A historia dos Malandros – Malandrinhos - Lenda
Como preparar um Banho: Ervas – Descarrego – Purificação – Energização
Aprenderemos como preparar um banho, podendo ser de: Ervas – Descarrego – Purificação – Energização.
Preparação dos banhos ou Modo de preparar.
Os banhos de ervas devem ser preparados por pessoas especializadas dentro dos terreiros ou por você mesmo(a), com a orientação de seu Zelador de Santo (Pai de Santo).
Nos candomblés quem colhe as ervas é o Mão-de-Ofã, ou Olossain, que antes de entrar na mata saúda Ossãe ou Ossain(orixá das ervas e folhas) e oferece-lhe um cachimbo de barro, mel, aguardente e moedas. Esse sacerdote que se dedica às folhas, nos cultos de Nação, é o Babalossaim, e ele usa seus dotes a cura, para a preparação de amacis e feitura de Santo no candomblé.
Na Umbanda, os Pais e Mães de Santo tem o conhecimento do uso das ervas e no preparo delas.
Vejamos a seguir:
- Acenda uma vela branca e ofereça ao seu anjo de guarda. Ponha água (de preferência mineral) dentro da bacia juntamente com a erva, e macere-a até extrair o sumo. Deixe descansar a mistura, dependendo da "dureza", por algumas horas (flores, brotos e folhas), até por dias (caules, cipós e raízes). Durante este processo, é importante que o filho de fé, ou cante algum ponto correspondente, ou ao menos esteja concentrado e vibrando positivamente.
- Retire o excesso das folhas da bacia; tome seu banho de asseio normal; depois o de descarrego, se indicado;e, depois tome o banho com o amaci, lavando bem a cabeça, a nuca, o frontal e os demais chacras, (o banho deverá permanecer no corpo), vista uma roupa branca. Procure se recolher por uns trinta (30) minutos, mentalizando seu orixá.
- Em todos os banhos, onde se usam as ervas, devemos nos preocupar com alguns detalhes :
- Ao adentrar numa mata para colher ervas ou mesmo num jardim, saudamos sempre Ossaim que é responsável pelas folhas;
- Antes de colhermos as ervas, toquemos levemente a terra, para que descarreguemos nossas mãos de qualquer carga negativa, que é levada para o solo;
- Não utilizar ferramentas metálicas para colher, dê preferência em usar as próprias mãos, já que o metal faz com que diminua o poder energético das ervas;
- Normalmente usamos folhas, flores, frutos, pequenos caules, cascas, sementes e raízes para os banhos, embora dificilmente usemos as raízes de uma planta, pois estaríamos matando-a;
- Colocar as ervas colhidas em sacos plásticos, já que são elementos isolantes, pois até chegarmos em casa, estaremos passando por vários ambientes;
- Lavar as ervas em água limpa e corrente;
- Os banhos ritualísticos devem ser feitos com ervas frescas, isto é, não se demorar muito para usá-las, pois o Prana contido nelas, vai se dispersando e perde-se o efeito do banho;
- A quantidade de ervas, que irão compor o banho, são 1 ou 3 ou 5 ou 7 ervas diferentes e afins com o tipo de banho.
- Não usar aqueles banhos preparados e vendidos em casas de artigos religiosos, já que normalmente as ervas já estão secas, não se sabe a procedência nem a qualidade das ervas, nem se sabe em que lua foi colhida, além de não ter serventia alguma, é apenas sugestivo o efeito.
- Banhos feitos com água quente devem ser feitos por meio da abafação e não fervimento da água e ervas, isto é, esquenta-se a água, até quase ferver, apague o fogo, deposite as ervas e abafe com uma tampa, mantenha esta imersão por uns 10 minutos antes de usar.
- Os banhos não devem ser feitos nas horas abertas do dia (06 horas, 12 horas ou meio-dia, 18 horas e 24 horas ou meia-noite), pois as horas abertas são horas “livres” onde todo o tipo de energia “corre”. Só realizamos banhos nestas horas, normalmente os descarregos com ervas, quando uma entidade prescrever (normalmente um Exú).
- Não se enxugar, esfregando a toalha no corpo, apenas, retire o excesso de umidade, já que o esfregar cria cargas elétricas (estática) que podem anular parte ou todo o banho.
- Após o banho, é importante saber desfazer-se dos restos das ervas. Retiramos os restos das ervas que ficaram sobre o nosso corpo, juntamos com o que ficou no chão. E despachamos em algum local de vibração da natureza como, por exemplo, num Rio (rio abaixo), no mar, numa mata, etc.; Ou até mesmo em água corrente.
Banho de Sal Grosso
O banho de sal grosso, é o banho mais comumente utilizado, devido à sua simplicidade e eficiência. O sal grosso é excelente condutor elétrico e “absorve” muito bem os átomos eletricamente carregados de carga negativa, que chamamos de íons. Como, em tudo há a sua contraparte etérica, a função do sal é também tirar energias negativas aderidas na aura de uma pessoa. Então este banho é eficiente neste aspecto, já que a água em união como o sal, “lava” toda a aura.
O preparo deste banho é bem simples, basta, após um banho normal, banhar-se de uma mistura de um punhado de sal grosso, em água morna ou fria. Este banho é feito do pescoço para baixo, não lavando os dois chacras superiores (coronário e frontal).
Após o banho, manter-se molhado por alguns minutos (uns 3 minutos) e enxugar-se sem esfregar a toalha sobre o corpo, apenas secando o excesso de umidade. O melhor é não se enxugar, mas vai de cada um.
Algumas pessoas, neste banho, pisam sobre carvão vegetal ou mineral, já que eles absorverão a carga negativa.
Este banho é apenas o banho introdutório para outros banhos ritualísticos, isto é, depois do banho de descarrego, faz-se necessário tomar um banho de energização, já que além das energias negativas, também descarregaram-se as energias positivas, ficando a pessoa desenergizada.
Este banho, não deve ser realizado de maneira intensiva (todos os dias ou uma vez por semana, por exemplo), pois ele realmente tira a energia da aura, deixando-o muito vulnerável.
Existem pessoas que usam a água do mar, no lugar da água e sal grosso.
Fica aqui minha observação “Nunca faça nada sem uma orientação de um pai de santo, Mãe de santo, babalawo ou alguém espiritualizado”, tudo na religião deve ser feito com supervisão de um membro superior a nós, pois nessa vida ninguém caminha sozinho, todo mundo precisa de alguém, não importando seu grau espiritual ou hierarquia.
Tipos de Banhos Espirituais – Naturais – Chuva – Mar – Cachoeira – E Cuidados
Falaremos agora de vários tipos de banhos espirituais podendo ser: banhos naturais – banhos de chuva, banhos de mar, banhos de cachoeira e seus cuidados.
Banhos Naturais:
Não são apenas os banhos preparados que são usados para descarga/energização, os banhos naturais são excelentes. Por exemplo: os banhos de cachoeira, de mar, de água de Mina, de chuva (axé de Nanã), de rio, etc.
São banhos que realizamos em locais de vibração da natureza, onde as energias são abundantes. Neste caso, não precisamos nos preocupar em não molhar os chacras superiores (coronal e frontal). Claro que devemos para isto buscar locais livres da poluição.
Dentre eles podemos destacar:
O banho de chuva é uma lavagem do corpo associada à Nanã; uma limpeza de grande força, uma homenagem a este grande orixá.
Ótimos para descarrego e para energização, principalmente sob a vibração de Yemanjá.
Podemos ir molhando os chacras à medida que vamos adentrando no mar, pedindo licença para o povo do mar e para Mamãe Yemanjá. No final, podemos dar um bom mergulho de cabeça, imaginando que estamos deixando todas as impurezas espirituais e recarregando os corpos de sutis energias. Ideal se realizado em mar com ondas e sob o sol.
Com a mesma função do banho de mar, só que executado em águas doces. A queda d’água provoca um excelente “choque” em nosso corpo, restituindo as energias, ao mesmo tempo que limpamos toda a nossa alma. Saudemos, pois Mamãe Oxum e todo povo d’água. Ideal se tomado em cachoeiras localizadas próximas de matas e sob o sol.
Cuidados!!!
Nenhum banho deve ser jogado sobre a cabeça, exceto os de ervas ou essências de Oxalá ou dos Orixás que compõe a Tríade da Coroa do médium. Os demais banhos devem ser tomados sempre do pescoço até os pés (Exceto sob determinação específica de um guia, e mesmo neste caso devemos confirmar se entendemos corretamente o solicitado).
Há banhos para todos os Orixás e Entidades e sempre que tiver dúvida consulte-os ou consulte um dos dirigentes da casa sobre o banho a ser tomado.
“Muitos banhos têm dia e hora para tomar, portanto, consulte um dos dirigentes da casa se tiver dúvidas.”
Banhos de Descarga no Candomblé e na Umbanda
Banhos de Descarga. É utilizado tanto no Candomblé, Umbanda e adeptos. É o mais conhecido, e como o próprio nome diz, o Banho de Descarga (ou descarrego) serve para descarregar e limpar o corpo astral, eliminando a precipitação de fluídos negativos (inveja, ódio, olho grande, irritação, nervosismo, etc). Suprime os males físicos externamente, adquiridos de outrem ou de locais onde estiverem os médiuns. Este banho pode ser utilizado por qualquer pessoa, desde que seguindo as recomendações das Entidades/Guias Espirituais ou do seu Pai ou Mãe de Santo.
Estes banhos servem para livrar o indivíduo de cargas energéticas negativas. Conforme vivemos, vamos passando por vários ambientes, trocamos impressões com todo o tipo de indivíduo e como estamos num planeta atrasado em evolução espiritual, a predominância do mal e de energias negativas são abundantes. Todos estes pensamentos, ações, vão criando larvas astrais, miasmas e etc., que vão se aderindo à aura das pessoas. Por mais que nos vigiemos, ora ou outra caímos com o nosso nível vibratório e imediatamente estamos entrando nesta faixa vibratória.
Tipos de Banhos: Basicamente existem dois tipos de banho, de Descarga/Limpeza e de Energização/Fixação
Banho de Descarrego com ervas, folhas ou Ewe
O banho muito utilizado é o Banho de Descarrego com ervas, folhas ou Ewe. Quando feito com ervas, as mesmas devem ser colhidas por pessoas capacitadas para tal, em horas e condições exigidas, entretanto, podem ser usadas também as adquiridas no comércio (frescas), desde que quem vá usá-las, as conheça.
Banhos com essências também devem ser utilizados com cuidado, pois contêm muita vibração, somente administrados por pessoas capacitadas.
O banho de descarga mais usado é feito com ervas positivas, variando de acordo com os fluídos negativos acumulados que uma pessoa está carregando, e de acordo com os orixás que a pessoa traz em sua cabeça. O banho de descarga com ervas deve ser tomado após o banho rotineiro, de preferência com sabão da costa, sabão neutro ou sabão de coco.
Um banho de descarga não deve ser jogado brutalmente pelo corpo e sim suavemente, com o pensamento voltado para as falanges que vibram naquelas ervas ali contidas. Ao tomarmos o banho de descarrego podemos também entoar um ponto cantado, chamando os guias que vibram com aquelas ervas ali maceradas.
Ao terminarmos o banho de descarga, devemos recolher as ervas e "despachá-las" em algum local de vibração da natureza como, por exemplo, num Rio (rio abaixo), no mar, numa mata, etc.; Ou até mesmo em água corrente.
Hoje em dia há banhos de descarga que são comprados prontos, mas não são recomendados, pois muitos não são preparados com o rigor que deveriam ser. Pois para preparar um banho, devemos colher as ervas certas, caso contrário, não há efeito positivo e/ou completo.
Após um Banho de Descarga ou descarrego, é aconselhável, que se tome algum Banho de Energização, com ervas de Oxalá, ou com as ervas do Orixá do médium.
Defumação Lustral – Defumador para trazer energias positivas
Defumação Lustral é um tipo de defumação para trazer energias positivas como: prosperidade, sorte, amor, saúde, bem estar etc..
Além de afastar alguns resquícios (alguma resma ou energia negativa) que por ventura tenham ficado depois da defumação de descarrego, ela atrai para estes ambientes, correntes positivas dos Orixás, Caboclos, e Pretos Velhos, que se encarregarão de abrir seus caminhos.
• Acenda uma vela para o seu anjo de guarda. Levando um copo com água, comece a defumar sua casa ou o seu local de trabalho, da porta da rua para dentro.
“Não esqueça que a defumação lustral deverá ser feita depois do da Defumação de Descarrego."
Sempre pessa orientação quando não se tem certeza daquilo que quer fazer, pois as vezes temos um tipo de problema que não conseguimos identificar, por isso é sempre recomendável que seja orientado por alguém experiente na religião como: Pai de Santo, Mãe de Santo, Babalawo, Ebomi etc. Pessoas com um grau de hierarquia suficientemente para lhe dar orientação. De nada adianta pedirmos ajuda a alguém que talvez esteja precisando mais do que nós.
Defumaçao de descarrego serve para tirar energias negativas
Defumação de descarrego serve para tirar energias negativas de vários tipos. Certas cargas pesadas se agregam ao nosso corpo astral durante nossa vivência cotidiana, ou seja, pensamentos e ambientes de vibração pesada, rancores, invejas, preocupações, etc. Tudo isso produz (ou atrai) certas formas-pensamento que se aderem à nossa aura e ao nosso corpo astral, bloqueando sutis comunicações e transmissões energéticas entre os ditos corpos.
Além disso, os lares e os locais de trabalho podem ser alvos de espíritos atrasados, que penetram nesses ambientes e espalham fluídos negativos.
Para afastar definitivamente estas entidades do nosso convívio, teremos primeiro que mudar em atos, gestos e pensamento, afastando de nossas mentes aquela corrente que nos liga a estes seres.
A defumação serve para afastar seres do baixo astral, e dissipar larvas astrais que impregnam um ambiente, tornando-o pesado e de difícil convivência para as pessoas que nele habitam.
Pois bem, a defumação tem o poder de desagregar estas cargas, através dos elementos que a compõe, pois interpenetra os campos astral, mental e a aura, tornando-os novamente "libertos" de tal peso para produzirem seu funcionamento normal.
E por esse motivo, Deus entregou a Ossãe (Ossain) as ervas que seriam usadas para destruir tais fluídos e afastar estes espíritos.
• Comece varrendo o lar ou o local de trabalho, e acendendo uma vela para o seu anjo de guarda. Depois, levando em uma das mãos um copo com água, comece a defumar o local da porta dos fundos para a porta da rua.
A Defumação na Umbanda e tambem no Candomble e sua historia.
A defumação é essencial para qualquer trabalho num terreiro de Umbanda e no Candomblé. É também uma das coisas que mais chamam a atenção de quem vai pela primeira vez assistir a um trabalho.
Em geral a defumação na Umbanda é sempre acompanhada de pontos cantados específicos para defumação.
A história da Defumação na Umbanda e no Candomblé é desde os tempos imemoriais, dos homens das cavernas, que a queima de ervas e resinas é atribuída à possibilidade da modificação ambiental, através da defumação. Na Umbanda, como em outras religiões, seitas e dogmas, também nos usamos desse expediente, que tem a função principal limpar e equilibrar o ambiente de trabalho de acordo com a necessidade.
Há 4.000 anos, existia uma rota de comércio onde se cruzavam as culturas mais antigas do Mediterrâneo e África. E foi bem no meio desta rota que nasceu a maior civilização desta época: “O Egito”
A antiga civilização do Egito era devotada em direcionar os sentidos ao Divino. O uso das fragrâncias era muito restrito. As fragrâncias dos óleos eram usadas como perfumes, na medicina e para uso estético, e ainda, para a construção nos rituais. Isto confirma que no Egito se utilizava o incenso desde os tempos antigos.
Quando o Egito se fez um país forte, seus governantes importaram em terras distantes, incenso, sândalo, mirra e canela. Os faraós se orgulhavam em oferecer às deusas e aos deuses enormes quantidades de madeiras aromáticas e perfumes de plantas, queimando milhares de caixas desses materiais preciosos.
Todas as manhãs as estátuas eram untadas pelos sacerdotes com óleos aromáticos.
Sem dúvida o incenso egípcio mais famoso foi o kyphi, que se queimava durante as cerimônias religiosas para dormir, aliviar a ansiedade e iluminar os sonhos.
Os Sumérios ofereciam bagas de junípero como incenso à deusa Inanna. Mais tarde os babilônios continuaram um ritual queimando esse suave aroma nos altares de Ishtar.
Tudo indica que o junípero foi o incenso mais utilizado, eram usadas outras plantas também, madeira de cedro, pinho, cipreste, mirto, cálamo entre outras que eram oferecidas às divindades.
O Que é a Defumação ou Defumador?
O Que é a Defumação ou Defumador. Ao queimarmos as ervas, liberamos em alguns minutos de defumação todo o poder energético aglutinado em meses ou anos absorvido do solo da Terra, da energia dos raios de sol, da lua, do ar, além dos próprios elementos constitutivos das ervas. Deste modo, projeta-se uma força capaz de desagregar miasmas astrais que dominam a maioria dos ambientes humanos, produto da baixa qualidade de pensamentos e desejos, como raiva, vingança, inveja, orgulho, mágoa, etc.
Existem, para cada objetivo que se tem ao fazer-se uma defumação, diferentes tipos de ervas, que associadas, permitem energizar e harmonizar pessoas e ambientes, pois ao queimá-las, produzem reações agradáveis ou desagradáveis no mundo invisível. Há vegetais cujas auras são agressivas, repulsivas, picantes ou corrosivas, que põem em fuga alguns desencarnados de vibração inferior. Os antigos Magos, graças ao seu conhecimento e experiência incomuns, sabiam combinar certas ervas de emanações tão poderosas, que traçavam barreiras intransponíveis aos espíritos intrusos ou que tencionavam turbar-lhes o trabalho de magia.
Apesar das ervas servirem de barreiras fluídico-magnéticas pra os espíritos inferiores, seu poder é temporário, pois os irmãos do plano astral de baixa vibração são atraídos novamente por nossos pensamentos e atos turvos, que nos deixam na mesma faixa vibratória inferior (Lei de Afinidades). Portanto, vigilância quanto ao nível dos pensamentos e atos.
Existem dois tipos de defumação; a defumação de descarrego e defumação lustral (defumação para trazer o positivo).
VODUM DAN BESSEN – Candomble Jeje
VODUM DAN/BESSEN o Candomblé jejê, aprendendo mais sobre a cultura Vodun.
Aido Wedo(aidô uêdô) e Dambala são para o povo Jeje os maiores deuses.
Aido Wedo é o arco-íris e Dambala a sua imagem refletida nas águas oceânicas.
O Dangbé é a serpente sagrada que representa o espírito de Vodum Dan.
Na África esse Vodum é conhecido como DA.
Dada - Termo pelo qual o Vodum Dan é louvado. A coroa de Dan é chamada de Coroa de Dada.
Dan tanto pode ser um Vodum masculino quanto pode ser um Vodum feminino, porém para tratá-lo, fazê-lo ou assentá-lo temos que cuidar sempre do casal. Como dizem os antigos "cobra não anda sozinha, seu parceiro esta sempre por perto".
Dambala também é conhecida como Daidah (daídar) – A "Cobra–Mãe". Essa Vodum não pode ser feita em mais de duas pessoas num mesmo país. Os velhos vodunos contam que ela é originária da Palestina. Em uma outra versão, encontramos Daidah como Lilith, a primeira mulher de Adão.
No Brasil encontramos cerca de 48 Voduns Dans, na África encontramos muito mais que isso. Essa família é muito grande.
Dan é um Vodum muito exigente em seus preceitos, muito orgulhoso e teimoso. Quando tratado corretamente, dá tudo aos seus filhos e a casa de santo, mas se tratado de maneira errada ou se for esquecido castiga severamente. Vodum Dan é muito fiel a casa e a mãe/pai de santo que o fez.
Os símbolos de Dan, são: o arco-íris, a serpente pithon, o traken ou draka, patokwe, o dahun , a ..takara. e o ason (assôm). Seu principal atinsa (atinsá) dentro de uma casa de Santo é denominado Dan-gbi , que é onde o arco-íris se encontra com a terra ("panela lendária do tesouro!"). Dan usa muitos brajás feitos de búzios. As aighy (aigri), são importantissimas em seus assetamentos e atinsas.
Para nós, Vodum Aido Wedo é o verdadeiro deus da vidência, é ele junto com Vodum Fa, quem dá aos bakonos o poder do oráculo, assim como deu a Yewa e a Legba.
Aido Wedo e Dambala são quem sustentam o mundo e quando eles se agitam provocam catástrofes como os terremotos. Eles fazem parte da criação do mundo, pois vieram ajudar Nana Buluku nessa tarefa.
Nos arcos-íris da lua e do sol também encontramos Voduns Dan.
Ao se iniciar um filho de Dan, preceitos são feitos para que esse Vodum venha sempre em forma humana e nunca em forma de serpente, pois entendemos que na forma humana ele é menos perigoso e entende melhor os homens, podendo assim atender suas necessidades e suprí-las. Na forma de serpente torna-se muito perigoso.
De modo geral os filhos de Dan são muito chegado a doenças, principalmente de olhos. São pessoas vaidosas, ambiciosas, "perigosas", espertas e inteligentes. São muito dedicados ao santo e dificilmente saem da casa onde foram feitos.
Vestem branco em sua grande maioria. Alguns usam cores verde bem clarinho, prateado, ou tecido liso com o arco-íris estampado. Seus fios de conta variam de acordo com cada Vodum, não existe um modelo padrão.
Sua louvação (saudação) principal é: A Hho bo boy = "Salve o rei cobra" ( Hho = rei, bo boy = Dans, serpentes, cobras).
HISTÓRICO DO Candomblé
O Histórico do Candomblé e sua Origem, pois o Candomblé é uma religião originária da África, trazida ao Brasil pelos negros escravizados na época da colonização brasileira. A presença das religiões africanas é uma conseqüência imprevista do tráfico dos escravos, que determinou a afluência de cativos Gegês e Nagôs (Daomeanos e Yorubás), trazidos da Costa dita dos Escravos e desembarcados, principalmente, na Bahia e em Pernambuco.
A extraordinária resistência oposta pelas religiões africanas às formas de alienação e de extermínio haveria de surpreender. A religião foi tolerada porque os senhores julgavam as danças e os batuques simples divertimentos de negros nostálgicos, úteis para que eles guardassem a lembrança de suas origens diversas e de seus sentimentos de aversão recíproca.
O Candomblé se difundiu no Brasil no século passado, com a migração de africanos como escravos para os senhores de terra. A população escrava no Brasil consistia quase totalmente de negros de Angola. No momento da chegada dos nagôs, um século e meio de escravidão havia passado, destribalizando o negro e apagando seus costumes, crenças e sua língua nacional. Mas o elemento africano, resistiu e criou uma forma de cultuar seus deuses através do sincretismo com os santos católicos.
Mesmo levando em conta a pressão social e religiosa, era relativamente fácil para os escravos, na sonolência geral, reinstalar na Bahia as crenças e práticas religiosas que trouxera da África, pois, a igreja católica estava cansada do esforço despendido na criação de irmandades de negros como tentativa de anular toda sua cultura, mas todos os meses novas levas de escravos, adeptos ao culto aos Orixás, desembarcavam na Bahia.
Por volta de 1830 três negras conseguiram fundar o primeiro templo de sua religião na Bahia, conhecida como Ylê Yá Nassó, casa da mãe Nassó. (Nassó seria o título de princesa de uma cidade natal da costa da África). Esta seria a primeira a resistir às opressões católicas, desta casa se originam mais três que sobrevivem até hoje e que fazem parte do grande Candomblé da Bahia, sendo elas: O Engenho velho ou Casa Branca, Gantóis, cuja ilustre dirigente foi mãe menininha do gantóis (falecida em 1986) e do Alaketu.
Os Candomblés se diversificaram desde 1830, a medida que a religião dos nagôs se firmava, primeiro entre os escravos e for fim, no seio do povo. Hoje há quatro tipos de Candomblé ou Candomblé de quatro nações: Kêtu (povo nagô), Jêje (povo nagô, mas obedientes a uma outra cultura), Angola-congo (povo bantu, este culto é mais abrasileirado) e de caboclo (cultuam mais os caboclos, mistura-se com a Umbanda).
O Candomblé baseia-se no culto aos Orixás, deuses oriundas das quatro forças da natureza: Terra, Fogo, Água e Ar. Os Orixás são, portanto, forças energéticas, desprovidas de um corpo material. Sua manifestação básica para os seres humanos se dá por meio da incorporação. O ser escolhido pelo orixá, um dos seus descendentes, é chamado de elegum, aquele que tem o privilégio de ser montado por ele. Torna-se o veículo que permite ao orixá voltar à Terra para saudar e receber as provas de respeito de seus descendentes que o evocaram. Cada orixá tem as suas cores, que vibram em seu elemento visto que são energias da natureza, seus animais, suas comidas, seus toques (cânticos), suas saudações, suas insígnias, as suas preferências e suas antipatias, e aí daquele que devendo obediência os irrita.
A síntese de todo o processo seria a busca de um equilíbrio energético entre os seres materiais habitantes da Terra e a energia dos seres que habitam o orum, o suprareal (que tanto poderia localizar-se no céu - como na tradição cristã - como no interior da Terra, ou ainda numa dimensão estranha a essas duas, de acordo com diferentes visões apresentadas por nações e tribos diferentes). Cada ser humano teria um orixá protetor, ao entrar em contato com ele por intermédio dos rituais, estaria cumprindo uma série de obrigações. Em troca, obteria um maior poder sobre suas próprias reservas energéticas, dessa forma teria mais equilíbrio.
Cada pessoa tem dois Orixás. Um deles mantém o status de principal, é chamado de orixá de cabeça, que faz seu filho revelar suas próprias características de maneira marcada. O segundo orixá, ou ajuntó, apesar de distinção hierárquica, tem uma revelação de poder muito forte e marca seu filho, mas de maneira mais sutil. Um seria a personalidade mais visível exteriormente, assim como o corpo de cada pessoa, enquanto o outro seria a face oculta de sua personalidade, menos visível aos que conhecem a pessoa superficialmente, e às potencialidades físicas menos aparentes.
Como qualquer outra religião do mundo, o Candomblé possui cerimoniais específicos para seus adeptos porém, esses ritos mostram singularidades especialíssimas, como a leitura de búzios (um primeiro e ocular contato com os Orixás), a preparação e entrega de alimentos para cada uma das entidades ou as complexas e prolongadas iniciações dos filhos-de-santo. Através da observância desses procedimentos é que o Candomblé religa os humanos aos seres astrais, proporcionando àqueles o equilíbrio desejado na existência.
Vodum – Cultura Jêje - Candomblé
Isso gerou uma enorme variação do termo, devido a quantidade de dialetos usados por esses clãs e aldeias, que somado a influência francesa, passaram a falar como entendiam. Essa diversificação fonética dá-se também por conta dos idiomas de pesquisadores que “invadiram” a África, em busca de conhecimento sobre o Vodou. No Brasil, por exemplo, usamos o fonema Vodum. A palavra Hoodoo não é uma variante de Vodou.
Os Orixás no Jeje:
DAN | YEWA | FA |
TOGUN | TOHOSSOU | NOHÊ AIKUNGUMAN |
TOBOSSI | SAKPATA | VODUNS DA RIQUEZA |
HEVIOSO | AVEJI DA | NANÃ |
Vodun das águas oceânicas | Vodun das águas Doces | EKU E AVUN |
CANTO PARA OXUMARÊ: BESSEN
O Jeje na Africa – O Candomble
O Jeje na África, Candomblé e suas Culturas. A história do desenvolvimento do império crescente do Dahomey é indispensável para compreendermos os Voduns, precisamente a quebra e a migração do Ewe/Fon. Alguns estudiosos da cultura africana achavam que todos os Voduns cultuados em Dahomey eram deuses originários dos yorubanos. Um equívoco! Trata-se simplesmente de uma troca de atributos culturais de cada região. Em todas as regiões, os deuses africanos são louvados, sejam ancestrais ou vindos de outras regiões, mas preferencialmente cada região cultua seus próprios deuses, os ancestrais. Os deuses estrangeiros podem ser aceitos inteiramente nos santuários dos Voduns locais, embora permaneçam sempre como estrangeiros. O mesmo tratamento é dado em terras yorubanas aos Voduns originários de outras regiões. Dahomey, cuja capital era Abomey, foi o principal reino da história do atual Benin. Seu poderio militar formado por bravos guerreiros e amazonas era temido por todos os reinos vizinhos que foram sendo conquistados.
O exército do rei era dividido em duas partes: o regimento permanente e o regimento das coletas tribais (prisioneiro). Esses prisioneiros eram treinados para serem guerreiros do rei e as mulheres, em especial, eram enviadas ao regimento das amazonas onde aprendiam a lutar. Os prisioneiros que se negavam a aderir as causas do rei eram sumariamente executados ou vendidos como escravos. Os chefes das tribos conquistadas ficavam reservados para serem executados durante o festival anual de ancestrais, em memória dos reis mortos. Suas cabeças eram decapitadas e seu sangue oferecido aos falecidos reis. Essa pratica aconteceu do séc. XVI até o séc. XVII. O reino de Dahomey foi o maior exportador de escravos para o nome mundo. Adja-Tado foi quem começou esse grande império de Dahomey. Primeiro conquistou a cidade de Adja onde se tornou rei, casou e teve 3 filhos. Quando seus filhos já eram guerreiros, Adja-Tado foi a Allada junto com eles e estabeleceu o reino de Allada.
Seus filhos se dividiram e estabeleceram reinos separados e tornaram-se reis. O primogênito Zozergbe foi rei de Porto Novo, o segundo filho foi sucessor de Adja-Tado no trono de Allada e o terceiro filho, Aklim fundou o que mais tarde seria o principal reino da região. Aklin foi para Ghana e Bahicon (agora Benin, sul-central), com seu exército, e estabeleceu uma outra dinastia, a cidade de Abomey, que foi a capital do império militar, conhecida como Dahomey. Dahomey foi governada por um total de treze reis divinizados, por quase dois séculos. Agassu, que era um dos líderes do império, dizia ser filho de um leopardo com a princesa de Tado, Aligbonon. Ela teria sido encantada por esse leopardo originando o nascimento de Agassou. Agassou teve três filhos e deu início a uma linhagem de homens leopardo.
Jeje Brasil – O Candomble e Cultura da Naçao Jeje
Jeje Brasil o Candomblé Jeje e sua história e Cultura:
Djedje (jeje) é uma palavra de origem yoruba que significa estrangeiro, forasteiro e estranho; que recebeu uma conotação pejorativa como “inimigo”, por parte dos povos conquistados pelos reis de Dahomey e seu exército. Quando os conquistadores eram avistados pelos nativos de uma aldeia, muitos gritavam dando o alarme “Pou okan, djedje hum wa!” (olhem, os jejes estão chegando!). Quando os primeiros daomeanos chegaram ao Brasil como escravos, aqueles que já estavam aqui reconheceram o inimigo e gritaram “Pou okan, djedje hum wa!”; e assim ficou conhecido o culto dos Voduns no Brasil “nação Jeje”. Dentre os daomeanos escravizados, uma mulher chamada Ludovina Pessoa, natural da cidade Mahi (marri), foi escolhida pelos Voduns para fundar três templos na Bahia.
Ela fundou: um templo para Dan; “Ceja Hundê”, mais conhecido como o “terreiro do Ventura” ou “Axé Pó Zehen” (pó zerrêm) em Cachoeira de São Felix; um templo para Hevioso “Zoogodo Bogun Male Hundô” em Salvador e um templo para Ajunsun que não se sabe porque não foi fundado. Esse é o segmento jeje-mahi do povo Fon. O templo de Ajunsun/Sakpata foi fundado mais tarde pela africana Gaiacu Satu, em Cachoeira de São Felix e recebeu o nome de Axé Pó Egi, mais conhecido por Corcunda de Ayá. São os Jejes Savalu ou Savaluno. Sakpata era rei da cidade Savalu/África, segundo alguns historiadores, Sakpata foi o único rei que preferiu o exílio a se render aos conquistadores de Dahomey. O dialeto dos savalus também é o Fon.
No Maranhão encontramos a Casa das Minas fundada por Maria Jesuína, segundo informação de Sergio Ferreti. Creio que esta casa dispensa comentários, pois é com certeza a mais conhecida casa de jeje do Brasil. Esse é o segmento do povo Jeje-Mina.
Ainda no Maranhão encontramos a casa Fanti-Ashanti fundada por Euclides Menezes Ferreira. Esse é o segmento jeje-Fanti-Ashanti do povo Akan vindo de Ghana.
No Rio de Janeiro, foi fundado pela africana Gaiaku Rosena, natural de Allada, o “Terreiro do Pó Dabá” no bairro da Saúde, que foi herdado por sua filha Adelaide do Espírito Santo, mais conhecida como Mejitó que transferiu a casa de santo para o bairro Coelho da Rocha. Depois veio Antonio. Pinto de Oliveira. “Tata Fomutinho” que fundou o Ceja Nassó, no bairro de Santo Cristo, depois mudou-se para Madureira na Estrada do Portela, depois para São João de Meriti onde finalmente se estabeleceu na Rua Paraíba. Dizem os mais velhos, que Mejitó, ajudou muito Tata Fomutinho no começo de sua vida de santo aqui no Rio de Janeiro. Tata Fomutinho deixou uma legião de filhos, netos e bisnetos. Dentre esses, meu pai Jorge de Yemanja que fundou o Kwe Ceja Tessi, Pai Zezinho da Boa Viagem que fundou o Terreiro de Nossa Senhora dos Navegantes, Tia Belinha que fundou a Colina de Oxosse e Amaro de Xangô que é aquele tio que está sempre disposto a nos atender e nos ajudar com suas memórias e conhecimentos.
Incensos e Suas Funções Astrais
Os incensos são sempre utilizados em trabalhos e de acordo com o que se pretende fazer ou alcançar. Podendo ser utilizado para diversos tipos de finalidades, como paz para dentro de casa, esquentar um amor e etc.
Alguns dos incensos e suas funções astrais:
Madeira | Para abrir os caminhos |
Almíscar | Para favorecer os romances |
Jasmim | Para o amor |
Lótus | Paz, tranqüilidade |
Benjoim | Para proteção e limpeza |
Sândalo | Para estabelecer relação com o astral |
Mirra | Incenso sagrado usado para limpar após os rituais e durante eles e também usado quando vai se desfazer alguma demanda ou feitiço. |
Laranja | Para acalmar alguém ou ambiente. |
Estarei publicando mais sobre incenso e suas funcionalidades e magias, não deixem de se cadastrarem para receber as atualizações quando postar algo novo no blog.
Para todos os Visitantes do Blog – Novo Blog
Olá amigos e irmãos do candomblé e da Umbanda, o blog passou por uma nova mudança, pois o outro modelo apresentou um problemas nas postagens antigas, isto é o visitante não conseguia achar matérias escritas anteriormente, sendo assim tendo que passar por uma mudança radical, mas não mudando muita coisa. Então agora com com o novo modelo corrigido poderei continuar a publicar cada vez mais para todos os leitores fieis do blog que não é meu, é de todos nós.
Se todos perceberem agora o menu em preto na parte superior do blog já está arrumado, devido ao outro modelo apresentar vários problemas tive que trocar tudo no visual, mas o blog é o mesmo não se preocupem.
Amigos desde já agradeço a todos pela compreenção se causei algum tipo de transtorno na hora em que eu estava editando o blog. Sorte, axé, prosperidade, caminhos abertos, saúde, longa vida é o que o Autor do Blog Juntos no Candomblé deseja a todos sem esquecer de ninguém.
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