Este Orixá era uma vez um grande caçador, que gostava de andar pelo mundo sem parar.
Seu nome era Orô e era filho de Iemanjá.
Orô viajava, caçava e conquistava seus amores.
Todas as mulheres tinham uma queda pelo Orixá Orô e ele adorava estar em sua companhia.
Um dia Orô achou que era hora de assentar na vida. Orô casou-se.
Era então o caçador pacato, que esperava ansioso o nascimento do seu primogênito. Mas sua mulher o traiu e abortou seu filho.
Orô não a perdoou e desde então odiou as mulheres.
Retirou-se para as matas que cercavam a cidade e nunca mais mulher alguma o viu.
Quem de Orô se aproxima, de dia ou de noite, pode escutar sua voz cavernosa e horripilante, grave como o som dos berrantes.
Vive na mata como um egum, como um Egum perdido e solitário, longe do mundo que tanto mal lhe fez.
É o senhor da floresta, que guarda e assombra, e todos o temem e o evitam.
Evitam até mesmo ouvir o pavoroso som de sua garganta especialmente as mulheres, que ele odeia e culpa por sua triste sina.
Vive na mata, onde aplica sua justiça, devorando feiticeiros e mulheres adúlteras que os homens lhe entregam.
Só os homens dele se aproximam. Nem as mulhures podem ver Orô, nem Orô quer ver as mulheres e assim conta que como as mulhures não podem fazer culto a Orô .
Leia a lenda – “Orô o culto secreto dos Yoruba”
fonte: Mitologia dos Orixás
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