ORUMILÁ - IFÁ - Orunmila

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Orumila - Orunmilá - Ifá - Orunla - o Deus da adivinhação A importância de Orumilá/Orunmila (orunla) é tão grande que chegamos a concluir que se um homem fizer algum tipo de pedido ao todo poderoso Olorum (Deus, o Senhor dos Céus), esse pedido só poderá chegar até Ele através de Orunla e/ou Exú, que são somente eles dois dentre todos os Orixás os que têm a permissão, o poder e o livre acesso concedido pôr Olorum de estar junto a Ele, quando assim for necessário.


Ainda vale ressaltar que somente Orumilá e Exú possuem para si um culto individual, onde são feitos adorações totalmente específicas para os mesmos, também são eles os únicos que podem possuir para somente o seu culto um sacerdote específico.

Isso só é possível pôr causa dos poderes delegados pelo todo poderoso a eles, pois os demais Orixá são totalmente dependentes de Ifá e Eleguá, enquanto que eles não dependem de nenhum dos Orixás para desenvolverem sua própria evolução, ou seja, o culto à Ifá e Exú não dependem do culto aos Orixá, entretanto o culto aos Orixá dependem totalmente de Ifá e Exú.

Orumilá /Ifá

Orunmilá é o senhor dos destinos, é quem rege os o plano onírico (sonhos), é aquele que tudo sabe e tudo vê em todos os mundos que estão sob a tutela de Olorum, ele sabe tudo sobre o passado, o presente e o futuro de todos habitantes da Terra e do Céu, é o regente responsável e detentor dos oráculos, foi quem acompanhou Odudua na criação e fundação de Ilé Ìfé, é normalmente chamado em suas preces de: Elérí Ìpín - "o testemunho de Deus'' Ibìkéjì Olódúmarè - "o vice de Deus" Gbàiyégbòrún - "aquele que está no céu e na terra" Òpitan Ìfé - "o historiador de Ìfé".

Acredita-se que Olorum passou e confiou de maneira especial toda a sabedoria e conhecimento possível, imaginável e existente entre todos os mundos habitados e não habitados à Orunmilá, fazendo com que desta forma o tornasse seu representante em qualquer lugar que estivesse.

No Terra Olorum fez com que Orumilá participasse da criação da terra e do homem, fez com que ele auxiliasse o homem a resolver seus problemas do dia a dia, também fez com que ajudasse o homem a encontrar o caminho e o destino ideal de seu orì.

No Céu lhe ensinou todos os conhecimentos básicos e complementares referente todos os Orixá, pois criou um elo de dependência de todos perante Orumilá, todos devem consultá-lo para resolver diversos problemas, com pôr exemplo, a vinda de Oxalá à terra para efetuar a criação de tudo aquilo que teria vida na mesma, porém o grande Orixá não seguiu as orientações prescritas pôr Ifá, e não conseguiu cumprir com sua obrigação caindo nas travessuras aplicadas pôr Exú, ficando esta missão pôr conta de Odudua.
Também Orumilá fala e representa de maneira completa e geral todos os Orixás, auxiliando pôr exemplo, um consulente no que ele deve fazer para agradar ou satisfazer um determinado Orixá, obtendo desta forma um resultado satisfatório para o Orixá e para o consulente.
Orunmilá sabe e conhece o destino de todos os homens e de tudo o que têm vida em nosso mundo, pois ele está presente no ato da criação do homem e sua vinda a terra, e é neste exato instante que Ifá determina os destinos e os caminhos a serem cumpridos pôr aquele determinado espírito.

É pôr isso que Orunla tem as respostas para toda e qualquer pergunta lhe é feita, e que ele têm a solução para todo e qualquer problema que lhe é apresentado, e é pôr esta razão que ele têm o remédio para todas as doenças que lhe forem apresentadas, pôr mais impossível que pareça ser a sua cura.
Todos nós deveríamos consultar Ifá antes de tomarmos qualquer atitude e decisão em nossas vidas, com certeza iríamos errar menos, os Iorubás consultam Ifá antes de tomarem qualquer decisão, com pôr exemplo, antes de um casamento, antes de um noivado, antes do nascimento e até mesmo na hora de dar o nome a criança, antes da conclusão de um negócio, antes de uma viagem, etc.Além disto tudo, Orumilá é também quem tem a vida e a morte em suas mãos, pois ele é a energia que esta mais atuante e mais próxima de Olorum, podendo ele ser a única entidade que tem poderes para suplicar, pedir ou implorar a mudança do destino de uma pessoa.
Não é Orixá, encontra-se num plano mítico e simbólico superior ao dos outros orixás. Se Olorum é o ser supremo dos Iorubás, o nome que dão ao Absoluto, Orumilá é a sua emanação mais transcendente, mais distanciada dos acontecimentos do mundo sub-lunar.Na tradição de Ifé é o primeiro companheiro e "Chefe Conselheiro" de Odudua quando da sua chegada à Ifé. Outras fontes dizem que ele estava instalado em um lugar chamado Òkè Igèti antes de vir fixar-se em Òkè Itase, uma colina em Ifé onde mora Àràbà, a mais alta autoridade em matéria de adivinhação, pelo sistema chamado Ifá.
É também chamado Àgbónmìrégún ou Èlà. É o testemunho do destino das pessoas.Os babalaôs (pais do segredo), são os porta vozes de Orunmilá.

A iniciação de um babalawo não comporta a perda momentânea de consciência que acompanha a dos orixás. É uma iniciação totalmente intelectual. Ele deve passar um longo período de aprendizagem, de conhecimentos precisos, em que a memória, principalmente, entra em jogo.
Precisa aprender uma quantidades de Itans (histórias) e de lendas antigas, classificadas nos duzentos e cinqüenta e seis odú (signos de Ifá), cujo conjunto forma uma espécie de enciclopédia oral dos conhecimentos do povo de língua Iorubá.

Cada indivíduo nasce ligado a um Odu, que dá a conhecer sua identidade profunda, servindo-lhe de guia por toda vida, revelando-lhe o Orixá particular, ao qual deverá ser eventualmente dedicado. Ifá é sempre consultado em caso de dúvida, antes de decisões importantes, nos momentos difíceis da vida.

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ÁJÊ XALUGA (Um Orixa pouco conhecido no Brasil)

Postado por: Ebomi at 03:54 8 Comentarios
AJÉ SALUGA
Ajê Salugá é a irmã mais nova de Yemoja. Ambas são as filhas prediletas de Olokun. Quando a imensidão das águas foi criada, Olokun dividiu os mares com suas filhas e cada uma reinou numa diferente região do oceano. Ajê Salugá ganhou o poder sobre as marés. Eram nove as filhas de Olokun e por isso se diz que são nove as Iyemojas.


Dizem que Iyemoja é a mais velha Olokun e que Ajê Salugá é a Olokun caçula, mas de fato ambas são irmãs apenas. Olokun deu às suas filhas os mares e também todo o segredo que há neles. Mas nenhuma delas conhece os segredos todos, que são os segredos de Olokun. Ajê Salugá era, porém, menina muito curiosa e sempre ia bisbilhotar em todos os mares. Quando Olokun saía para o mundo, Ajê Xalugá fazia subir a maré e ia atrás cavalgando sobre as ondas.

Ia disfarçada sobre as ondas, na forma de espuma borbulhante. Tão intenso e atrativo era tal brilho que às vezes cegava as pessoas que olhavam. Um dia Olokun disse à sua filha caçula: "O que dás para os outros tu também terás, serás vista pelos outros como te mostrares. Este será o teu segredo, mas sabe que qualquer segredo é sempre perigoso".


Na próxima vez que Ajê Salugá saiu nas ondas, acompanhando, disfarçada, as andanças de Olokun,Seu brilho era ainda bem maior, porque maior era seu orgulho, agora detentora do segredo.Muitos homens e mulheres olhavam admirados o brilho intenso das ondas do mar e cada um com o brilho ficou cego.Sim, o seu poder cegava os homens e as mulheres.

Mas quando Ajê Salugá também perdeu a visão, ela entendeu o sentido do segredo.Iyemoja está sempre com ela, Quando sai para passear nas ondas. Ela é a irmã mais nova de Iyemoja. Nós não conhecíamos os poderes de Aina, hoje revelados!" Disposto a serví-la, colocou-lhe o nome de Anabi ou Ainayi, que em Yoruba quer dizer: Aina vomita, Aina deu toda riqueza a Fá Ayidogun. Os muçulmanos, depois disto, fizeram de Aina uma divindade, conhecida entre eles, como


texto retirado de mitologia dos orixás

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OKÔ

Postado por: Ebomi at 03:42 1 Commentario
Okô
Orixá Okô era filho de Iemanjá e Obatalá. Quando o mundo foi criado, ainda não existia nada plantado. Aqui morava um homem que nada fazia. Este homem se chamava Oko, o nome que ele tinha recebido do grande criador. Um dia, Olorum chamou este velho e lhe disse: - Olha, eu criei o mundo, porém, faltam as plantações, e eu não sei com fazê-las, como plantar. Você vai ser incumbido desta tarefa.

Oko ficou sentado no chão, pensando:Que grande incumbência Olorum me deu! O que eu vou fazer? Pensou, pensou, e aí se lembrou de que nas suas andanças pelas estradas tinha encontrado uma palmeira, e que embaixo dessa palmeira sempre tinha uns molequinho. Esse moleque era muito sapeca e muito sagaz, com um corpo bem reluzente. Ele estava sempre com um pedaço de pau mexendo na terra.


Oko se lembrou de que um dia ele perguntou a esse rapazinho:- Que estás a fazer?E o rapaz lhe respondeu:Você não sabe que a terra mexida e plantada dá frutos? Plantada como? – perguntou Oko. - É... A gente arruma semente, e tudo isso...- Como arruma semente, se ainda não existe arvore, não existe nada? – interrompeu Oko.


O molequinho lhe disse:- Olhe que prá Olorum nada é difícil! Oko ficou admirado com as palavras daqueles molequinho. Quando Olorum lhe deu essa empreitada, ele logo se lembrou de molequinho. Voltou ao mesmo lugar e encontrou o molequinho sentado embaixo da palmeira, cavando terra. O buraco já estava maior, e daquele buraco já estava saindo uma terra mais avermelhada. Oko perguntou ao menino:- Porque esta terra está saindo mais vermelha?- É sinal de que algo de diferente existe nas profundezas da terra.


Você vê que eu estou cavando e aqui em cima a terra é mais seca; agora, esta outra parte, é mais molhada, e agora já está saindo uma parte mais densa, mais dura – respondeu o menino, mostrando a terra a Oko. - Continue a cavar – falou OkO. Mas enquanto o menino estava cavando, a madeirazinha que ele estava usando quebrou.


Ele aí pelejou, esfregou no chão, e fez uma ponta na madeira. O menino estava descobrindo naquele momento uma ferramenta na hora em que ele raspou a madeira no chão. E com ela ele recomeçou a cavar juntos e tiraram uma lasca dessa terra, que era a pedra. Oko disse:- Vamos fazer algo para a gente cavar a terra. Vamos ver se conseguimos qualquer coisa com aquela lasca de pedra.O molequinho continuou a trabalhar e Oko lhe disse:


- Eu vou me embora, você veja se sozinho consegue pensar em algo mais útil para nós trabalharmos.E foi embora, foi embora, foi embora. Foi andando e matutando pelo caminho.No outro dia quando Oko voltou, o molequinho estava com o fogo aceso e com vários pedaços daquela pedra de fogo. Quando o moleque fez aquele fogo, ele fez também um canal saindo de dentro do fogo.


No que as tais pedras iam de derretendo iam escorrendo e o menino ia formando lâminas. Assim foi criado o ferro. E sabe quem era esse molequinho? Era Ogum, o criador do ferro. Daí em diante, Orixá Oko, o grande rezador e plantador, com suas idéias sobre plantação, colheita e lavoura , e Ogum, com as suas ferramentas para ajudar a cavar a terra, o arado, o machado, a foice e a enxada, continuaram a trabalhar juntos nas plantações que têm grande importância na criação do mundo.

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OLOKUN

Postado por: Ebomi at 03:35 1 Commentario

Orixá Olokun Olokun

Como Olokun se torna a Rainha das Águas Olokun, senhora das águas, consulta Ifá, numa época em que suas águas não eram bastantes para que alguém nelas lavasse o rosto. Se alguém recolhesse água em seu leito, recolheria, também, areia. Porque ela estava pobre de água. Olossá, senhora da lagoa, consulta Ifá, numa época em que suas águas não eram bastantes para que alguém nelas, lavasse os pés. 

Se alguém quisesse com elas lavar os pés, sujar-se-ia de lama e areia. Pois havia, na lagoa, muito pouca água. Olokun e Ôlossá foram, ambas, aos pés de Orunmilá rogar-lhe examinar os seus casos. Poderiam elas tornar-se as maiores do mundo? Orunmilá respondeu que se elas pudessem fazer as oferendas que ele escolhera para elas, suas vidas seriam um sucesso. Ele disse que Olokun deveria oferecer duzentas cobertas pretas, duzentas cobertas brancas, um carneiro e vinte e seis mil búzios da costa. 

Depois ele recomendou a Olossá que fizesse o mesmo. Olokun fez as oferendas. Ela empregou tudo o que possuía. Ela chegou a empregar-se, como serva, para completar as oferendas. Olossá fez também as oferendas com tudo o que possuía. Mas suas oferendas não foram completas, porque ela não encontrou onde se empregar. Oxum, o rio, elegante senhora do pente de coral, consultou Ifá no dia em que ia conduzir todos os rios. 

Os rios não sabiam em que direção seguir. Eles correriam para a frente ou para trás? E haviam pedido o conselho de Oxum. Ifá respondeu: "Tu, Oxum, vais a um certo lugar e, neste lugar, serás muito bem recebida. Os outros rios te seguirão. Nenhum outro poderá proceder-te em nenhum lugar onde estejas presente. "Oxum reuniu todos os rios, e os rios seguiram todos juntos. Quando chegaram à beira da Lagoa (osa) eles a cobriram completamente, quando deixaram a lagoa, eles cobriram completamente o mar (okun). Foi colocada a questão quem seria a rainha das águas. Olokun declarou: 

"O território onde vocês se encontram é meu! " Eles discutiam aqui e ali. Olodumaré manifestou-se então: "A que possui o território é a rainha! "Olokun foi por direito a rainha. Olossá disse aos rios que se retirassem das suas terras, mas os rios não encontraram saída por onde passar. Assim, Olossá foi eleita segunda pessoa de Olokun. A cada ano, todos os rios vêm adorá-la. Foi assim que Olokun e Olossá se tornaram populares na Terra e famosas no mundo dos Deuses.

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OTIM esconde que nasceu com 4 seios

Postado por: Ebomi at 03:18 9 Comentarios

Orixá Otim OTIM O ORIXÁ

Otim esconde que nasceu com 4 seios" Oquê, rei da cidade de Otã, tinha uma filha. Ela nascera com 4 seios e era chamada de Otim.O rei Oquê adorava sua filha e não permitia que ninguém soubesse de sua deformação. Este era o segredo de O quê, este era o segredo de Otim. Quando Otim cresceu, o rei aconselho-a a nunca se casar, pois um marido, por mais que a amasse, um dia se aborreceria com ela e revelaria ao mundo seu vergonhoso segredo. Otim ficou muito triste, mas acatou o conselho do pai. Por muitos anos, Otim viveu em Igbajô, uma cidade vizinha, onde trabalhava no mercado.

Um dia, um caçador chegou ao mercado, e ficou tão impressionado com a beleza de Otim, que insistiu em casar-se com ela. Otim recusou seu pedido por diversas vezes, mas, diante da insistência do caçador, concordou, impondo uma condição: o caçador nunca deveria mencionar seus quatro seios a ninguém . O caçador concordou, e impôs também sua condição: Otim jamais deveria por mel de abalhas na comida dele, porque isso era seu tabu, seu euó (não pode).... Por muitos anos, Otim viveu feliz com o marido. Mas como era a esposa favorita, as outras esposas sentiram-se muito enciumadas. Um dia, reuniram-se e tramaram contra Otim. Era o dia de Otim cozinhar para o marido; ela preparava um prato de milho amarelo cozido, enfeitado com fatias de coco, o predileto do caçador.

Quando Otin deixou a cozinha por alguns instantes, as outras sorrateiramente puseram mel na comida. Quando o caçador chegou em casa e sentou-se para comer, percebeu imediatamente o sabor do ingrediente proibido. Furioso, bateu em Otim e lhe disse as coisas mais cruéis, revelando seu segredo: "Tu, com teus quatro seios, sua filha de uma vaca, como ousaste a quebrar meu tabu?"A novidade espalhou-se pela cidade como fogo.

Otim, a mulher de quatro seios, era ridicularizada por todos. Otim, fugiu de casa e deixou a cidade do marido Voltou para sua cidade, Otã, e refugiou-se no palácio do pai. O velho rei a confortou, mas ele sabia que a noticia chegaria também a sua cidade.Em desespero, Otim fugiu para a floresta. Ao correr, tropeçou e caiu. Nesse momento, Otim transformou-se num rio, e o rio correu para o mar. Seu pai, que a seguia, viu que havia perdido a filha.

Lá ia o rio fugindo para o mar. Querendo impedir o Rio de continuar sua fuga, desesperado, atirou-se ao chão, e, ali onde caiu, transformou-se em uma montanha, impedindo o caminho do rio Otim para o mar.Mas Otim contornou a montanha e seguiu seu curso.Oquê (Orixá), a montanha, e Otim, o rio, são cultuados até hoje em Otã. Odé (Oxossi), o caçador, nunca se esqueceu de sua mulher.
Leia também:

• Reza de Oxossi + Tradução completa

 

• Lenda de Oxossi é Castigado

 


Fonte: "mitologia dos Orixás" - Reginaldo Prandi

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ALÁFIA MEJI - Tu estás de volta."

Postado por: Ebomi at 04:55 1 Commentario
ALÁFIA é o 16º ODÚ no jogo de búzios e o 13º na ordem de chegada do Sistema Ifá, onde é conhecido pelo nome de OTÙRÁ MEJI.

Em Ifá, é conhecido como "TULÁ MEJI", e, no Jêje, como "OTULÁ MEJI".

Em yorubá, é denominado, por vezes, de "OTUWÁ", que significa: "tu estás de volta." 

É conhecido, ainda, pelo nome de "ALÁFIA". O termo yorubá mais comum é "ÒTURÁ MEJI", que evoca a idéia de separar, desligar, apartar. OTURÁ MEJI é o mestre das línguas, indicando quando alguém tem duas palavras. Aquele que cai sob este signo costuma ser muito falador.

Odu Alafia ou Otura Meji

ALÁFIA é um ODÚ femenino


ALÁFIA é um ODÚ composto pelos elementos ar sobre fogo, com predominância do primeiro, o que indica a hesitação do ser, diante do domínio dos instintos. É a fêmea que, desejando se entregar, finge resistir. É o devaneio, a vocação artística, influenciada pelo sentimentalismo e pelo amor.

Como mestre das línguas, indica quando alguém tem duas palavras e utiliza o poder da eloquência a seu favor. Tem o domínio da boca e, assim como LEGBA (Exú), diz coisas boas e más. Morfologicamente, representa dois braços abertos, uma vulva pronta a ser penetrada, uma possibilidade de conquista e de prazer, uma acolhida afetuosa e sincera.

Sua influência no corpo humano pode provocar inércia da vida celular ou disfunções fisiológicas, apatia dos órgãos e relaxamento patológico dos tecidos.

Corresponde ao ponto cardeal sudoeste, ao arcano nº 14 do Tarot ( A "TEMPERANÇA") e seu valor numérico é o 5, e corresponde ao ponto cardeal Sudoeste.

Suas cores são o azul, branco e dourado, gostando muito de tudo o que é estampado com estas três cores.  

É um ODÚ feminino, representado esotericamente por um busto humano, trajando blusa especial, chamada anteriormente de "NAHWÃMI", e conhecido atualmente como "KANSÃ".

Está blusa é usada no Abomehy, somente pelos ministros do rei e seus soldados, não devendo ser confundida com o "WODUWA" (fon) ou "AGBADÁ" (yorubá), usado pelo rei, pelo grande "BOKONÃ" do rei e por algumas poucas personalidades sacerdotais.

Antes de falar em OTURÁ, alguns advinhos dizem: "OTWÁ, OTWÁ, OTWÁ, A DIFÁ FUN NUM".
Este é o signo que consulta Ifá para a boca.

Personalidade

Precisamos ter muita cautela com os filhos deste Odu. Eles aparentam ser calmos e generosos até que venham a conseguir o que desejam. Seus eleitos podem estar tristes e pobres, mas não se iludam, pois de repente transformam tal situação e assombram todo mundo. A resistência, a tolerância e as mutações, tanto para cima quanto para baixo, são uma constante em suas vidas, e também o progresso. Pode trazer para seus filhos problemas de pressão arterial. Quando responde do lado esquerdo, traz problemas de transpiração excessiva, problemas cardíacos graves, perturbações, inquietação, necessidade de oferenda para Oxalá. Dia da semana 3." feira

Números propícios 03, 19, 35, 51, 67, 83 e 99.

Tempo de atuação 1 mês
Letra do alfabeto ?

Correspondência zodiacal Signo de Touro

Correspondência planetária Vénus

Orixás que regem este Odu:

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Obeogundá Meji - "Iretê - "a Terra consultou Fazun"

Postado por: Ebomi at 04:50 1 Commentario
Em Ifá é conhecido, entre os fon (jêje), como "Letê Meji", suprimido o sufixo da palavra Yorubá "Iretê". Chama-se ainda, segundo alguns nagô, de "Ojí Letê", ou "Olí Atê", significando o “Kpoli” da Terra. Em yorubá, "Irê Tê" significa "a Terra consultou Fazun". Corresponde, na geomancia européia, à figura denominada "Puer".

Obeogundá Meji é um odú composto pelos elementos fogo sobre água, com predominância do primeiro, o que indica dinamismo inicialmente existente, que tende a transformar-se em auxílio poderoso, mas que o benefício auferido será sempre em favor de outrem. É o macho que luta e se sacrifica em favor da fêmea. A atividade é impulsiva e independe da vontade do agente. É o sem juízo.

Corresponde ao ponto cardeal Noroeste, à carta nº 11 do Tarot (a "Forca") e seu valor numérico é o 3. Suas cores são o vermelho vivo, o negro, o cinzento, o azul e o branco. É um ODU masculino, representado esotericamente por um quadrado dentro de um círculo. O quadrado representa o domínio do que conhecemos, o mundo material, a Terras. O círculo representa o ignoto, o céu.

O círculo, representação de tudo que desconhecemos, chama-se "wéké". Verifica-se, ainda, "Wéké-Non", mestre do oculto e um dos nomes honoríficos de Lisá e de Dàgbadá-Hwedô.

"Gbê" designa tudo que é perceptível aos nossos sentidos, a vida, da forma que a percebemos. "Gbê-To": pai da vida, aquele que comanda; o pai da criação visível.

Iretê, no entanto, não é o mundo inteiro, conhecido ou desconhecido. Se o ignoto é visível através da figura em forma de círculo, é para melhor enquadramento através do retângulo, ao qual devemos, na verdade, dirigir nossa atenção. E é este quadrado que, efetivamente, pertence a Iretê. Se tivermos que "colorir" essa figura, representaríamos o céu (círculo) em branco (cor lisa) ou em azul (cor efetiva do céu, conforme o vemos). A Terra (quadrado) seria representada em vermelho, cor do Vodum Sakpatá.

Aquele que encontrar Iretê, deve oferecer 40 (quarenta) moedas, uma garrafa de aguardente e uma galinha a Igbadú (ou Igbaadú). Esta galinha deverá ser solta no quintal do babalaô, devendo ser enterrada, quando morrer naturalmente.

Iretê é o signo da Terra ("Ilê", em yorubá). "Aykungban"(fon) é o domínio terrestre. Dessa forma, tudo o que está morto lhe pertence, mas a morte em si é propriedade de Oyekú Meji.


Comportamento
Opinião instável, mudando sempre. Natureza dual, provocando constante instabilidade de maneira de ver as coisas e de expressar opiniões.

C
aráter
Engenhoso, adaptável, intuitivo, diplomático, hábil e de fácil compreensão.

D
ia da semana 4ª feira

C
ores: Vermelho vivo, negro, cinzento, azul e o branco.

Os filhos deste Odú são sempre impulsionados pelo desejo de conquista e de domínio, não hesitando em, para isto, assumirem atitudes ameaçadoras, visando manter o permanente controle da situação.
São pessoas corajosas, audazes e presunçosas, muito solicitadas e prontas a socorrer a quem deles precisar.
Possuem caráter altivo, sarcástico, indisciplinado, porém amam o trabalho.

Números propícios 06,10, 26, 42, 58, 74 e 90.
Tempo de atuação 1 hora ou 1 dia.
Letra do alfabeto "Z e S"

Correspondência zodiacal Signo de Gémeos
Correspondência planetária Mercúrio

Orixás que regem este Odu: Acesse

Obá – Ewá  - Nanã - Oxumarê - Omolu -  Iansã - Ogum

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IKÁ MEJI - A Serpente Venenosa- AMANÕNÚ

Postado por: Ebomi at 04:45 1 Commentario
IKÁ MEJI é o 14º ODÚ no jogo de búzios, e o 11º da ordem de chegada pelo sistema Ifá, onde é conhecido pelo mesmo nome. Em Ifá é conhecido, entre os fons (jêje), como "KÁ MEJI". Os nagôs o chamam também de "OKÁ", palavra que designa a serpente venenosa "AMANÕNÚ". Os yorubá também dizem "FÁ MEJI" dividido em dois, ou "IJÍ OKÁ", duas serpentes.

O simbolo de Ifa Ika Meji - odu- meridilogun

IKÁ MEJI representa , a serpente ("OJÔ" em yorubá); rege todos os répteis do campo, como, também, um bom número de animais que vivem na floresta, como os macacos, os lagartos e certos pássaros, como o "sasagolé" (espécie de tucano), a "alwalokolwê" (espécie de rola), os caramujos, os ouriços e todos os peixes. IKÁ MEJI rege todos os animais de sangue frio, aquáticos ou terrestres. De uma forma geral ele busca o frescor.

É um ODÚ composto pelos elementos água sobre terra, com predominância do primeiro, o que indica que o objetivo é em si mesmo, o obstáculo que se renova permanentemente, provocando a necessidade de se reiniciar a tarefa e a conseqüente revolta do indivíduo, contra si próprio e contra o mundo, que passa a considerar injusto e mau feito.

Criou a piedade e o amor filial. Ao contrário do que algumas pessoas pensam, não se ocupa da fecundação, e sim dos abortos e das falsas gravidez. É tido como o signo que mata as crianças, provocando abortos, sempre acompanhados de hemorragias incontroláveis, o que pode ser evitado, através de ebós específicos, a ele relacionados.

Os macacos vieram ao mundo por este signo, que é o ODÚ principal dos gêmeos selvagens ("ZUN" e "HOHÔ"). Seu aparecimento, na consulta de uma mulher grávida, pode diagnosticar, portanto, o nascimento de gêmeos. Também a vinda dos "HAUSSÁS" à Terra é devida a este signo.

Corresponde ao ponto cardeal este-sudoeste, à carta nº 7 do Tarot (a "CARRUAGEM") e seu valor numérico é o 11. Suas cores são o vermelho, o negro e o azul. É um ODÚ masculino, representado esotericamente por uma serpente.

Morfologicamente IKÁ MEJI exprime a idéia de algo que esteja prestes a explodir: uma granada, uma bomba, um caldeira. E esta ideia se estende a situações de aspecto explosivo, como uma greve, uma briga ou uma situação insustentável.

Os Regidos pelo Odu Iká Meji



As pessoas regidas de IKÁ, são sempre muito confiantes e, por essa razão, chutam a felicidade, passando ao arrependimento logo após, mas elas, inúmeras vezes, se recuperam e se renovam, após obstáculos, cheios de esperança a cada momento e de imediato, conquistam novas amizades com mais precisão e muita cautela em tudo e por tudo, pois não sabem e nem gostam de solidão, odeiam a mesma por demais e por essa razão adquirem muitas lábias.

São pessoas por demais prestativas e agradáveis, fingem ser viris, gostam de vaidade e esforçam-se para sobressaírem em todos os meios e em todas as áreas, lutando com a sua dupla personalidade.

Determina conquista pela força, sem trégua, sem piedade. Os naturais desse ODÚ são pessoas impulsivas, corajosas e, quase sempre, violentas. Nunca medem as conseqüências e nem hesitam diante do perigo.

(clique nos links para conhecer mais sobre seu Orixá protetor)
Orixá Oxumarê

Orixás:  

Oxumare – Ewà – Xangô - Ogum  - Oxossi – Osain 

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EJÍ OLÒGBÓN - À Morte - Oyeku

Postado por: Ebomi at 04:40 6 Comentarios
EJÍ OLÒGBÓN é o 13º no jogo de búzios e o 2º na ordem de chegada do sistema Ifá, onde é conhecido como OYEKU MEJI. Em Ifá é conhecido, entre os fon (jêje), como YEKÚ MEJI, palavra cuja etimologia é desconhecida.

Existe uma corrente que pretende dar a esta palavra um significado que está ligado ao termo "YÊ" (aranha) e "KÚ" (morte), por considerar-se a aranha como um animal de mau agouro e anunciador da morte. Já em Nagô, o sentido pode ser o seguinte: "tudo deve retornar depois da morte."
O odu da morte em  Ifa Oyekun Meji - Ejilogbon - MERINDILOGUN

Os nomes honoríficos deste ODÚ são: ALAGBA BABA EGUN (velho pai dos EGUNS); Alagba Baba Mariwô (velho pai do mariwô). Títulos este que designam o chefe vivo dos "KUTUTO", de quem OYEKÚ MEJI é o chefe espiritual; "YE-KU-MA-YEKE" (nós somos compostos de carne e de morte); e "ZAN-KI" (o dia está morto), esta última expressão usada pelos arautos; "ago zangulê", do Abomey, para anunciar a morte do rei.

JIOGÊ ou EJIOGÊ (dois "YÊ", duas mães), evocando como EJIOGBÊ, a dualidade céu e terra.

ODU EJI OLÒGBÓN OU OYEKU



EJI OLÒGBÓN é um ODÚ composto pelos elementos terra sobre terra, o que
indica a saturação total, o esgotamento de todas as possibilidades de acrescentar-se algo, o fim de um ciclo, a morte.

Corresponde ao ponto cardeal oeste, à carta nº 13 do Tarot (a "MORTE") e seu valor numérico é o 16. Suas cores são o negro, o branco nacarado e o cinza prateado. É um signo feminino, representado, esotericamente, por um círculo inteiramente negro, ao contrário de EJIOGBÊ (EJIÒNILÊ). OYEKÚ é a noite, o inverso do dia; a morte, o inverso da vida.

OYEKÚ MEJI (EJIOLÒGBÓN) ensinou os homens a alimentarem-se de peixes. Com este signo vieram ao mundo o couro de crocodilo, o focinho do hipopótamo, o chifre do rinoceronte, e todos os animais (de pelo ou de penas) que possuem hábitos noturnos; as nodosidades das madeiras e os nós das cordas.

Representando tudo que é neutro, ineficiente, fatal, o conformismo, aquilo que cai, que se decompõe. É o declínio do sol, o final do dia, o fim de uma etapa. Anuncia um acontecimento nefasto, uma notícia desagradável, um falecimento, uma condenação na justiça. Determina sempre o fim radical de uma situação, ou que pode ensejar, ou não, o surgimento de uma nova condição.

Os filhos deste ODÚ são pessoas dóceis, de temperamento mórbido, que preferem
ser dirigidas e orientadas por alguém em que depositam confiança cega. Preferem viver em grupo.

Dia da semana 2." feira

Cores Preto, branco nacarado e cinza prateado.

Números propícios 12, 16, 32, 48, 64, 80 e 96.

Tempo de atuação 1 mês
Letra de atuação "L"

Correspondência zodiacal Câncer

Correspondência planetária Lua

Personalidade

As pessoas sob domínio deste Odu sempre vencem as maiores dificuldades. As vezes comportam-se como velhos, mesmo tendo pouca idade. Costumam ser teimosos, resmungões, meio incoerentes, mas de muita responsabilidade. São trabalhadores, honestos ao extremo, possuindo vontade própria bem acentuada, o que demonstra uma forte personalidade. São inteligentes, espertas, super mães ou super pais.

Os filhos deste Odu não tem muita sorte na vida amorosa e, quase sempre sofre m uma série de perturbações físicas e espirituais(doenças, cirurgias). Os eleitos deste Odu possuem uma característica de aceitar todos os sofrimentos, tanto os de ordem física, bem como os espirituais, com grande capacidade de resignação, pois, no íntimo dos mesmos estará sempre a certeza de que nada é permanente e que tudo se transformará e de que eles serão os grandes vencedores. Trazem ajé em seus caminhos, o que os torna perigosos. Têm melancolia e nostalgia.

ORIXÁS QUE REGEM ESTE ODU


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Ejilasèborá Meji - "Função de decepar cabeças"

Postado por: Ebomi at 04:35 1 Commentario
Ejilasèborá é o 12º odú no jogo de búzios e o 3º na ordem de chegada de Orùnmilá, quando é conhecido por Iwòrí Meji. Este signo é considerado como o encarregado da função de decepar cabeças, num mundo que nos é inteiramente desconhecido. Foi a este odú quem Mawú (Osàlá, entre os jêjes) confiou o cutelo do carrasco.

Ejilasèborá é um odú composto pelos elementos água sobre ar, o que determina um encaminhamento dos esforços, ao encontro de obstáculos que poderão ou não ser transpostos, dependendo d qualidade de esforços despendidos neste sentido. Significa que duas forças conflitantes se confrontam e que o resultado dessa disputa tende sempre em favor do lado mais fortalecido.



Corresponde ao ponto cardeal Sul, do qual é o regente, sendo [em conjunto com Ejiogbê (ou Ejiònilê - Leste), Odí (Norte) e Oyekú (ou Ològbón - Oeste)], um dos quatro odú, principais do Sistema Ifá. Seu valor numérico é o 10 e corresponde, no Tarot, à carta nº 5 (os "Amantes").

Ejilasèborá Meji representa "xuji" (o sol), e "kã Li" (os animais selvagens que habitam as florestas, as bestas ferozes, principalmente a Hiena ("wlá") e o leão ("kinikiní").

Expressa e idéia de contato, de troca de relação entre dois seres ou duas coisas. Refere-se a tudo o que diz respeito a união, casamento, contratos, pactos, acordos, compromissos etc.

As pessoas regidas por este odú são sensíveis, amáveis e cordiais, adoram relacionamentos superficiais e numerosos, dificilmente assumem compromissos que durem muito tempo, o que provoca uma constante troca de parceiros. Costumam entediar-se até com as melhores coisas da vida.
Esse odú é o mesmo que outorgou poderes aos 12 (doze) ministros de Sangô, os quais seis podem absolvem e 6 condenam.

As pessoas sob a influência desse signo, ou por ele regidos, são pessoas prestativas, inteligentes, justas, possuem bom coração; e, mesmo quando ocupam uma posição social elevada, jamais têm a pose de um rei ou de um ministro.

O homem desse signo é, quase sempre, predestinado ao trabalho pesado, mas encontrará sempre ajuda de um amigo nos momentos difíceis. Também poderá receber uma herança e ter grande futuro, agora, tanto para o homem, quanto para a mulher, ele prediz que haverá sempre muitas batalhas na vida.
Temperamento Melancólico

Caráter
Passível, honesto, calmo, digno, espiritualista, filantrópico, apaziguador e voltado à religiosidade.

Cores
Todas as cores derivadas do vermelho, aceitando também o negro e tudo o que for estampado com estas cores.

Dia da semana 6.a feira

Números propícios 14, 30, 46, 62, 78 e 94.

Tempo de atuação Muitos anos
Letra do alfabeto?

Correspondência zodiacal Aquário

Correspondência planetária Urano
Seus filhos são pessoas sensíveis, amáveis e cordiais, adoram os relacionamentos numerosos.
No amor, preferem a superficialidade e dificilmente assumem compromissos duradouros, provocando uma constante troca de parceiros. Sendo a inconstância sua característica mais marcante.

Personalidade
As pessoas sob a influência deste Odu são boas, prestativas, inteligentes, podendo até ser, as vezes, um pouco arrogantes, mas são justas, corretas e de muito bom coração. Mesmo quando não ocupam posição social elevada, acabam chamando atenção para si, pois possuem, inconscientemente o dom da liderança e do destaque. Até quando humildes, possuem cargo e as grandes qualidades do seu Orixá. Não perdem a pose(rei) mesmo que não estejam numa situação favorável. Têm tendências a dores de cabeça, e a pôr sangue pela boca e pelo nariz quando o Odu está condenando. Quem carrega este Odu sempre terá dificuldades na vida.


Orixás que regem este Odu:

Xangô – Ossain  - Iemojá 
 Omolu – Ogún - Oxalá - Exu

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Òwórin Meji - "A união da vida e da morte"

Postado por: Ebomi at 04:31 17 Comentarios
Òwórin Meji é o 11º odú no jogo de búzios e o 6º na ordem de chegada do sistema Ifá, onde é conhecido pelo mesmo nome. Em Ifá é conhecido entre os fon (jêje) como "wenle meji", tendo a pronúncia do "e" final anasalada. Em yorubá, a pronúncia correta é "uólin", "uórin" ou "uárin".



"Wó-ri" significa, em yorubá, rodar ou virar a cabeça, um sentido figurado de morrer. "Wãlã-wãlã" em fon, evoca a idéia de pintar (salpicar), matizar. Um antigo babalaô explica o nome deste signo como a união da vida e da morte, simbolizando as duas coisas ao mesmo tempo.

Equivale ao ponto cardeal Oeste-sudoeste, à carta nº 17 do Tarot (a "Estrela") e seu valor numérico é o 13.

Òwórin Meji é um odú composto pelos elementos terra sobre fogo, com predominância do primeiro, o que indica proteção, ajuda, admissão, aceitação.

As pessoas desse ODÚ, deverão usar constantemente um patuá especial, banhos de folhas em defesa, enfim, fazer ÒFÓ e ORÌKÍ.

ÒWÓRIN MEJI introduziu, neste mundo, as rochas e as montanhas; as mão e os pés dos seres humanos, as cólicas femininas.

As pessoas nascidas sob este signo fica ricas ainda na juventude, realizam muito cedo tudo o que desejam na vida, e obtêm precocemente filhos, mulheres, dinheiro e todas as boas coisas que a vida pode proporcionar. São naturalmente bafejadas pela sorte, atraentes, excessivas em tudo, generosas, dominadoras e entusiasmadas. Não conhecem desafios que não possam vencer, nem obstáculos que não saibam sobrepujar. Gostam do que é bom, do que é caro e nunca medem esforços para alcançar o que desejam.

Contudo, ÒWÓRIN MEJI predispõe as estadias curtas sobre a terra, isto é, as pessoas do signo tendem a viver pouco. Por ser este ODÚ portador de acidentes, é muito difícil que se possa desfrutar, por muito tempo, os seus benefícios.

Foto Oyá - Iansã - bale - iansa - filhos de iansa
Orixás:
Iansã (Bale) -  Ogún  - Oxossi - Exú - Egun

Comportamento
Atitudes sempre pautadas no senso de moral adquirido; lealdade e nobreza nas ações; ambição generosa contendo planos em que todos são incluídos.

Personalidade:

Os filhos deste Odu são pessoas de má influência, pois carregam consigo grande negatividade. Têm tendência a ser volúveis, principalmente os homens, são sujeitos a doenças, perseguição, falação, injustiças, problemas com egun.Traz sucesso no comércio, traz grandes paixões. A felicidade parece sempre oculta e difícil. São pessoas extremamente melindrosas. São no geral muito boas ou muito ruins. São influentes.

Os homens filhos deste Odu são geralmente sem fé. Lutam com dificuldade para a realização de qualquer  projeto. Gostam de luta. As mulheres comumente separam-se no primeiro casamento, podendo casar outras vezes.

Caráter
Dinâmico, caloroso, propulsivo, atraente, excessivo e masculino.

Temperamento Melancólico

Cores Luxuriantes, quentes, principalmente o vermelho e o dourado.

Dia da semana Domingo

Números propícios 09, 13, 29,45, 61,77 e 93

Tempo de atuação 1 ano

Letra do alfabeto A e E

Correspondência zodiacal Signo de Aquário

Correspondência planetária Urano

ORIXÁS QUE REGEM ESTE ODU

Oya Bale -  Ogum  - Oxossi - Exú - Egun

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ÒFÚN MEJI - "Significando mistério"

Postado por: Ebomi at 04:26 10 Comentarios
ÒFÚN MEJI é o 10º ODÚ no jogo de búzios e o 16º na ordem de chegada do sistema Ifá, onde é conhecido pelo mesmo nome. Em Ifá é conhecido, pelos fon (jêje), como "FU MEJÍ" ou "OFÚ MEJI". Os nagôs o chamam também de "LÀGIN MEJI". "LÀGUN" significando mistério. "OLOGBÔ" (misterioso e maléfico por haver cometido um incesto "lo"), "OGI OFÚ", por eufonia.



"Hekpa" ou "Baba Hekpa", por eufemia (reza, prece). Em yorubá, "fun" significa dar, doar. "Funfun" significa branco e este ODÚ representa esta cor, enquanto que "ofu" significa perda, prejuízo. A palavra "fu" transmite a idéia de limpar soprando, como quando se assopra um objeto ou superfície qualquer, para retirar a poeira ali depositada.

Corresponde ao ponto cardeal Sudeste, à carta nº 21 do Tarot (o "MUNDO") e seu valor numérico é o 11.

ÒFÚN MEJI é um ODÚ composto pelos elementos água sobre água, o que indica uma ajuda constante e pronta a apoiar, o esforço que evoca, sem obstáculos a serem vencidos ou contornados.

Sua cor é o branco, à qual representa, mas aceita também o azul e o violeta. É um ODÚ feminino, representado esotericamente por um ovo, onde se inscreve, à direita, verticalmente, doze pontos, em pares superpostos, e, à esquerda, quatro traços horizontais superpostos.

O ovo representa o próprio ÒFÚN MEJI, envolvendo todos os outros ODÚ e a si próprio. ÒFÚN MEJI é a mãe de OGBÊ MEJI (EJIONILÊ), OYÈKÚ MEJI (OLÒGBÓN), IWORÍ MEJI e ODÍ MEJI, a vida e a morte, o oculto e o revelado. Os doze pontos representam os demais ODÚ e inclusive o próprio ÒFÚN MEJI. A importância desse signo reside no fato de ela ser a mãe de OGBÊ (EJIÒNILÊ) e este ser o pai de todos os demais ODÚ. Segundo a opinião de alguns advinhos, ÒFÚN MEJI é também o pai de OGBÊ (EJIÒNILÊ), logo possuindo os dois sexos e sendo hermafrodita.

OGBÊ (EJIONILÊ), por ser o filho mais velho, reina sobre os demais ODÚ.

ÒFÚN MEJI é portador de um "ló" (mistério) que seria, na realidade, o incesto praticado com seu filho OSÊ MEJI. Em decorrência desse incesto, todos os segredos e mistérios são regidos por ÒFÚN MEJI, que conhecendo o segredo da morte, possui o poder de ressuscitar os mortos.

ÒFÚN MEJI representa a grande mãe e o princípio maternal, e sendo a mãe de todos os ODÚ o é, também, de toda a criação, não tendo domínio somente sobre o ar, que, após haver criado, liberou EJIOGBÊ (EJIÒNILÊ), que passou a dominá-lo.


Os naturais deste ODÚ são pessoas fadadas a viver muitos e muitos anos. Adquirem bens materiais somente depois da meia idade, quando se encontram e se realizam espiritualmente, na medida em que se descobrem interiormente.

As pessoas sob essa influência ou que sejam deste ODÚ, são sinceras, honestas, inteligentes, sabem fazer amizades e as conservam.

Geralmente as mulheres deste ODÚ ou influenciadas por ele quase sempre perdem a gravidez (abortam), ocasionando, na maioria, Histerectomia, inclusive correndo risco de vida.

São pessoas muito caladas, envelhecidas interiormente, embora possam parecer jovens algumas vezes, isso porque o ODÚ, é o mais velho por ordem de chegada.

São, ainda, pessoas ranzinzas e teimosas, embora sempre exaltem a paz. Este signo traz, constantemente, perigo de morte, porque possui uma característica velha, teimosa, ciumenta e também muito vingativa, e, por isso, envia a morte para seus adversários.

Odu OFUN (Senhor dos mistérios)

Personalidade
As pessoas sob influência deste Odu são sinceras, honestas, inteligentes, sabem fazer boas amizades.Costumam ser caridosos, humanos, calmos e pacientes. Normalmente entendem seus próprios problemas e assumem liderança para ajudar a quem precisa. Podem causar problemas por desejarem ajudar aos outros, pois têm sempre uma palavra amiga para consolar.

São pessoas que sonham com dias melhores, gostam de viver de fantasias. Vivem do passado. Este Odu adora velhice.É um Odu velho e teimoso, porém muito rico,inclusive dá fortes caracteres de espiritualidade elevada a seus escolhidos. Traz doenças na área respiratória,dores no corpo, desânimo, preguiça, melancolia, depressão, choro, pensamentos velhos, problemas amoroso se familiares, doenças na família, insônia, bronquite, rinite, problemas de coração e pressão arterial, têm sempre problemas de cirurgia, mulher sempre perde a gravidez ou têm problemas de útero, transpiram nas mãos e nos pés.

Cores: Branco, azul céu e violeta.

Dia da semana 6." feira

Números propícios 11, 27, 43, 59, 75 e 91.

Tempo de atuação 1 ano

Letra do alfabeto "G"

Correspondência zodiacal Signo de Capricórnio.

Correspondência planetária Saturno


Orixás que regem este Odu:
Oxalá  - Ogum – Oxum

(clique nos links para conhecer mais sobre seu Orixá protetor)


Oxalá


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OSÁ MEJI - "Significa ainda ventilar"

Postado por: Ebomi at 04:17 49 Comentarios

Odu Ossá Meji Ifá do jogo de buzios


Osá Meji é o 9º odú no jogo de búzios e o primeiro na ordem de chegada do sistema Ifá, onde é conhecido pelo mesmo nome. Em Ifá é conhecido pelos jêje como "Sá Meji". Os nagôs o chamam de "Osá Meji" e também de "Ojí Osá". "Sá", em yorubá, significa ainda ventilar, arejar, podendo também ter o sentido de separar, escolher, escapamento, no sentido de escorrer. Dizem que anteriormente os signos de Ifá não conheciam o ar da vida. Foi este o signo que os chamou e colocou a todos em contato com o ar.

Em yorubá, as palavras "Asá Meji" significam, principalmente, "duas coxas", no sentido de representar os órgãos femininos, que são comandados por este Odú.



Osá Meji é um odú composto pelos elementos água sobre fogo, com predominância do primeiro, o que indica o dinamismo no sentido de ajuda e apoio. Corresponde ao ponto cardeal Su-Sudoeste, à carta nº 2 do Tarot (a "Papisa") e seu valor numérico é o 9.

Suas cores são o vermelho, o laranja e o vinho. É um odú feminino, representado, esotericamente, por uma cabeça humana sobre a lua minguante, símbolo do poder feiticeiro feminino, numa referência inequívoca à sua ligação às práticas de feitiçaria, nas quais as mulheres se destacam por sua dotação natural, inerente à sua condição de procriar, transformando um espermatozóide microscópico num ser humano.


Ossá Meji representa as "Kennesís" (feiticeiras), potências da magia negra que utilizam a noite e o fogo. São espíritos malvados que, hierarquicamente, encontram-se situados abaixo dos vodúns. Osá Meji é, portanto, um dos odú mais perigosos. A ele é atribuída a criação de todos os animais ligados à feitiçaria, como o gato, alguns antílopes, a coruja, a andorinha, o pintarroxo, o verdelhão, a lavadeira e o engole-vento.


Osá Meji comanda o sangue e todos os órgãos internos do corpo, e, por extensão, o coração e a circulação sangüínea, a abertura dos olhos e os intestinos. É ele quem dá cor ao sangue.


Ossá Meji preside a evocação dos demais signos sobre o "opon ifá". É também este signo quem evoca e traz todos os demais à presença do babalorixá, durante as consultas ou em qualquer procedimento em que as figuras sejam riscadas sobre o tabuleiro, cabendo a Iká Meji a função de conduzi-los de volta, logo que as suas presenças não se façam mais necessárias.


Como se pode observar, Osá Meji possui poderes ilimitados: sendo ele aquele que pode fazer tudo e que, efetivamente, tudo faz.
Osá Meji é o senhor do sangue. Todos os homens, pelo fato de possuírem sangue, são propriedades desse signo.
• Rege as orelhas, os olhos, as narinas, os lábios, os braços, as pernas e os pés, da mesma forma que os órgãos genitais femininos. Pode ser encontrado no fluxo menstrual, no ventre das mulheres menstruadas, daí a extrema nocividade que lhe é atribuída. Devemos esclarecer, em relação ao fluxo menstrual, que, embora pertencendo a Osá Meji, logo que se aparta do corpo da mulher passa a pertencer a Iròsún Meji, e, quando derramado sobre o solo, passa a ser de Òfún Meji.


Os filhos deste odú não devem comer carne de gato e nem todas as comidas que são oferecidas a Nanã. Não usar tecidos de fundo vermelho ou azul. Os homens deste odú são proibidos de esperar o orgasmo de suas mulheres e as mulheres não devem praticar o coito durante o dia.

Personalidade
Este Odu apresenta características próprias: pessoas teimosas, caprichosas, com mania de limpeza, asseio,gostam de joias e perfumes. As pessoas que possuem este Odu no opalador ou como ancestral, choram muito (derramam lágrimas), não gostam de ficar paradas, trocam de lugar sempre, são ligadas à viagens,gostam de conhecer lugares novos, fixam residência e arrumam emprego em lugares diferentes de onde nasceram.

São pessoas com dúvida constante em tudo. Iniciam as coisas e não terminam. Traz problemas no amor. Têm cortes de grandes projetos pelo lado de Egum, tem muitas perturbações, dores de cabeça, dores de barriga, perda de valores, transpiram nas mãos e nos pés, têm pressão baixa.
Cores Vermelho, laranja e vinho

Números propícios 09, 25,41, 57,73 e 89.
Tempo de atuação 1 ano ou 1 semestre.

Letra do alfabeto ?

Correspondência zodiacal Signo de câncer.

Correspondência planetária Lua

Recomendação Usar perfumes de alfazema, defuma-se periodicamente com folhas de alfazema misturada com folhas de louro. Se possível, criar gatos.

Dia da semana 4.a feira

Correspondência zodiacal Signo de câncer.

Correspondência planetária Lua

Orixás que regem este Odu:  

Yemojá – Yansã – Xangô - Osanyin – Oxalá  - Exu – Egun 

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Exú Tranca Ruas das Almas

Postado por: Ebomi at 16:02 23 Comentarios

O senhor Exú Tranca Ruas das Almas - Dono das Encruzilhadas



Seu Exú Tranca Rua Das Almas
Exí Tranca Ruas das almas (O Guardião dos Caminhos), não é demônio que muitos acreditam que ele seja. Sua atribuição é trancar a evolução dos desqualificados, desequilibrados e desvirtuados espíritos humanos. Não deseja ser amado ou odiado, mas apenas respeitado e compreendido.
Surpreenda-se com esse Mehi Guardião de Mistérios a serviço da Lei Maior!

"O Guardião Tranca Ruas pode ser tudo o que queiram, menos como tentam mostrar: Um demônio. Jamais foi ou é o que este termo deturpado significa na atualidade e nem o aceita como qualificativo das suas atribuições:
Tranca Rua Das Almas
Trancar a evolução dos desqualificados, desequilibrados e desvirtuados espíritos humanos. Odeia os que odeiam, sente asco dos blasfemos, nojo dos invejosos, repulsa pelos falsos, ira pelos soberbos e pena dos libidinosos. Saibam que foi um dos Mehis que velaram a descida do "ACH-ME ou MISTÉRIO JESUS CRISTO".

Assim é TRANCA RUAS, Mehi por Origem, Natureza e Formação. Não importa a Religião que tens que guardar, pois nela, dela e para ela, Mehi, sempre será."
Senhor Exú Tranca-Rua das Almas, senhor do Sétimo Grau de Evolução da Lei Maior de Ogum, conhecedor de todas as magias e demandas praticadas por seres sem luz, interceda no caminho de todos os filhos de fé, livrando-os de toda a energia que possa atrapalhar a evolução de todos os seres iluminados; fazei dos pensamentos uma porta fechada para a inveja, discórdia e egoísmo.

Dos sete caminhos por ti ultrapassados, foi na rua que passou a ser dono de direito, abrindo as portas para os espíritos que merecem ajuda e evolução e fechando para os que querem praticar a maldade e a inveja contra seus semelhantes. Fazei dos nossos corações o mais puro que nossos próprios atos; Senhor (Pai) Tranca-Ruas das Almas agradecemos por tudo que fizeste aprender nesta vida e em outras que passamos lado a lado, rogo por vós a proteção, para os irmãos de fé, para toda a família e porque não para os inimigos Abençoe a guarde esses filhos que um dia entenderão o verdadeiro sentido da palavra Umbanda.

A saudação para Esse Exu é: Laroiê seu Tranca rua, Sarává Exú!

Existem vários tipos de Tranca Rua: Imbaré, Cemitério, Calunga, da Estrada, do Mato, Das almas, etc.

E claro que o Ponto de Tranca Ruas das Almas não poderia faltar: 


Muito grande, muito forte, Seu Tranca Ruas vem trazendo a sorte
Salihed, Mehi Mahar Selmi Laresh Lach Me Yê!
Saravá, Senhor Exu Guardião Tranca Ruas!
Saravá, Ogum Sete Lanças da Lei e da Vida!
Saravá Pai Ogum!
Saravá Mãe Iemanjá!
Saravá, Regente Oxalá!
Saravá, Umbanda!!!

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EXU E A SUA FORMA ORIGINAL

Postado por: Ebomi at 15:55 0 Comentários
exu forma real EXU E A SUA FORMA ORIGINAL
Na tentativa de manter o culto aos seus deuses no Brasil, os negros escravos buscaram pontos de convergência entre a trajetória dos santos católicos e os dezesseis orixás do culto do Candomblé, mais conhecidos e tradicionalmente cultuados.
Exu foi representado no sincretismo católico, pelos negros africanos, por Santo Antônio, simplesmente por questões similares como a cor de ambos e governança: o número sete, os cemitérios, encruzas e sua personalidade forte. Este orixá foi o que mais sofreu uma perseguição sistemática, pelos missionários catequizadores, sendo associado ao Diabo.
Nesta mistura de mentiras, médiuns despreparados recebiam espíritos que se passavam por Exu, dizendo que era o Demônio, fazendo com que comerciantes inescrupulosos e ignorantes criassem uma imagem de Exu, cada vez mais distorcida e tenebrosa. Exu, sobre esta concep­ção, ganhou chifre, rabo e pata de animais.

Verdade é que, a forma original de Exu é humana, ele tem dois braços, duas pernas, dois olhos e uma cabeça! Os espíritos que compõem a falange de Exu são espíritos como nós, contemporâneos até.

Essa associ­ação, indevida e maldosa, com o passar do tempo, foi caindo no gosto popular e na psique de pessoas mentalmente e espiri­tualmente doentes, que começaram a construir a visão irreal de que Exu é o Demônio. Diferente dos quiumbas, zombe­teiros e outros espíri­tos oportunistas, que podem mistificar os trabalhos espirituais e se passarem por Exu, cada ser humano têm, pelo menos, um casal de Exus que influenci­am permanentemente em seu destino.Para fechar esta primeira parte da matéria, esclareçamos outro mito: independe do sexo e da sexualidade do médium a incorporação de um Pombo-gira ou Exu.


Isto quer dizer que um médium homem jamais terá sua sexualidade transmutada ou interferida porque incorpora uma Pombo-gira e a recíproca é verdadeira. Estas “lendas” em nada conferem com a realidade da pura espiritualidade e, pelo contrário, distorcem ainda mais a verdade dos fatos.Para que possamos explicitar melhor o que acabamos de compreen­der, confira as matérias que seguem á esta, onde médium e entidade trabalham para o melhor, indistinta e imparcialmente.
Fonte: Revista Orixás, Candomblé e Umbanda – Ano I – Nº 04

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