Banho de Yemanja para conquistar coisas Boas

Postado por: Ebomi at 21:05 0 Comentários

Banhos de Yemanjá para Conquistar coisas boas nos Caminhos

Esse é um banho de encantamento, ou seja é um banho de axé para Yemanjá ajudar você a Conquistar as Coisas boas que deseja em seus caminhos. Yemanjá é a mãe de todas as cabeças e rege todos os filhos, dona das águas, veste branco, azul marinho, verde água e suas contas são cristal, transparente e também cristal verde.

Sua saudação é Odo Yiá,  odo si agba, o seu dia da semana é sábado (o dia de todas as yabá “santas mulheres”) e sua Oferenda é canjica refogada no camarão seco no dendê (boiá ou dibô).

banho para yemanjá

Os elementos do Banho de Iyemanjá (Material)

- Água fria
- Folhas de Pata de Vaca;
- Folhas de Tapete de Oxalá (boldo);
- Mel
- Flores Brancas

Como preparar o Banho para Iemanjá ajudar no que precisa:

Primeiro  você deve lavar as folhas (Ewe) uma a uma, e logo que terminar deve colocar elas em uma bacia com água e de frente para a bacia macere as folhas esfregando uma na outra, pensando positivamente em seu objetivos e se possível cantando para Ossain e Yemanjá (xirê de Iemanjá em ketu no vídeo abaixo). Acrescente 08 gotas de perfume.

Tome o banho da cabeça para baixo pedindo tudo de bom para está Orixá que é a mãe dos Orixás. Use roupas limpas, claras, evite falar alto, não se aborreça, evite rua a noite, pelo menos em 24 horas após o trabalho.

Os Canticos para saudar Yemanjá :


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Cantigas de Ogum Orixás e sua tradução

Postado por: Ebomi at 13:19 4 Comentarios

Várias Cantigas de Ogum com Tradução de Yoruba para Portugues.

Um conjunto de Cantigas de Ogum com suas letra em yoruba com suas respectivas traduções, e agora com vídeo com o áudio, letra e a tradução para o seu aprendizado do Orin, mas no final do artigo tem um video com Canticos de Ogum.

O Orixá Ogun é um santo lindo de se ver em um toque de Candomblé, pois sua dança é animada
CANTIGAS DE XIRÊ OGUN OU ORIN    = Ogum sua lenda
 
Ogum xire Completo

Saudação ao Orixá Ogun – Oriqui
 
Pà ta ko ri Oggun (Oggun guerreiro toma conta de suas terras)
Oggun Je si je si (Ogoun, nos sustente)





Os Cânticos Escritos


Ogoun a jo e Mariwo (Ogou se manifeste com o seu mariwo)
Akóró a jo e Mariwo (Akóró, se manifeste com o seu mariwo)
(Akóró – qualidade de um Ogou)
Ogou pà lè pà lona (Ogou mata, tem poder de matar no caminho)
Oggun a jo e Mariwo
E ma tù Ye ye (Vós sempre anima a nossa vida) (animar = reviver)
Ogum o Orixá


Àwa sí Iré Oggun o (Abra a nossa gira Oggum de Ire) (Ire = Cidade da Nigéria)
E oun jo jo (Dance conosco)
Awa sí Iré Oggum (Abra a nossa gira Oggum de Irè) (Ire = Cidade da Nigéria)
E oun jo jo e oun je je (Dance conosco, coma conosco)

Oggum ní ta ewe rè (Oggum no fim da tarde quer seu feijão)
Oggum ní ta ewe rè (Orixa Ogum no fim da tarde quer seu feijão)
A Oxóssi ko rí a lódè (Oxóssi colhe pra ele, na chuva, lá fora)
Ogum ní ta ewe rè (Orixa Ogum no fim da tarde quer seu feijão)
O ni ko tó ile ògún (Orisha Oggun é guardião da nossa terra, nossa casa de santo)

Akóró umbo bò silé (Akóró estamos lhe esperando)
A Orisha Oggun Meje Iré (Ogoun das 7 aldeias de Irè)
Ire Meje Meje

Katakata òbí meje (aqui e lá ele está em 7 lugares)
Òbí meje àna gbod-ó (ele está em 7 lugares tomando conta de todos)
Katakata òbí meje (aqui e lá ele está em 7 lugares)
Òbí meje àna gbod-ó (ele está em 7 lugares tomando conta de todos)
E pà mi Ogoun, Ogoun pà meje (Ogoun mata 7 vezes sem pestanejar, Ogoun mata 7 vezes)
E meje mi òsè (Ele faz tudo em 7 dias)

E pé lè já pé lè já (Seu poder nos protege nas lutas)
Ogou Onirè

E Aáké lódè koró oun bè lè (Pedimos que use as suas armas para vencer nossas lutas)
Akóró o Ogou já koró oun bè lè (Ogou Akoro pedimos que nos dê forças e nos ajude a vencer nossas lutas)

Ogou onirè o a koro Onire re gbé de (Ogou Onire pedimos que traga suas dádivas para este lugar e para nós)
Aáké Ogou Onire ore gbé de (Ogou Onire, seu machado atrai forças para nós)

Ogum se kó re nde se kó re (Ogum, corte e nos ensine a cortar, atrair e cortar, nos ensine a cortar)
Ogum se kó re nde se kó re (Ogum, corte e nos ensine a cortar, atrair e cortar, nos ensine a cortar)

E pá ní òbe Ogum pá ní obé (Sua faca mata, Ogum, sua faca mata)
E pá ní òbe Ogum pá ní obé (Sua faca mata, Ogum, sua faca mata)

O ni ko tó (Ele é dono da terra)
O ni ko tó nile Oggum (Ele é o dono da terra e protege a nossa casa)
O ni awa ba já (Ele é um guerreiro)
O ni ko to to ba òbe (Ele é dono da terra e o dono da faca)

Ogum ni kó to wà layè (Oggum é o dono da terra)
Mariwo uá e (Venha com seu Mariwo)
Ogum ni kó to wà layè (Ogun é o dono da terra)

A wá Akóró e lè a rùn (Venha nos ajudar Ogum Guerreiro, com seu poder)
A wá Akóró e lè dun wò (Venha nos ajudar e nos proteger Ogum Guerreiro)
Ae, ae, ae, a wá Akóró e lè dun wò (Venha nos ajudar e nos proteger, Ogum Guerreiro)

Ìjà kwe ìjà kwe ìjà (Batalhe na nossa casa, batalhe na nossa casa, batalhe)
A wá Akóró mi rè (Orixa Oggoun, venha até nós)

Wá Ogum Meje ilé (Venha à nossa casa de santo Ogum Meje)
Alagba Meje Meje (Senhor Meje, Meje)

E mariwo aso (A roupa dele é de Mariwo)
E mariwo aso (A roupa dele é de Mariwo)

Ogum àgò fi rí rí (Ògun nos dê licença)
Ága dé lò wa de a o (Pedimos que saia de seu reino e venha nos encontrar para que possamos vê-lo)
Ogum àgò fi rí rí (Ògun nos dê licença)

Koró ba ga dá (Lá do alto ele nos ajuda)
Koró ba ga dá (Lá do alto ele nos ajuda)
Ogum ba ga dá e (Lá do alto Ogum nos ajuda)
Ogum ba ga dá (Lá do alto …. ajuda)

Ke kí kí àwa Akóró (Nós cantamos para salvar Ogum)
Ke kí kí àwa Akóró (Nós cantamos para salvar Ogum)


Agora veja Video com Audio das Cantiga em Ketu Completo:


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Reza de Oxossi + Tradução completa

Postado por: Ebomi at 22:00 1 Commentario
Leia e escute no video o Oriki (reza ou saudação completa) para Odé - Oxossi diz muito sobre ele, poucos sabem mais este orixá também é um Santo ligado a luta (como Ogum), pois ele juntou-se ao irmão para aprender a guerrear e ensinou Ogum a Caçar, pois não era um ponto forte do orixá dono da batalha:

Orixá Oxossi e sua Saudação


Mais sobre Oxossi:

Lenda em que Oxossi é Castigado

OXOSSI O ORIXÁ DA CAÇA

 Abaixo segue o Oriki completo para Oxosse com sua traduação na linha de baixo de cada parte desta reza: No final do texto poderá ouvir cantigas com letra e traduções para Oxosi.

 

Escute e leia a Reza (saudação) do Oriki de Oxossi:

  


Osoosi!
Oxosse !

Awo Òde Ìjà Pìtìpà.
Ó orixá da luta,

Omo Ìyá Ògún Oníré.
irmão de Ògún Onírè.

Òsoosì Gbà Mí O.
Oxosse, me proteja !

Òrìsà A Dínà Má Yà.
Orixá que tendo bloqueado o caminho, não o desimpede.

Ode Tí Nje Orí Eran.
Caçador que come a cabeça dos animais.

Eléwà Òsòòsò.
Orixá que come ewa osooso.

Òrìsà Tí Ngbélé Imò,
Orixá que vive tanto em casa de barro

Gbe Ilé Ewé.
como em casa de folhas.

A Bi Àwò Lóló.
Que possui a pele fresca.

Òsoosì Kì Nwo Igbó,
Oxosse não entra na mata

Kí Igbo Má Aì Tìtì.
sem que ela se agite.

Ofà Ni Mógàfí Ìbon,
Ofà é a arma poderosa que o pai usa em lugar de espingarda.

O Ta Ofà Sí Iná,
Ele atirou a sua flecha contra o fogo,

Iná Kú Pirá.
o fogo se apagou de imediato.

O Tá Ofà Sí Oòrùn,
Atirou sua flecha contra o sol,

Oòrùn Rè Wèsè.
O sol se pos.

Ogbàgbà Tí Ngba Omo Rè.
Ó salvador, que salva seus filhos !

Oní Màríwò Pákó.
Ó senhor do màrìwó pákó !

Ode Bàbá Ò.
Meu pai caçador

O Dé Ojú Ogun,
chegou na guerra,

O Fi Ofà Kan Soso Pa Igba Ènìyàn.
matou duzentas pessoas com uma única flecha.

O Dé Nú Igbó,
Chegou dentro da mata,

O Fi Ofà Kan Soso Pa Igba Eranko.
usou uma única flecha para matar duzentos animais selvagens.

A Wo Eran Pa Sí Ojúbo Ògún Lákayé,
Arrasta um animal vivo até que ele morra e o entrega no ojubo de Ogum.

Má Wo Mí Pa O.
Não me arraste até a morte.

Má Sì Fi Ofà Owo Re Dá Mi Lóró.
Não atire sofrimentos em minha vida, com seu Ofà.

Odè Ò, Odè Ò, Odè Ò,
Ó Odè! Ó Odè! Ó Odè!

Òsoosì Ni Nbá Odè Inú Igbo Jà,
Dentro da mata, é Oxosse que luta ao lado do caçador

Wípé Kí Ó De Igbó Re.
para que ele possa caçar direito.

Òsoosì Oloró Tí Nbá Oba Ségun,
Oxosse, o poderoso, que vence a guerra para o rei.

O Bá Ajé Jà,
Lutou com a feiticeira

O Ségun.
e venceu.

Òsoosì O !
Ó Oxosse,

Má Bà Mi Jà O.
não brigue comigo.

Ogùn Ni O Bá Mi Se O.
Vence as guerras para mim

Bí O Bá Nbò Láti Oko.
Quando voltar da mata,

Kí O Ká Ilá Fún Mi Wá.
Colhe quiabos para mim.

Kí O Re Ìréré Ìdí Rè.
e, ao colhê-los, tire seus talos.

Má Gbàgbé Mi O,
Não se esqueça de mim.

Ode Ò, Bàbá Omo Kí Ngbàgbé Omo.
Ó Odè, um pai não se esquece do filho.

Cantico de Xirê de Oxossi:

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Pontos de Preto Velho Cantado: Gira completa com Vídeo e Letra

Postado por: Ebomi at 18:30 0 Comentários

Gira completa de Preto Velho na Umbanda com Pontos cantados e suas Letra

Escute, aprenda, ouça o video completo com uma Gira de Preto Velho na Umbanda com os seus Pontos Cantados e escritos na Umbanda. Esse vídeo faz parte da sequencia aprendendo a cantar para Umbanda com Gira de: Exú, Caboclo, Preto velho, Pomba Gira e Cânticos do Candomblé para todos os Orixás. São aproximadamente 25 pontos de Umbanda.

Gira de preto velho de umbanda
Se você quer saber mais sobre os Preto Velhos:

A hitória dos Preto Velhos


Primeira Parte dos Melhores Pontos de Preto Velho


EU ANDAVA PERAMBULANDO SEM TER NADA PRA COMER
EU PEDI ÀS SANTAS ALMAS PARA VIR ME SOCORRER
FOI AS ALMAS QUE ME AJUDOU MEU DIVINO ESPÍRITO SANTO
VIVA OH DEUS NOSSO SENHOR

PÁ PÁ PÁ BATERAM NA PORTA NO CÉU
PÁ PÁ PÁ SÃO PEDRO ABRIU PRA VER QUEM É
MAS ERA AS ALMAS SANTAS BENDITAS QUE SE PESAVAM NA BALANÇA DE MIGUEL

FOI, FOI OXALÁ QUEM MANDOU EU PEDIR QUEM MANDOU IMPLORAR
QUE AS SANTAS ALMAS VIESSEM ME AJUDAR
QUE EU FOSSE NA CALUNGA DE JOELHOS A IMPLORAR
SANTO ANTONIO DE PEMBA SEGURA A CURIMBA SEGURA O GONGÁ
EU SOU FILHO DE PEMBA EU NÃO POSSO CAIR EU NÃO POSSO TOMBAR
MAS COMO CAMINHOU MEU PAI MAS COMO CAMINHOU MEU PAI
MAS COMO CAMINHOU SANTO ANTONIO DE PEMBA MAS COMO CAMINHOU

AUÊ MEU SÃO BENEDITO Ô SARAVÁ A SUA COROA
Ô SARAVÁ MEU SENHOR DO BONFIM MEU SENHOR MALAQUIAS
Ô SARAVÁ TODO POVO DA BAHIA

ELE É PAI DE CABEÇA É O CHEFE DO NOSSO GONGÁ
ELE É PAI DE CABEÇA É O CHEFE DO NOSSO GONGÁ
Ô VENTO QUE BALANÇA AS ÁGUAS DA BAHIA
Ô DEIXA MEU VÔVÔ CHICO PASSAR

HOJE É DIA DE FESTA NO TERREIRO DO MEU PAI
SARAVÁ MEU VÔVÔ CHICO QUE ELE É O NOSSO PAI
HOJE É DIA DE FESTA NO TERREIRO DO MEU PAI
SARAVÁ MEU VÔVÔ CHICO QUE ELE É O NOSSO PAI
EMBALA Ê BABÁ EMBALA Ê (4X)

Segunda Parte dos Pontos Cantados de Preto Velho



MAS EU FUI À BAHIA FAZER UMA PROMESSA AO SENHOR DO BONFIM
QUE EU SEGUIRIA MINHA UMBANDA ATÉ O FIM ME AJUDA ME DÊ PAZ
E SAÚDE Ó SENHOR DO BONFIM ME AJUDA ME DÊ PAZ E SAÚDE

ÔH MEU VÔVO CHICO NUNCA NOS ABANDONE
ÔH MEU VÔVO CHICO NUNCA NOS ABANDONE
OH TOMA CONTA DO SEU TERREIRO OH TOMA CONTA DO SEU GONGÁ

ATOTÔ OBALUAÊ MEU PAI, MEU PAI É SANTO
É SANTO DO MEU AXÉ, É SANTO DO MEU ENCANTO

FOI COM AS ALMAS COM AS ALMAS QUE EU CONHECI A UMBANDA FOI COM AS ALMAS
COM AS ALMAS QUE EU CONHECI MEU VÔVÔ CHICO
COM AS ALMAS QUE EU CONHECI PAI JOAQUIM

OH PAI DE ANGOLA É ANGOLEIRO ELE É REI MAIOR TRABALHAVA NA SUA LAVOURA ELE É REI MAIOR

LA NA ANGOLA TEM UM VELHO QUE NÃO PODE MAIS ANDAR
LA NA ANGOLA TEM UM VELHO QUE NÃO PODE MAIS ANDAR
ELE VAI BATER MACUMBA ATÉ O DIA CLAREAR

DANDÁ DANDÁ VÔVÔ DANDÁ DANDÁ VÔVÔ
DANDÁ DANDÁ VÔVÔ DANDÁ DANDÁ VÔVÔ

SEGURA O TOURO CAMBINDA AMARRA NO MORÃO,
SE O TOURO É BRAVO, OI CAMBINDA, AMARRA ELE NO CHÃO,
MEU SANTO ANTONIO É PEQUENINO AUÊ, OI ABRE AS PORTAS DO CÉU AUÊ,
CAMBINDA VELHA ESTREMECEU AUÊ, MAS NÃO SAIU DO LUGAR.

BAHIA, OH! ÁFRICA VEM CÁ VEM NOS AJUDAR
FORÇA BAHIANA, FORÇA AFRICANA, FORÇA DIVINA VEM CÁ, VEM CÁ.

O BARQUINHO DE SÃO SALVADOR CHEGOU DA BAHIA TÃO CARREGADO TROUXE CRAVO,
TROUXE ROSA E A VOVÓ RITA QUE VINHA DO LADO FILHO DE FÉ FOI ESPERAR FOI ESPERAR VÓVÓ

NÃO CHORA NO CATIVEIRO, NO CATIVEIRO NÃO DEVE CHORAR (4X)
QUANDO BATIA SEIS HORAS NEGA VELHA PEGAVA O TAMBOR CORRIA PRA SUA URUCAIA CHAMAVA OXÓSSI CHAMAVA XANGÔ
NO TEMPO DA ESCRAVIDÃO COZINHAVA PRA ELA SÓ
PRETA VELHA NÃO QUER QUE EU COMA ABÓBORA, MAXIXE, QUIABO E JILÓ
PRETA VELHA NÃO QUER QUE EU COMA ABÓBORA, MAXIXE, QUIABO E GILÓ
ABÓBORA, MAXIXE, QUIABO E GILÓ DESATA O NÓ DO CAMINHO DOS SEUS FILHOS

3 parte dos Pontos de Umbanda para Preta Velha



EU PLANTEI MANDIOCA FORMIGA COMEU
PLANTEI, PLANTEI NÃO PLANTO MAIS

PRETO VELHO CADÊ SEU GONGÁ OH ZIG ZIG ZIG NA SENZALA FICOU LÁ

MAS EU SONHEI QUE ESTAVA NA BAHIA E LÁ TEM MUITO AXÉ
E EU CANTAVA NOITE E DIA QUANDO EU ACORDEI UMA
BAIANA ME CHAMOU ERA O RECADO DE MEU PAI XANGÔ

BAIANA CHEIA DE AXÉ BAIANA
TODO DIA EU VEJO A BAIANA CHEIA DE AXÉ

CHAMEI A RODA PRA RODAR BAIANA VAMOS APANHAR DENDÊ NA BAHIA
VAMOS APANHAR DENDÊ QUERO VER

SAIAS DE BABADO, PIMENTA DA COSTA,
COLARES E GUIAS É UMA PRETA VELHA TODA ENFEITADA ELA VEM DA BAHIA

AI COMO É LINDO TEU OLHAR AI COMO É LINDO TEU CAMINHAR
EU DIGO ADEUS ESTÁ CHEGANDO A HORA PRETO VELHO SE DESPEDE
E JÁ VAI EMBORA E JÁ FOI EMBORA

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Saudação Completa de Oxossi com tradução

Postado por: Ebomi at 08:00 3 Comentarios

O Oriki Oxóssi é a Saudação completa de Oxossi com tradução


Leia e aprenda a recitar o Oriki de Oxossi com áudio e sua tradução do yoruba para português dando continuidade ao curso “Saudando os Orixás”. Pois colocar como é a escrita é algo comum, mas ter a tradução e áudio para aprendizado que é o certo para melhor aperfeiçoamento. A saudação típica de Odé é Arolê.

Esse é um Oriki longo, contudo, muito rico de fundamentos. Você pode utilizar essa reza de Oxossi dentro de qualquer parte do culto (candomblé) para este orixá. E não tendo restrição de nação (ketu, angola, Gegê, Efon). No começo será comum você usar uma colinha para poder recitar e não se perder dentro da invocação deste orixá Oxossi.

Um bom exemplo é na hora de cultuar o ibá de Oxossi (assentamento) e você utilizar este belo Oriqui para poder acordar o orixá para receber seus agrados, oferendas e comidas para poder pedir a este Orixá que é dono da fartura, conquista, riqueza, sorte e prosperidade.

ORIKI OXOSSI

Oxóssi
Awo odé ìjà pìtìpà.
Omo ìyá ogum oníré.
Oxóssi gbà mí o.
Orixá a dínà má yà.
Ode tí nje orí eran.
Eléwà òsòòsò.
Orixá tí ngbélé imò,
gbé ilé ewé.
A bi àwò lóló.
Oxóssi kì nwo igbó,
Kí igbo má mì tìtì.
Ofà ni mógàfí ìbon.
O ta ofà sí iná
Iná kú pirá.
O tá ofà sí Oòrùn,
Oòrùn rè wèsè.
Ogbàgbà tí ngba omo rè.
Oní màrìwò pákó.
ODE BÀBÁ Ò,
O DÉ OJÚ OGUN,
O FI OFÀ KAN SOSO PA IGBA ÈNÌYÀN.
ODÉ NÍ IGBÓ,
O FI OFÀ KAN SOSO PA IGBA ERANKO.
AWO ERAN PA SÍ OJÚBO ÒGÚN LÁKAYÉ.
MÁ WO MÍ PA O !
MÁ SÌ FI OFÀ OWO RE DÁ MI LÓRÓ.
ODE Ò, ODE Ò, ODE Ò !
ÒSÓÒSÌ NI NBÁ ÒDE INÚ IGBO JÀ,
WÍPÉ KÍ Ó DE IGBÓ RE.
ÒBÁ AJÉ JÀ,
O SÉGUN.
ÒSÓÒSÌ O !
ÒSÓÒSÌ OLORÓ TI NBÁ OBA SÉGUN
ÒBÁ AJÉ JÀ,
O SÉGUN.
ÒSÓÒSÌ O!
MÁ BÀ MI JÀ O .
OGUN NI O BÁ MI SE O .
BÍ O BÁ NBÒ LÁTI OKO, KÓ O RE ÌRÉRÉ ÌDÍ RÈ.
MÁ GBÀBÉ MI O,
ODE Ò, BÀBÁ OMO KÍ NGBÀBÉ OMO.
ÀSE, ÀSE, ÀSE.
 

Tradução para português o Oro de Oxossi:

 
Oxóssi senhor da caça e guerreiro lutador
Oxóssi me proteja !
Orixá que quando bloqueia o caminho não o desimpede.
Senhor da caça e guerreiro lutador.
Caçador que come a cabeça dos animais.
Caçador que come ewà òsòòsò.
Caçador que vive tanto em casa de barro como em casa de folhas
Que possui a pele fresca.
Oxóssi não entra na mata,
Sem que ela se agite.
Ofá a arma poderosa que usa em lugar de espingarda.
Ele atirou sua flecha contra o fogo,
E o fogo se apagou imediatamente
Ele atirou sua flecha contra o sol
E o sol se pôs.
Ó senhor que salva seus filhos !
Ó senhor do mòrìwò pákó !
Meu pai caçador ,
Chegou na guerra,
Onde matou duzentas pessoas com uma só flecha.
Chegou dentro da mata, onde com uma só flecha matou duzentos animais.
Arrasta o animal vivo até morrer e entrega no altar de Ogum,
Não me arraste até a morte !
Não lance sofrimentos em minha vida com seu Ofá !
Você é caçador, caçador, caçador !
Dentro da mata é Oxóssi quem ajuda o caçador
Para que ele possa caçar direito.
Rei que lutou contra a feiticeira,
E a venceu.Ó Oxóssi !
Oxóssi poderoso que vence a guerra para o Rei.
Rei que lutou contra a feiticeira,
E a venceu.
Ó Oxóssi!
Não lute (brigue) comigo,
Mas vença as guerras para mim.
Quando voltar da mata e chegar na fazenda,
e ao colhe-los,
tire seus talos,
não se esqueça de mim,
Ó caçador,
um pai não se esquece de seu filho,
Assim seja.

Agora escute o audio da Reza de Oxóssi:


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Saudação Para Orixá Ogum Completa com Tradução

Postado por: Ebomi at 17:32 2 Comentarios

A Saudação para o Orixá Ogum em Yoruba completa com sua tradução em português


Baixo segue a escrita correta da Saudação para Orixá Ogum em Yoruba com sua respectiva tradução em português utilizada dentro dos culto ao orixá como o Candomblé. Essa artigo faz parte do curso de aprendizado saudando todos os Orixá (invocando, louvando, conversando) na hora de fazer seus devidos pedidos para este orixá que também tem o culto obrigatório como Exú Bara Orixá.

Como muitos seguidores da religião não tem idéia de como é tão importante utilizar um Oriki na hora de cultuar o Orixá e outros simplesmente não sabem, então agora com áudio completo com as traduções esta saudação para invocar o Orixá Ogum para agradecer ou pedir o que for necessário.

ogum oriki

Ògún pèlé o !
Ogum, eu te saúdo !

Ògún alákáyé,
Ogum, senhor do universo,

Osìn ímolè.
poder dos orixás.


Ògún alada méjì.
Ogum, dono de dois facões,


O fi òkan sán oko.
Usou um deles para preparar a horta


O fi òkan ye ona.

e o outro para abrir caminho.

Ojó Ògún ntòkè bò.
No dia em que Ogum vinha da montanha

Aso iná ló mu bora,
ao invés de roupa usou fogo para se cobrir.

Ewu ejè lówò.
E vestiu roupa de sangue.

Ògún edun olú irin.
Ogum, a divindade do ferro
      
Awònye òrìsà tií bura re sán wònyìnwònyìn
.Orixá poderoso, que se morde inúmeras vezes.

Ògún onire alagbara.
Ògún Onire, o poderoso.

A mu wodò,
O levamos para dentro do rio

Ògún si la omi Logboogba.
e ele, com seu facão, partiu as águas em duas partes iguais.

Ògún lo ni aja oun ni a pa aja fun.
Ogum é o dono dos cães e para ele sacrificamos.

Onílí ikú,
Ogum, senhor da morada da morte.

Olódèdè màríwò.
o interior de sua casa é enfeitado com

màríwò.Ògún olónà ola.
Ogum, senhor do caminho da prosperidade.

Ògún a gbeni ju oko riro lo,
Ogum, é mais proveitoso ao homem cultuá-lo do que sair para plantar

Ògún gbemi o.
Ogum, apoie-me

Bi o se gbe Akinoro.
do mesmo modo que apoiou Akinoro.

Agora escute o Audio com letra e tradução do Orixá de Ogum


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Pretos Velhos de Umbanda: Lenda e História

Postado por: Ebomi at 12:06 0 Comentários

A lenda dos Pretos-Velhos e sua história


A História (lenda) dos Pretos Velhos de Umbanda tem sua origem nas grandes metrópoles do período colonial: Portugal, Espanha, Inglaterra, França, etc; subjugaram nações africanas, fazendo dos negros mercadorias, objetos sem direitos ou alma, esta mesma entidade (pretos velhos) não está somente presente na Umbanda, mas também dentro do Candomblé (culto aos Orixás) por que muitos babalorixás iniciam-se primeiramente dentro de Umbanda, e logo depois migrando para a religião espírita de Nação (culto africano cultuado no Brasil denominado Candomblé) e permanecendo suas antigas origens como os Preto-velho, Caboclos, Erês, Exús, Pomba Giras, Boiadeiros, etc.

preto-velho de Umbanda

Conhecendo alguns nomes de Preto Velho: Pai Bento, Pai Joaquim, Benedito, Cipriano, etc..
Nomes de Preta Velha: Vovó Cabinda, Mãe Maria, Sete Serras, Cristina, Maria Conga, Vovó Rita.
Nomes de Preto Velho De Umbanda

Os negros africanos foram levados a diversas colônias espalhadas principalmente nas Américas e em plantações no Sul de Portugal e em serviços de casa na Inglaterra e França.

Pontos Cantados para Preto Velho
 
- Os traficantes coloniais utilizavam-se de diversas técnicas para poder arrematar os negros:
Chegavam de assalto e prendiam os mais jovens e mais fortes da tribo, que viviam principalmente no litoral Oeste, no Centro-oeste, Nordeste e Sul da África.

- Trocavam por mercadoria: espelhos, facas, bebidas, etc. Os cativos de uma tribo que fora vencida em guerras tribais ou corrompiam os chefes da tribo financiando as guerras e fazendo dos vencidos escravos.

No Brasil os escravos negros chegavam por Recife e Salvador, nos séculos XVI e XVII, e no Rio de Janeiro, no século XVIII.

Os primeiros grupos que vieram para essas regiões foram os bantos; cabindos; sudaneses; iorubás; geges; hauçá; minas e malês.

A valorização do tráfico negreiro, fonte da riqueza colonial, custou muito caro; em quatro séculos, do XV ao XIX, a África perdeu, entre escravizados e mortos 65 a 75 milhões de pessoas, e estas constituíam uma parte selecionada da população.

Arrancados de sua terra de origem, uma vida amarga e penosa esperava esses homens e mulheres na colônia: trabalho de sol a sol nas grandes fazendas de açúcar. Tanto esforço, que um africano aqui chegado durava, em média, de sete a dez anos!

Em troca de seu trabalho os negros recebiam três "pês": Pau, Pano e Pão.
E reagiam a tantos tormentos suicidando-se, evitando a reprodução, assassinando feitores, capitães-do-mato e proprietários. Em seus cultos, os escravos resistiam, simbolicamente, à dominação.

A "macumba" era, e ainda é, um ritual de liberdade, protesto, reação à opressão. As rezas, batucadas, danças e cantos eram maneiras de aliviar a asfixia da escravidão. A resistência também acontecia na fuga das fazendas e na formação dos quilombos, onde os negros tentaram reconstituir sua vida africana. Um dos maiores quilombos foi o Quilombo dos Palmares onde reinou Ganga Zumba ao lado de seu guerreiro Zumbi (protegido de Ogum).

Os negros que se adaptavam mais facilmente à nova situação recebiam tarefas mais especializadas, reprodutores, caldeireiro, carpinteiros, tocheiros, trabalhador na casa grande (escravos domésticos) e outros, ganharam alforria pelos seus senhores ou pelas leis do Sexagenário, do Ventre livre e, enfim, pela Lei Áurea.

A Legião de espíritos chamados "Pretos-Velhos" foi formada no Brasil, devido a esse torpe comércio do tráfico de escravos arrebanhados da África.

Estes negros aos poucos conseguiram envelhecer e constituir mesmo de maneira precária uma união representativa da língua, culto aos Orixás e aos antepassados e tornaram-se um elemento de referência para os mais novos, refletindo os velhos costumes da Mãe África. Eles conseguiram preservar e até modificar, no sincretismo, sua cultura e sua religião.

Idosos mesmo, poucos vieram, já que os escravagistas preferiam os jovens e fortes, tanto para resistirem ao trabalho braçal como às exemplificações com o látego. Porém, foi esta minoria o compêndio no qual os incipientes puderam ler e aprender a ciência e sabedoria milenar de seus ancestrais, tais como o conhecimento e emprego de ervas, plantas, raízes, enfim, tudo aquilo que nos dá graciosamente a mãe natureza.

Mesmo contando com a religião, suas cerimônias, cânticos, esses moços logicamente não poderiam resistir à erosão que o grande mestre, o tempo, produz sobre o invólucro carnal, como todos os mortais. Mas a mente não envelhece, apenas amadurece.
Não podendo mais trabalhar duro de sol a sol, constituíram-se a nata da sociedade negra subjugada. Contudo, o peso dos anos é implacavelmente destruidor, como sempre acontece.

O ato final da peça que encarnamos no vale de lágrimas que é o planeta Terra é a morte. Mas eles voltaram. A sua missão não estava ainda cumprida. Precisavam evoluir gradualmente no plano espiritual.

Muitos ainda, usando seu linguajar característico, praticando os sagrados rituais do culto, utilizados desde tempos imemoriais, manifestaram-se em indivíduos previamente selecionados de acordo com a sua ascendência (linhagem), costumes, tradições e cultura. Teriam que possuir a essência intrínseca da civilização que se aprimorou após incontáveis anos de vivência.

Agora você já sabe as Origens de Pretos velhos de Umbanda. E você já teve uma boa ajuda no nosso velho? Já ouviu alguma linda Mensagem de Preto Velho?

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Oxumarê: Quem é este Orixá?

Postado por: Ebomi at 16:04 1 Commentario

Quem é este Orixá chamado Oxumarê?


Orixá Oxumarê - quem é este Orixá?

Para responder a pergunta “Oxumarê – Quem é este Orixá?”, precisaremos falar sobre sua familia, origem e cultura.

Orixá Oxumarê, filho mais novo e preferido de Nanã, irmão de Omulu, Orixá típico da Nação Jejê do Candomblé, sendo este não muito comum na religião da Umbanda.É uma entidade branca muito antiga, participou da criação do mundo enrolando-se ao redor da terra, reunindo a matéria e dando forma ao Mundo. Sustenta o Universo, controla e põe os astros e o oceano em movimento. 

Rastejando pelo Mundo, desenhou seus vales e rios. É a grande cobra que morde a cauda, representando a continuidade do movimento e do ciclo vital. A cobra é dele e é por isso que no Candomblé não se mata cobra. Sua essência é o movimento, a fertilidade, a continuidade da vida. 

A comunicação entre o céu e a terra é garantida por Oxumarê. Leva a água dos mares, para o céu, para que a chuva possa formar-se - é o arco-íris, a grande cobra colorida. Assegura comunicação entre o mundo sobrenatural, os antepassados e os homens e por isso à associa do ao cordão umbilical.

Oxumarê é um Orixá bastante cultuado no Brasil, apesar de existirem muitas confusões a respeito dele, principalmente nos sincretismos e nos cultos mais afastados do Candomblé tradicional africano como a Umbanda. A confusão começa a partir do próprio nome, já que parte dele também é igual ao nome do Orixá feminino Oxum, a senhora da água doce. Algumas correntes da Umbanda, inclusive, costumam dizer que Orixá Oxumarê é uma das diferentes formas e tipos de Oxum, mas no Candomblé tradicional tal associação é absolutamente rejeitada. São divindades distintas, inclusive quanto aos cultos e à origem. 

Em relação a Oxumarê, qualquer definição mais rígida é difícil e arriscada. Não se pode nem dizer que seja um Orixá masculino ou feminino, pois ele é as duas coisas ao mesmo tempo; metade do ano é macho, a outra metade é fêmea. Por isso mesmo a dualidade é o conceito básico associado a seus mitos e a seu arquétipo. 

Essa dualidade onipresente faz com que Oxumarê carregue todos os opostos e todos os antônimos básicos dentro de si: bem e mal, dia e noite, macho e fêmea, doce e amargo, etc.

A Saudação de Oxumarê: Arrobobô

Oriki completo com tradução para Oxumarê


Nos seis meses em que é uma divindade masculina, é representado pelo arco-íris, sendo atribuído a Oxumarê o poder de regular as chuvas e as secas, já que, enquanto o arco-íris brilha, não pode chover. Ao mesmo tempo, a própria existência do arco-íris é a prova de que a água está sendo levada para os céus em forma de vapor, onde se aglutinará em forma de nuvem, passará por nova transformação química recuperando o estado líquido e voltará à terra sob essa forma, recomeçando tudo de novo: a evaporação da água, novas nuvens, novas chuvas, etc. 

Nos seis meses subseqüentes, o Orixá assume forma feminina e se aproxima de todos os opostos do que representou no semestre anterior. É então, uma cobra, obrigado a se arrastar agilmente tanto na terra como na água, deixando as alturas para viver sempre junto ao chão, perdendo em transcendência e ganhando em materialismo. Sob essa forma, segundo alguns mitos, Oxumarê encarna sua figura mais negativa, provocando tudo que é mau e perigoso.

Não podemos nos esquecer de que tanto na África, como especialmente no Brasil, a população negra, foi continuamente assediada pela colonização branca. Uma das formas mais utilizadas por jesuítas para convencer os negros, era a repressão física, mas para alguns, não bastava o medo de apanhar. Eles queriam a crença verdadeira e, para isso, tentaram explicar e codificar a religião do Orixás segundo pontos de vista cristãos, adaptando divindades, introduzindo a noção de que os Orixás, seriam santos como os da Igreja Católica. Essa busca objetiva do sincretismo sem dúvida foi esbarrar em Oxumarê e na cobra - e não há animal mais peçonhento, perigoso e pecador do que ela na mitologia católica. 

Por isso, não seria difícil para um jesuíta que acreditasse sinceramente nos símbolos de sua visão teológica. Reconhecer na cobra mais um sinal da presença dos símbolos católicos na religião do Orixás e nele reconhecer uma figura que só poderia trazer o mal.

Na verdade, o que se pode abstrair de contradições como as que apresenta Oxumarê é que este é o Orixá do movimento, da ação, da eterna transformação, do contínuo oscilar entre um caminho e outro que norteia a vida humana. É o Orixá da tese e da antítese. Por isso, seu domínio se estende a todos os movimentos regulares, que não podem parar, como a alternância entre chuva e bom tempo, dia e noite, positivo e negativo. 


Conta-se sobre ele que, como cobra, pode ser bastante agressivo e violento, o que o leva a morder a própria cauda. Isso gera um movimento moto-contínuo pois, enquanto não largar o próprio rabo, não parará de girar, sem controle. Esse movimento representa a rotação da Terra, seu translado em torno do Sol, sempre repetitivo- todos os movimentos dos planetas e astros do universo, regulados pela força da gravidade e por princípios que fazem esses processos parecerem imutáveis, eternos, ou pelo menos muito duradouros se comparados com o tempo de vida médio da criatura humana sobre a terra, não só em termos de espécie, mas principalmente em termos da existência de uma só pessoa. Se essa ação terminasse de repente, o universo como o entendemos deixaria de existir, sendo substituído imediatamente pelo caos. 

Esse mesmo conceito justifica um preceito tradicional do Candomblé que diz que é necessário alimentar e cuidar de Oxumarê muito bem pois, se ele perder suas forças e morrer, a conseqüência será nada menos que o fim da vida no mundo. 

Seu domínio se estende a todos os movimentos regulares que não podem parar, como a alternância entre o dia e a noite, o bom e o mal tempo (chuvas) e entre o bem e o mal (positivo e negativo). 

Enquanto o arco-íris traz a boa notícia do fim da tempestade, da volta do sol, da possibilidade de movimentação livre e confortável, a cobra é particularmente perigosa para uma civilização das selvas, já que ela está em seu habitat característico, podendo realizar rápidas incertas. 

Pierre Verger acrescenta que Oxumarê está associado ao misterioso, a tudo que implica o conceito de determinação além dos poderes dos homens, do destino, enfim: É o senhor de tudo o que é alongado. 

O cordão umbilical, que está sob seu controle, é enterrado geralmente com a placenta, sob uma palmeira que se torna propriedade do recém-nascido, cuja saúde dependerá da boa conservação dessa árvore.

Canticos de Oxumarê em Ketu:

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