Ebó de Okaran Meji – Ebó de Odu para afastar negatividae

Postado por: Ebomi at 14:25 4 Comentarios
Hoje estarei passando para os meus amigos leitores do Blog Juntos no Candomblé, como se fazer e quais elementos levam um ebó de Odu, em particular o de Okaran.

Para quem não sabe o que é Odu leia aqui, e os que não conhecem sobre este Odu Okaran leia aqui. Um breve resumo do Odu Okaran: 

Em Yorubá, o significado do termo “Okaran” seria igual uma “só palavra” ou “a primeira palavra é boa” (“Okan Olan”).

A fala humana foi introduzida por este Odú e com ela todos os idiomas existentes. As pessoas nascidas sob este signo, não recebem qualquer reconhecimento por parte de seus semelhantes.

 Corresponde ao nº 8 na ordem de chegada do sistema Ifá, onde é conhecido com o mesmo nome.

ebo de exú, okaran meji, meridilogun

Kanejú Okaran Meji.

Os elementos do Ebó de Okaran:

1 metro de morim preto
1 caixa de fósforo
1 metro de morim vermelho
1 charuto
1 acaçá
1 garrafa de cachaça
1 vela

Como se fazer o Ebó e seus Procedimentos: Passar tudo no corpo da pessoa menos a cachaça. Fazer uma trouxa e despachar em um caminho que tenha encruzilhada. Ou se pode fazer na encruzilhada mesmo dependendo do caminho.

Peço sempre aos meus leitores leigos que procurem a devida ajuda quando for necessário, pois este ebó já é avançado, cabendo ao executor do ebó (que for fazer em você), um mínimo de conhecimento espiritual na área de Odu Ifá.
Lembre-se que é Exú o encarregado de levar o ebó, então é preciso que se confirme antes se Exú aceita este ebó, e claro se ele quer algo em troca para executar o serviço com procedência.

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SORTE NO AMOR – 2 Simpatia

Postado por: Ebomi at 16:39 0 Comentários

    amor   A realização sorte no amor (simpatia) é algo a ser buscado em todas as horas, por isso conhecendo uma forma de atraí-la, é sempre aconselhável colocar em prática. A sabedoria popular nos brinda com muitas simpatias capazes de tal feito, esta é uma delas.

 O amor será bem sucedido em sua vida se você se habituar a acender uma vela lilás ou violeta todo sábado ao pôr do sol. Ofereça esta luz ao ser divino que habita em você e no universo todo, para que possa expandir-se cada vez mais dentro do seu coração tornando você uma pessoa iluminada pela boa sorte e merecedora da felicidade no amor. No caso de ser casada ou namorar, pode convidar o parceiro para fazer junto ou apenas acender uma vela na mesma cor em nome dele.

 

 

Se você tem procurado por sua alma-gêmea, mas não tem encontrado, lembre-se que as coisas mais valorizadas são sempre aquelas mais difíceis de serem conseguidas. Persista na busca e saiba que sua alma-gêmea pode estar bem mais perto do que você imagina, esperando apenas um sinal para entrar em sintonia com você.

Pois se assim for, então certamente esta simpatia é o "sinal" tão esperado que lhe trará a boa sorte de encontrar o grande amor da sua vida.

Sempre que for sair de casa para uma festa ou um outro local onde tenham pessoas do sexo oposto, coloque uma vela vermelha num pires com mel e acenda, ofertando-a ao seu Anjo da Guarda, para que o(a) conduza ao encontro de sua alma-gêmea.

Quando for acender essa vela e a chama tremer constantemente, oscilando de um lado para outro, sem se firmar, prepare-se. Sua alma-gêmea passará ao seu lado, em algum momento, naquela noite.

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Voduns das Águas Oceânicas

Postado por: Ebomi at 12:18 1 Commentario
africano O oceano abriga uma variedade imensa de entidades, dentre estas, encontramos muitos Voduns masculinos e femininas. (Voduns das Águas Oceânicas)

Para falarmos sobre as Naês (mães) que habitam o oceano, torna-se necessário falarmos dos Voduns masculinos que moram com elas.

Para os adeptos do culto Vodum o oceano é o grande Hu-Non (ru-nom), considerado o maior de todos os Voduns.

Naete (naêtê) e seu esposo Vodum Hou (rou) são os deuses que reinam esse universo oceânico. Enquanto Naete fica nas águas calmas, Vodum Hou desbrava todas as regiões e dá a cada Vodum suas tarefas.

Naete (naêtê) - Vodum feminino do panteão do trovão que habita as águas calmas antes da arrebentação, esposa de Vodum Hou.

Hou (rou) - Vodum masculino do panteão do trovão casado com Naetê, pai de Aveheketi, trindade muito cultuada e honrada nos templos do Trovão. Sua morada são as volutas bramantes das ondas que arrebentam no litoral.

Cada Vodum habita uma região do oceano e têm uma função. Assim vamos encontrar:

Vodum Nate (natê) - Vodum do panteão do trovão que habita o mar. Adorado pelos pescadores e por todos que trabalham no mar. É o grande guardião que habita em todo o oceano, mar e praias.

Sayo (saíô) - Vodum feminina do pan­teão do trovão, irmã de Avhekete. Ha­bita as ondas do mar que fazem o nível do oceano subir. Considerada como uma sereia

Vodum Tokpodun (tópôdum) - Vodum feminina, deusa do rio. Seu frescor traz claridade para as cabeças e sua tran­qüilidade traz a paz. Símbolo de beleza, feminilidade, fertilidade, graça e caráter. Filha de Naete deusa do oce­ano, irmã de Avhekete. Foi expulsa do oceano por seus irmãos por seu caráter forte indo então, morar no rio.

Vodum Tchahe (tchárrê) - Vodum feminina do panteão do trovão, irmã de Avhekete. Habita o marulhar das ondas das águas oceânicas.

Vodum Agboê (abôê) - Vodum masculino do panteão do trovão, filho de Saho. Rea­liza tudo através de um talismã que preparou junto com seu pai. Dança com muito vigor, gira em torno de si mesmo e transforma–se na água que é Hu, o mar. Depois disso sai e pede a uma vodunsi que recolha água do mar, coloque em um ponte e a esquente. O resultado disso é o huladje, o sal.

Vodum Avehekete (averequéte) - Vodum masculino do panteão do trovão, muito agitado, habita a arrebentação marinha. É quem leva as men­sagens de seu pai, Vodum Hou, às di­vindades marítimas e aos homens. Costuma roubas as chaves de sua mãe para da-las aos homens.

Voduns gêmeos Dôtsê e Saho (dôtissê e Sarrô) - Dôtse nasceu à noite e Saho de manhã. Ela tem um olho em um lado da terra e Saho no outro lado. Considerados os Voduns que olham o mundo. Panteão do trovão, habitam sobre o mar.

Vodum Yedomekwe (iêdômêqüê) - Vodum feminina que faz chover. Habita na evaporação das águas oceânicas.

Goheji (gôrêji) - Vodum jovem muito alegre e falante, habita o encontro das águas das lagoas com o mar. Essa mãe gosta muito de passear pelas lagoas e lagos misturando-se com os patos d'água em seu bailado e fica muito aborrecida se algum caçador mata ou fere uma dessas aves. Veste roupas azul, verde água, prateado com rosa clarinho ou azul. Gosta de adornos prateados, pérolas e perfumes suave. Pertence ao panteão da terra. Quando Goreji resolve passear em águas oceânicas, os cavalos marinhos que a adoram ficam ao seu dispor para transportá-la e passear com ela. Em seu assentamento podemos colocar bonecas coloridas e outros brinquedos de menina.

Vodum Aboto - habita as águas doces profundas que desembocam no mar. É sempre confundida tanto como Oxum quanto como Yemanja. Uma das Voduns mais velha do panteão da terra. Veste branco, branco com amarelo, amarelo clarinho, suas contas são amarelo pálido. Gosta de adornos dourados e perfume. Não gosta de muito barulho perto dela. Fica fascinada com o barulho dos búzios em movimento com as águas e faz desses seu oráculo.

Os gêmeos Dazodje (dázôdjê) e Nyohuewe Ananu (niôrruêuê ananú) - habitam nas riquezas depositadas no fundo do mar e são considerados os Voduns da Riqueza. Não são feitos na cabeça de ninguém.

Erzulie (erzúliê) - Vodum feminino que habita o reino abissal, pertence ao panteão da terra. É considerada a mãe de Agué e Olokwe. Essa Vodum também é conhecida como Erzulie-Dantor, poderosa conhecedora da alta magia. Dizem os bakonos que ela se assemelha a Netuno, pois está sempre tentando levar toda a humanidade para habitar o oceano. Ela diz que todos os humanos têm a capacidade dos anfíbios e que todos se originaram do fundo do mar. Alguns acreditam que é um Vodum andrógino. Em momento de afogamento devemos chamar por Vodum Abe (abê) e Vodum Sayo para que essas convençam Erzulie que nosso lugar é na terra.

Oulisa (oulissá) - Vodum masculino que habita as águas claras e frias do oceano. Esse Vodum é sempre muito confundido com Lisa (lissá) ou Oxala. Veste branco com detalhes prateado ou dourado. É um Guerreiro dos Mares. Panteão da terra.

Abe (abê) - Vodum feminina irmã de Bade, panteão do trovão. Habita as águas revoltas do oceano. Sempre que acontece um naufrágio é ela junto com Vodum Sayo que tentam salvar os náufragos. Considerada uma das mais velhas mães do mar, sempre substitui Naete, quando essa precisa se ausentar do reino. Noche Abe é considerada a palmatória do mundo, cabe a ela mostrar as verdades e não deixar que essas sumam nas águas, dizem os antigos que o ditado "A verdade sempre anda sobre as águas, nunca afunda, um dia ela aparecerá na praia" foi dito por Abe. Assim como Erzulie, Abe é conhecedora de alta magia. Veste branco, azul muito clarinho.

Existe uma grande confusão entre o nome desta Vodum com as Voduns Abe Huno (abé runô), Abe Gelede (abé geledê), Abe Afefe (abé afêfê) que são Voduns guerreiras dos raios, tempestades e ventos.

Naê Aziri - Vodum das águas doces que muito se assemelha ao Orixa Oxum. Panteão da terra. Essa Vodum é muito confundida com a Vodum Azihi-Tobosi (aziri-tobossi) que habita o alto mar e é a protetora de todas as embarcações que navegam no oceano.

Afrekete (afrequéte) - é a mais jovem e mimada Vodum do panteão do trovão, habita em todo o oceano. Junto com Nate(natê) desempenha o papel de Legba, guardando os mares. Protege os pescadores e pune todos aqueles que insultam os deuses e habitantes do mar. Quando vê uma embarcação pirata, agita as águas para que essa naufrague e após esse, entrega todo o tesouro encontrado aos Voduns da riqueza e os mortos à Abe Gelede (abé).

Aouanga (auangá) - Vodum masculino do panteão do trovão, irmão de Avehekete. Habita as lagunas marinha. Suas águas engolem os ladrões.

Agoen (agôêm) - Vodum filho de Saho, reina na areia branca que cobre o chão das praias e oceanos.

Agwe (agüê) - Vodum feminina do panteão da terra que habita sobre as águas oceânicas. Muito afetuosa, está sempre atenta as necessidade alimentares do homem e os ajuda a prover sua mesa, usando sua arma principal, a dam (rede).

São tantos os Voduns que habitam as águas oceânicas que torna-se impraticável descrever todos aqui nesse espaço.

Temos em nosso culto uma linda cerimônia denominada GOZIN (gozim) onde fazemos oferendas à todas as divindades que habitam as águas. É um momento muito sublime, de uma energia indescritível. Quando "gritamos" Agoki-Agoka (agôqui-agôcá) podemos perceber a chegada de cada um deles.

Não poderia deixar de citar o mito do monstro marinho Mokele-Mbenbe (môquêlêbêmbê), animal do tamanho de um elefante, um pescoço longo, um único chifre e uma enorme calda envolada que ataca as embarcações. Muito temido e respeitado em todo o Dahomey até os dias de hoje.

E na Hou nule ye! (Ê ná rou nûlê iê!) (Que os deuses do oceâno abençoem vocês!)

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