estradas e abrindo caminhos.

Xirê de Ogum em Ketu

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Trabalho Com Exú para Proteção no Carnaval: Serve para o ano todo

Postado por: Ebomi at 21:00 1 Commentario
Esse Trabalho com Exú de Rua (Povo de rua da Umbanda) pode ser utilizada “ou deve” em qualquer parte do ano para proteção, sorte, conquistas, prosperidade sendo utilizado tanto para entidade quanto para o Orixá Bara Exu.

O trabalho é na verdade uma satisfação e alertando as Encruzilhadas entorno de sua residência, pois como muitos não sabem é que toda Encruzilhada em especifica tem um morador (dono) em que lá reside e toma conta e muitas das vezes passamos sem dar satisfação ao Senhor Exú (ou Pomba Gira) que é morador “Senhor(a)”.


Trabalho Com Exú para Proteção no Carnaval: Serve para o ano todo

Mas como a semana do Carnaval é típica desse povo de rua vamos fazer nossa oferenda e pedir toda proteção a eles.

Material para Proteção no Carnaval com Exú:

- 1kg de farinha de mesa (crua)
- 250 ml de Dendê
- 250 ml de Cachaça
- 250 ml de vinho
- 250 ml de azeite doce
- 4 velas brancas
- 16 moedas (lavadas)
- 4 alguidar nº 3
- 1 Litro de cachaça

O modo de preparo do presente de Exú para o Carnaval:

Pegue a farinha de mesa e divida em 4 partes iguais e coloque dentro de cada alguidar:
Misture em 1 alguidar os 250 ml de dendê, outro cachaça, vinho e azeite doce em cada um individualmente: (faça um padê para Exú com cada um dos 4 elementos citados).

Em sua casa se direcione para primeira Encruzilhada de modo que você começe pela primeira da sua rua, mas faça em sentido horário.

Repare que no desenho abaixo a primeira encruzilhada é a 1, segunda 2 e assim consecutivamente até a 4 que é a última.

como arriar um trabalho para exú e pomba gira na encruzilhada no Carnaval

A ordem dos padês não importa, o que é importante é em cada encruzilhada que você chegar invoque exú, peça lisença, e ofereça a comida do Exú (presente, padê) ao Exú ou Pomba Gira que mora ali, arriando o agrado com 1 vela acesa, 1 copo de cachaça e jogando as 4 moedas em forma de pagamento para aquele Exú atender todas suas solicitação.
Importante: Fale para aquele Exú dono daquela Encruzilhada qual é o seu nome (completo) e onde é sua residência (endereço) e peça para ele tomar conta da sua vida e encaminhe toda sorte e afaste todas as negatividades dos seus caminhos.

O Ebomi do site JUNTOS NO CANDOMBLÉ deseja a todos você um bom carnaval, mas de nada adianta Exú afastar as negativades, pois em sua grande maioria as atitudes vem de você mesmo irmão (Ori = Cabeça) então tenha consciência e respeito para curtir o feriado e voltar aos seus afazeres dentro da religião.

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Yemanjá é violentada por Seu Filho Bara Exú

Postado por: Ebomi at 18:38 0 Comentários
O orixá Yemanjá tinha vários filhos orixás e um deles era Bara Exú, seu filho, se encantou por sua beleza e tomou-a a força, tentando violentá-la. Uma grande luta se deu, e bravamente entre filho (Bara Exú) e a mãe Yemanjá que resistiu à violência do filho que, na luta, dilacerou os seios da mãe. Enlouquecido e arrependido pelo que fez, Exu “saiu no mundo” desaparecendo no horizonte. 

Yemanjá - Iemanjá Iymanjá - Yemonjá - Janaina - Orixá - Orisha - Orisa - Candomblé e Umbanda

Caída ao chão, Yemanjá entre a dor, a vergonha, a tristeza e a pena que teve pela atitude do filho Exú, pediu socorro ao pai Olokum (senhor dono dos mares) e ao criador Olorum (Deus).
E Iemanjá com os seus seios dilacerados, a água, salgada como a lágrima, foi saindo dando origem aos mares. Exu, pela atitude má, foi banido para sempre da mesa dos orixás, tendo como incumbência eterna ser o guardião, não podendo juntar-se aos outros na corte.

Por isso Yemanjá é representada na imagem com grandes seios, simbolizando a maternidade e a fecundidade.


Amanhã dia 2 de fevereiro dia de Nossa Mãe Yemanjá não podemos esquecer de fazer nossas preces e oferendas a mãe de todas as cabeças.

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Comida para Yemanjá

As Caracteristicas Dos Filhos De Yemanjá

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Xirê de Yemanjá com letra e tradução para o Português

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