Obá representa as águas revoltas dos rios. As pororocas, as águas fortes, o lugar das quedas são considerados domínios de Obá. Ela representa também o aspecto masculino das mulheres (fisicamente) e a transformação dos alimentos de crus em cozidos.
Por sua envergadura física, tornou-se uma guerreira, a única mulher capaz de desafiar Ogum para uma luta, e por ser Obá extremamente forte e destemida, Ogum se viu obrigado a usar de um truque contra ela, espalhando quiabo amassado no chão, e atraindo Obá para aquele canto, onde a guerreira escorregou e não apenas perdeu a luta como foi possuída à força por Ogum, que se tornou seu inimigo.
Sendo uma cozinheira excelente foi escolhida para ser a terceira esposa de Xangô, o deus trovão. Sempre se sentindo menos desejada por seu amado que Oxum e Iansã, Obá se esmerava em agrada-lo com seus pratos cada vez mais aprimorados. Mas Oxum era sempre a preferida de Xangô.
Um dia Obá não se conteve e perguntou a Oxum qual o segredo de sua sedução. Oxum, que vivia com a cabeça enrolada em turbantes maravilhosos, disse que havia cortado a própria orelha esquerda e colocado no Amalá (uma comida à base de quiabo) de Xangô que, ao come-lo, por ela se perdera de paixão para sempre. Obá então cortou a própria orelha e a colocou no Amalá. Ao ver Obá com um ferimento no lugar da orelha, Xangô quis saber o que houvera e Obá contou. Neste momento Oxum tirou seu turbante e, mostrando as duas orelhas intactas, a Obá desatou a rir.
Xangô, zangado com a insensatez de Obá e enjoado por ver sua orelha na comida, expulsou-a de seu palácio e Obá tanto chorou e teve raiva que se transformou num rio revoltoso. Na África, no lugar onde se encontram os rios Obá e Oxum o estouro das águas é extremamente violento.
Dia da semana: quarta-feira
Cores: vermelho com amarelo
Símbolo: Obé
Número: 4
Comida:
Saudação: Obá xirê!
Sem duvida um orixa enigmatico. Mas linda!
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