A festa de Saída de Iaô ou saida de santo (Feitura de Santo ou Raspar o Orixá “termo normalmente utilizado”)é sempre muito concorrida e tida como uma das festas de maior axé, pois um orixá está nascendo.
O Yaô normalmente costuma fazer quatro aparições em público no dia da festa, conhecidas como "saída de Oxalá" ou "de branco", saída "de nação" ou "estampada", saída "do ekodidé" ou "do nome" e saída do rum ou "rica".
Na primeira "saída" o iaô (em transe) entra sob o alá (pano branco), totalmente vestido de branco, reverenciando Oxalá. Cumprimenta a porta, o ariaxé‚ (ponto central do barracão), os atabaques, o pai-de-santo e, eventualmente, a mãe-pequena, com dobale e paó (cumprimentos rituais), sempre sobre a esteira. Dá uma volta dançando de modo contido pelo barracão e se retira. Prossegue o xirê.
Na segunda saída o iaô entra vestido e pintado com as cores da "nação". Há quem diga, no entanto, que esta saída especifica a "qualidade" (avatar) do orixá que está saindo. Ele segue novamente a ordem dos cumprimentos, agora somente com seu jicá “ou jinká” (saudação que os orixás fazem com o corpo), uma vez que seu ilá (grito com que o orixá se anuncia) só será conhecido após a "queda" do Kelê.
A terceira saída de Santo, muito esperada, é a saída do orukó (nome), também chamada "saída do ekodidé" (pena vermelha de papagaio, relacionada com a fala), momento em que o orixá revelará publicamente seu nome secreto, que é parte de si mesmo. É um momento de grande emoção, acompanhado de um certo suspense, estimulado pelos outros filhos de santo, que geralmente "viram" (entram em transe) ao ouvir o nome. Dito o orukó (o nome do orixá), os atabaques imediatamente começam o adarrum (ritmo muito acelerado) e o orixá é levado para vestir suas roupas de rum (dança), ou seja, suas vestes típicas e suas "ferramentas" para voltar e dançar, pela primeira vez, em público.
Esta é a quarta saída (podendo ser 3 em determinadas casa): a saída do rum ou "rica", quando o orixá entra, saúda os pontos principais com seu jicá e dança suas cantigas. Geralmente, nessa saída, o orixá dança apenas as músicas que lhe são atribuídas e nenhuma outra, mas há casos em que o novo orixá dança também para o orixá do pai-de-santo. Não convém, entretanto, fazer dançar demais o orixá muito novo. Findo o rum, toca-se para retirar o iaô em transe da sala ("cantar para subir", dizem os alabês) e o xirê prossegue até as cantigas para Oxalá, encerrando o toque.
Toca-se então para a entrada do ajeum, que pode conter as mais diversas comidas e bebidas, de acordo com o orixá feito e com as posses do iniciado.
gostei muito do que li, estou me preparando para seu uma yao e fiquei muito sastifeita.parabens
ResponderExcluirporque o iwao roda na porta
ResponderExcluirOlá, olha é simples o cumprimento a porta, está ligado a saudar os 4 pontos, a porta é uma entrada, então representa que tudo de bom e de ruim venha por ali, existe um exú que toma conta das portas, e os 4 cantos (norte, sul, leste, oeste), representam o destino, os orixás que lá habitam, então o orixá faz o gesto de saudação para todos (atabaque, irê axé, cominheira, atabaques, porta, etc)...
ExcluirEle roda sim, tanto para reverenciar, quanto girar, para não dar as costas. Entendeu? Sorte axé!
O que significa a parte ondo aparece um homem caminhando com uma cabra nas costas num ritmo como fosse passos de dança? Vi isso vídeo no YouTube. Por alguma razão achei muito bonita essa parte.
ResponderExcluirOutra coisa.
ResponderExcluirPor que os homens usam vestidos de mulher?
Faz parte do ritual?
É obrigatório ou depende e do orixa de cabeça ser feminino ou masculino?
Outra coisa.
ResponderExcluirPor que os homens se vestem como mulheres?
Faz parte do ritual?
É obrigatório ou depende do orixa de cabeça ser feminino ou masculhino?
Os familiares do tão podem participar da saída
ResponderExcluir