Xangô o Orixá respresenta o poder

Postado por: Ebomi at 10:13 0 Comentários
O orixá Xangô, em seu avatar Ayrá é a força representada pelo som do trovão, e no avatar Aganju, é a terra firme, Sángó, Shangô como é conhecido em outras culturas.

É um Santo que representa o poder em todas as suas dimensões: da riqueza, da sedução, da justiça, da força física, da inteligência. È irmão de Ogum, por parte de mãe, e também de Oxossi, sendo um filho mais caseiro e próximo de Yemonjá.

É um Santo que representa o poder em todas as suas dimensões,: A riqueza, da sedução, da justiça, da força física, da inteligência.

È irmão de Ogun, por parte de mãe, e também de Oxossi, sendo um filho mais caseiro e próximo de Yemonjá.
  • Xangô Aganju

Xangô Aganju, a terra firme, apaixonou-se por sua mãe Yemonjá, o mar, perseguindo-a por longo tempo até que ela, cansada, caiu e Aganju a possuiu. Deste incesto nasceram outros orishás, filhos de Yemonjá e Aganju, entre eles os vunges.

Orixá Xangô - shango - sango - chango

Xangô era extremamente mulherengo e competitivo, tendo roubado as mulheres favoritas dos dois irmãos, às quais seduziu com sua beleza, inteligência e poder, pois ele reinou sobre todas as terras.
Teve como esposas Oxun, a deusa do amor e da beleza, roubada de Oxossi, o deus das matas, e Iansã, a sensual deusa dos ventos e tempestades, roubada do irmão Ogun, o deus da guerra.

Ele manteve sempre três esposas, sendo a terceira delas a poderosa Oba, guerreira forte, a única a enfrentar Ogum numa luta física (embora, perdendo a luta). Senhora dos segredos da cozinha, aos quais ele não resistiu, embora Obá não fosse uma mulher bonita.

Em suas lutas Xangô conta sempre com a vidência e magia da deusa dos rios, Oxum , com a coragem e impetuosidade de Iansã e com a força bruta de Obá.

Xangô mora num palácio nos céus, onde prepara as chuvas para sua mãe Yemonjá. Tem poderes secretos, possuí machado bipene é o portador de sua justiça. O barulho dos trovões é o machado de Shangô caindo do céu para fazer justiça.

Características de Xango

  • Dia da semana: quarta-feira
  • Cores: vermelho e branco
  • Símbolo: ODÉ (machado de dois cortes)
  • Comida: Amalá (quiabo moído)
  • Saudação: Kaô Kabiecilê, Xangô!Folha: ori pepê, louro, saião
  • Odu regente: Ejilaxegborá
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OXUMARÊ / BESSEN / LENDA

Postado por: Ebomi at 09:35 2 Comentarios
Orixá Oxumarê, Osumarê, Bessen, é a energia das cores, da luz, do sol após as chuvas, o arco-íris, e por isso mesmo é associado às serpentes, que são muito coloridas e poderosas.

Lenda de Oxumarê

Conta o mito que apesar de tudo que houvera com Obaluaê, Nanan e Oxalá tiveram outro filho. Este era Oxumarê. Contudo, como novamente eles haviam desobedecido aos preceitos de Orunmila, Bessen nasceu sem braços e sem pernas, com a forma de serpente, rastejando pela terra, e ao mesmo tempo com a forma de homem. Mais uma vez decepcionada Nanã abandonou seu filho.

Osumarê entretanto possuía grande capacidade adaptativa e, mesmo sem membros para locomover-se, possuía imensa astúcia e inteligência, aprendeu a subir em árvores, a caçar para comer, a colher as batatas doces de que tento gostava, e a nadar.

Oxumarê - osumare - Bessen - orixá - candomblé - dan - cobra - dança - cantigas - oferendas 

Orunmila, o deus da adivinhação do futuro, admirando-se e apiedando-se dele, tornou-o um orixá belo, de sete cores de luz, encarregando-o de levar e trazer as águas do céu para o palácio de Xangô. É Osumarê:, portanto quem traz as águas da chuva e é a ele que se pede que chova.

Como seu percurso era longo, Oxalá, seu pai, fez com que ele tomasse a forma do arco-íris quando tivesse essa missão a realizar. Com as águas da chuva, Oxumarê traz as riquezas aos homens ou a pobreza. Orixá Oxumarê vive com sua irmã Ewá no fim do arco-íris.


Características de Oxumarê


  • Dia da semana: quinta-feira
  • Cores: as do arco-íris
  • Símbolo: Dan (uma serpente enrolada numa árvore, simbolizando o poder da adaptação).
  • Número: 10
  • Comida: batata doce
  • Saudação: Arroboboi Oxumarê!
  • Folha: obó, são gonçalinho, cipó.
  • Odu regente: iká-ori
  • Representa o ciclo da reencarnação

Xirê do Orixá Oxumarê no Ketu 




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NANÃ BURUKU / A MAIS VELHAS DOS ORIXÁS

Postado por: Ebomi at 09:31 0 Comentários
Cantiga de Nanã


NANÃ BURUKU / A MAIS VELHAS DOS ORIXÁS A MAIS VELHAS DOS ORIXÁS: NANÃ BURUKU


Nanã e também chamada de Nanã Buruku é a lama primordial, o barro, a argila da qual são feitos os homens. Dela saem seres perfeitos e imperfeitos, modelados por Oxalá e cuja cabeça é preparada pelo sensível Ajalá.

Dizem os mitos que antes de criar o homem, do barro, Oxalá tentou cria-lo de ar e de fogo, de água, pedra e madeira, mas em todos os casos havia dificuldades. O homem de ar esvaecia; não adquiria forma. O de fogo consumia-se, o de pedra era inflexível e assim por diante. Foi então que Nanã se ofereceu a Oxalá, para que com ela criasse os homens, impondo, contudo, a condição de que quando estes morressem fossem devolvidos a ela.

Sendo o barro, Nanã está sempre no princípio de tudo, relacionada ao aspecto da formação das questões humanas, de um indivíduo e sua essência. Ela é relacionada também, freqüentemente, aos abismos, tomando então o caráter do inconsciente, dos atavismos humanos. Nanã tanto pode trazer riquezas como miséria. Está relacionada, ainda, ao uso das cerâmicas, momento em que o homem começa a desenvolver cultura. Seja como for, Nanã é o princípio do ser humano físico. E assim é considerada a mais velha das Iabás (orixás femininos).

Dizem os mitos que nunca foi bonita. Sempre ranzinza, instável, sua aparência afastava os homens, que dela tinham medo. Teve dois filhos com Oxalá: Obaluaiê e Oxumarê (a terra e o arco-íris) e uma filha, Ewá, que teria nascido de uma relação entre Nanã e Oxossi, ou ainda entre Nanã e Orunmilá. Alguns mitos dizem também que ela é mãe de Iansã, os ventos, que foi expulsa de casa para não matar sua mãe, a lama, ressecando-a.

Como já vimos nos mitos de Obaluaiê o Oxumarê , ela os gerou defeituosos, por ter quebrado uma interdição e mantido relações sexuais com Oxalá, marido de Iemanjá. Abandonou a ambos, que foram criados por outros orixás, e acabou sozinha quando Ewá, para fugir de um casamento que sua mãe lhe impingia, foi morar no horizonte entre o céu e o mar.

Nanã sempre esteve em demanda com Ogum, que amava muito sua mãe Iemanjá, tomando partido desta na disputa que se estabeleceu entre elas pelo amor de Oxalá.

Ogum, muitas vezes tentou se apoderar dos territórios lamacentos de Nanã sem conseguir. Como diversão, Ogum gostava de provocar a orixá, que exigia de Oxalá que este fosse castigado, sem nunca ter conseguido, pois Ogum tinha fama de justo. Tantas vezes irritou Nanã que ela não recebe nenhuma oferenda feita ou cortada com objetos de metal e mesmo o sacrifício de animais feito em sua homenagem deve ser feito com faca de madeira ou coberta por um pano.


Dia da semana: segunda-feira
Cores: roxo ou lilás
Símbolo: Ibiri (conhecido como “Vassoura de Nanã”, um instrumento de palha, com elementos mágicos dentro, semelhante ao usado por Obaluaiê, com a qual Nanã varre a terra).
Número: 15
Comida: mostarda
Saudação: Saluba!

Folhas: taióba, mankericão roxo.
odu regente: Ejiolobon

Xirê de Nanã em Ketu no Candomblé


Canticos Orixá nanã

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Omolu Orixá ou Obaluaiê

Postado por: Ebomi at 08:56 0 Comentários
Omolu Orixá ou Obaluaiê  (os nomes se referem as fases míticas, onde o mesmo deus seria mais jovem ou mais velho), é a energia que rege as pestes como a varíola, sarampo, catapora e outras doenças de pele.

Ele representa o ponto de contato do homem (físico) com o mundo (a terra). A interface pele/ar. A aparência das coisas estranhas e a relação com elas. Ele também rege as doenças transmissíveis em geral. No aspecto positivo, ele rege e cura, através da morte e do renascimento.



Omolu - Obaluaiê - Sapata - Obaluaiye - jagun

Omolu

Diz o mito que Omolu é filho de Nanã (a lama primordial de que foram feitas as cabeças – Ori – humanas) e Oxalá, tendo nascido cheio de feridas e de marcas pelo corpo como sinal do erro cometido por ambos, já que Nana seduziu Oxalá, mesmo sabendo que ele era interditado por ser o marido de Yemanjá.

Ao ver o filho feio e malformado, coberto de varíola, Nanã o abandonou à beira do mar, para que a maré cheia o levasse. Iemanjá o encontrou quase morto e muito mordido pelos peixes, e tendo ficado com muita pena, cuidou dele até que ficasse curado. No entanto Obaluaiê ficou marcado por cicatrizes em todo o corpo, e eram tão feias que o obrigavam a cobrir-se inteiramente com palhas.

Não se via de Omolu senão suas pernas e braços, onde não fora tão atingido. Aprendeu com Iemanjá e Oxalá como curar estas graves doenças. Assim cresceu Orixá Omolu, sempre coberto por palhas, escondendo-se das pessoas, taciturno e compenetrado, sempre sério e até mal-humorado.


Um dia, caminhando pelo mundo, sentiu fome e pediu às pessoas de uma aldeia por onde passava que lhe dessem comida e água. Mas as pessoas assustadas com o homem coberto desde a cabeça com palhas expulsaram-no da aldeia e não lhe deram nada. Obaluaê, triste e angustiado, saiu do povoado e continuou pelos arredores, observando as pessoas.

Durante este tempo os dias esquentaram, o sol queimou as plantações, as mulheres ficaram estéreis, as crianças cheias de varíola e os homens doentes. Acreditando que o desconhecido coberto de palha amaldiçoara o lugar, imploraram seu perdão e pediram que ele novamente pisasse na terra seca.

Ainda com fome e sede, Orixá Omolu atendeu ao pedido dos moradores do lugar e novamente entrou na aldeia, fazendo com que todo o mal acabasse. Então homens os alimentaram e lhe deram de beber, rendendo-lhe muitas homenagens. Foi quando Obaluaiyê disse que jamais negassem alimento e água a quem quer que fosse, tivesse a aparência que tivesse. E seguiu seu caminho.

Chegando à sua terra, encontrou uma imensa festa dos orixás. Como não se sentia bem entrando numa festa coberto de palhas, ficou observando pelas frestas da casa.

Neste momento Iansã, a deusa dos ventos, o viu nesta situação e, com seus ventos levantou as palhas, deixando que todos vissem um belo homem, já sem nenhuma marca, forte, cheio de energia e virilidade. E dançou com ele pela noite adentro.

A partir deste dia, Obaluaiê e Iansã se uniram contra o poder da morte, das doenças e dos espíritos dos mortos, evitando que desgraças aconteçam entre os homens.

Os Yorubas acreditam que este mito nos mostra que o mal existe, que ele pode ser curado, mas principalmente que é preciso ter consciência do momento em que ele terminou, sabendo recomeçar após um violento sofrimento.

Omolu rege também a força da terra (herdado de sua filiação a Nanã Buruku), a umidade dela (por sua adoção por Yemanjá) e as doenças das plantações.


Características de Omolu

  • Dia da semana: segunda-feira
  • Cores: preto, vermelho e branco
  • Símbolo: Xaxará (um tubo de palha trançada com sementes mágicas e segredos dentro).
  • Número: 13
  • Comida: pipoca
  • Saudação: Atotô! (veja abaixo o Oriki completo de Omolu)
  • Odu regente: Odí (leia sobre o Odu Odí)

Mais sobre Omolu


Xirê de Omolu - Olubajé

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Ossain Orixa o dono de todas as folhas

Postado por: Ebomi at 08:42 3 Comentarios
Ossain ou Osanhe com é chamado é o Orixá dono e protetor de todas as folhas do culto aos orixás. Este Orixá é a energia mágico/curativa das folhas (ervas).

Seu interesse pela ciência tornou-o um solitário desde que desceu o Orun (o céu Yoruba). Embrenhou-se pelas florestas e vive para descobrir e se apoderar dos segredos mágicos das folhas, o elemento mais importante, sem dúvida, no candomblé. Alguns mitos dizem que  

Ossain aprendeu o segredo das folhas

Ossain aprendeu os segredos das folhas com Aroni, uma espécie de gnomo africano, que tem uma perna só, e com os pássaros, alguns deles a forma tomada pelas temíveis feiticeiras africanas (ajé) Iyami Osorongá, cujo nome não deve ser pronunciado para não atraí-las.

ossain - Osanhê - Ossanha - Ossayin - orixá - candomblé - folhas - história e lendas


Sentindo-se sozinho, enfeitiçou Oxossi, a quem sempre encontrava nas matas, e o levou para os fundos destas onde lhe ensinou muitos segredos e pretendia mantê-lo, (alguns mitos dizem que como amigo, outros dizem que como amante) o que Iemanjá e Ogum não permitiram, voltando Ossain a sua solidão.
  • Leia também:

Quem é Ossain – Ossãe?

Segundo o mito, Xangô, o deus do trovão, desejando obter os fundamentais poderes de Orixá Ossain, pediu à sua mulher, Iansan, a deusa dos ventos e das tempestades, que venta se muito no lugar onde morava Ossain, para que as folhas sagradas que guardava em sua cabaça de segredos fossem espalhadas e ela pudesse apanha-las. Por seu amor a Xangô, Iansan assim fez. No entanto, quando o vento espalhou as folhas todos os orixás correram para apanha-las, sabendo de seus poderes.

Ossain

Ossain, ao ver o que acontecia, pronunciou palavras mágicas que solicitavam que as folhas voltassem às matas, sua casa e seu domínio. Todas as folhas voltaram, mas cada orixá ficou conhecendo o poder daquelas que conseguiu apanhar. Só que elas não tinham o mesmo Asé (poder e energia) do que quando estavam sob o domínio de Ossayin,.

Para evitar novos episódios de roubo e inveja, Ossain permitiu, então, que cada orixá se tornasse dono de algumas folhas cujo poder mágico de conhecimento e de cura ele liberaria quando lhe pedissem ao retira-las de suas plantas. Em troca exigiu que jamais cortassem ou permitissem o corte de uma planta curativa ou mágica.

Toda a medicina Yoruba se baseia, portanto, nos poderes de Ossain é irmão de Obaluaiê, sobre as folhas-remédio e Obaluaiê, o deus que rege as doenças graves. Ambos os orixás são muito temidos e respeitados, porque também entre os Iorubas, o mesmo princípio que cura, mata. Remédio e veneno são questão de grau. Este Orixá é cultuado somente no culto aos Orixás (Candomblé), não fazendo parte da Umbanda.

Ossain e suas características

  • Dia da semana: quinta-feira
  • Cores: verde escuro (cor do “sangue” das folhas).
  • Elemento: ar
  • Símbolo: um ramo de folhas com um pássaro pousado, indicando seus poderes de cura e de magia.
  • Comida: milho (Comida de Ossain)
  • Saudação: Ewe! Assa, assa ô! (oriki de Ossain)
  • Folhas: peregun e todas as folha pertence ao orixá ossain
  • Odu regente: Iká-Ori

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ORIXÁS CULTURA AMOR E FÉ!

Postado por: Ebomi at 21:20 0 Comentários
ORIXÁ

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Orixá Ogun / Ogum o Justiceiro

Postado por: Ebomi at 21:08 0 Comentários
O Orixá Ogun também conhecido como Ogum Meje, (duas espadas) é um dos mais reverenciados na cultura Yorubá. Além de ter sido o primeiro ferreiro, foi ele quem descobriu a fundição e inventou todas as ferramentas que existem. É o patrono da tecnologia e da própria cultura, pois sem as ferramentas nada mais poderia ser inventado. Até mesmo plantar, em grandes extensões, seria extremamente difícil.

Orixa ogun - ogum - oggun - orisa - orisha - ogum mege - meje - meji


Tendo inventado as ferramentas, com a foice ele abriu os primeiros caminhos para o resto do mundo, o que dá a ele o poder de abri-los ou fecha-los. Com a faca ele fez o primeiro sacrifício ritual, por isso sempre se louva Ogum durante estes sacrifícios. Com o ancinho ele arou terras e plantou. Com a tesoura cortou peles e inventou os abrigos. Com o machado cortou árvores para construir abrigos. Com o martelo pode unir os troncos com pregos, que ele inventou.

Com a cunha pode levantar grandes pesos e assim aconteceu de Ogun, com a espada que forjou, poder guerrear e conquistar territórios para seu povo.
No entanto, não quis ser rei, pois preferia os desafios ao poder. Continuou lutando e inventando para sempre. Hoje em dia, diz-se que os computadores e todos os analistas de sistemas são de Ogun.

A guerra pertence a Ogun



A guerra pertence ao Orisà Ogun, cujo nome significa exatamente guerra. Ogun nunca se cansa de lutar, costuma-se chamar por sua ajuda em situações que é extremamente difícil continuar lutando ou quando o inimigo é extremamente forte. Não se deve invocar Ogun a toa, pois seu gênio e extremamente violento. É um solteirão convicto. Teve muitas mulheres, mas não vive com nenhuma.


Orixá Ogum - Orisa Ogun - Orisha Ogum - ògun


Criou um filho adotivo, abandonado nas mãos dele por Yansã, a deusa dos ventos e raios, que por sua vez o havia adotado de Oxum, a deusa do amor e da riqueza. Um dos mitos sobre ele diz que Ogun é filho de Iemonjá com Oduduwa.

Desde criança sempre foi destemido, impetuoso, arrojado e viril, tendo se tornado sempre mais e mais um brilhante guerreiro e conquistado muitos reinos para seu pai. Não houve um só caminho que Ogun não tenha percorrido.

Um irmão dedicado, Ogum tinha por Oxossi uma afeição muito especial, defendendo-o várias vezes de seus inimigos e passando mesmo a morar fora de casa com Oxossi, quando este foi expulso de casa por Iemonjá.

Foi Ogun quem ensinou Oxossi (irmãos) a defender-se, a caçar e a abrir seus próprios caminhos nas matas onde reina. Ogun teve muitas mulheres, a principal delas Iansã, guerreira como ele, tendo sido roubada por Xangô, que é seu irmão por parte de mãe. Ele passou a viver sozinho, para a guerra e para a metalurgia.


Características de Ogun

  • Dia da semana: terça-feira
  • Cores: azul-cobalto (ou azul-ferreiro, como chamam alguns).
  • A cor exata é o azul da chama do fogo.
  • Símbolo: Espada, guerra, luta
  • Número: 7
  • Comida: feijoada, inhame kará
  • Saudação: Ogunhê! (Saudação de Ogum)
  • Folhas (ervas): macassá, abre-caminho, espada-de-são jorge.
  • Odu regente: Etáogundá

Oriki de Ogun

Ogum lakaiê, aki pi pá malé ogum

 Xirê de Ogum - Cantos ao Orixá

 




Tudo sobre Ogun:

 





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OXOSSI: O ORIXÁ DA CAÇA

Postado por: Ebomi at 21:06 2 Comentarios
 Oxossi, Oxosse, Osòsi ou Odé como é chamado em vários cultos do Orixá da e nações do Candomblé, Oxóssi também é  cultuado na Umbanda seu título é Odé (caçador).

Oxossi é filho de Iemanjá com Orunmila. É a divinização da floresta, reinando sobre o verde, sobre os animais selvagens, dos quais é considerado o dono e dos quais tem todas as virtudes. (no final do artigo Sobre Oxossi, tem um video com a dança deste orixá em um barracão de Candomblé).

Oxossi - osoosi - odé - kare - orixá - candomblé - umbanda - oxum - ogum - arole - oshosi


Orixá Oxossi é sagaz como o leopardo, forte como o leão, leve como o pássaro, silencioso como o tigre, observador como a coruja. Sabe se esconder como um tatu, é vaidoso como um pavão, corre como os coelhos, sobe em árvores como macacos, conhece os animais profundamente e com eles partilha o conhecimento da natureza.

Dizem os mitos que aprendeu a caçar com seu irmão Ogum, quando este lhe deu as pontas de flechas e, mais tarde, a espingarda, mas conta-se em outra lenda que foi Ogum quem aprendeu a caçar com Oxossi e em troca Ogum  lhe mostrou a arte da Guerra.

Orixá Oxossi

A essência deste caçador é “atingir um objetivo”. Fixar o alvo e atingi-lo. Alimentar a família. Oxossi sempre foi o responsável por alimentar a família. É considerado o orixá que dá de comer às pessoas, pois sob seus domínios estão os animais e os vegetais. Assim, invoca-se a energia de Oxossi quando se quer encontrar algo ou atingir algum objetivo e para prover sustento (moral ou físico) durante as jornadas.

Invoca-se Oxossi, o patrono da natureza, quando se quer encontrar remédios para certos males, embora seja necessário pedir para Ossain que o remédio faça efeito. Ogum assim o fez, mas como Oxossi relutasse em voltar ao lar, e ao voltar desfeiteasse sua mãe, esta o proibiu de viver dentro da casa, deixando-o ao relento. Como havia prometido ao irmão ser sempre seu companheiro, Ogum foi viver também do lado de fora da casa.

Oxossi tornou-se o melhor dos caçadores e diz o mito que foi ele quem livrou Araketu, sua cidade, de um grande feitiço das perigosíssimas ajés (feiticeiras africanas) Iyami Osorongá, que se transformam em pássaros e atacam as pessoas e cidades com doença e miséria. Odé casou-se com Oxum e teve um filho chamado Logum edé.

Tendo uma das feiticeiras pousado sobre o palácio do rei do Ketu e os demais caçadores do reino perdido todas as suas flechas tentando mata-la, Oxossi, com apenas uma, deu cabo do perigoso pássaro, tendo sido conclamado o rei do Ketu. Pede-se a Odé, portanto que destrua feitiços ou energias maléficas.

Um dia, enquanto caçava elefantes para retirar-lhe as presas, Oxossi encontrou e apaixonou-se por Oxum, a deusa das águas doces e do ouro que repousa em seus leitos, e com ela teve um filho, Logun-Edé. Filho da floresta com as águas dos rios, Logun-Edé é considerado o orixá da riqueza e da fartura, que ambos os domínios apresentam e dos quais compartilha.


Características de Oxossi

  • Dia da semana: terça-feira
  • Cores: azul e verde (azul pela relação com o ar – no lançamento das flechas – e verde pelas matas).
  • Símbolo: Ofá (arco e flecha)
  • Elemento: ar e terra
  • Número: 3
  • Comida: milho e coco
  • Saudação: Okê Aro, Oxossi!
  • folhas: espinho cheiroso, alecrin, folha da jaqueira
  • odu regente: Obará

Veja o vídeo com o Rum de Oxossi

(a Dança deste lindo Orixá)


Fundamentos de Oxóssi


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Orixá Exú - O mensageiro e dono da Encruzilhada

Postado por: Ebomi at 20:50 2 Comentarios
O Orixá Exú (Esù) é o verdadeiro mal e bem dentro de um só ser, também conhecido com Eleguá, Elegbará, Bara, o mensageiro do Céu a serviço dos Orixás e seres humanos.

É dono da Encruzilhada, Orixá Exú rege a dinâmica, o movimento, os seres humanos quando foram criando por olodumare ficam parados igual a um boneco dai olodumare acrescentou um bara (que habita o corpo) dentro de cada ser humano para que ele tivesse dinâmica.

Esú mora na encruzilhada e é controvertido. Tem um gênio travesso e faz o que lhe pedem. Não tem noção de bem e de mal e se movimenta apontando o pênis para o lugar onde quer ir. Não existe lugar no passado, presente ou futuro a que Eshú não possa ir. Também é associado a sexualidade – a segunda fome humana.

Filho primogênito de Iemanjá (lenda) com Orumila (Lenda), o deus da adivinhação e irmão de Ogun, Xangô e Oxossi, era voraz e insaciável. Conseguiu comer todos os animais da aldeia em que vivia.
Depois disso, passou a comer as árvores, os pastos, tudo o que via até chegar ao mar. Orunmila previu então que Eu não pararia e acabaria comendo os homens, e tudo o que visse pela frente, chegando mesmo a comer o céu.



Orixá exú - orisha eshu - orisa esu - elegbara - elegua - bara


Ordenou então a Ogum (oriki) que contivesse o irmão Esú a qualquer custo. Para conseguir isso, Ogun foi obrigado a matar Esú, a fim de preservar a terra criada e os seres humanos. Mesmo assim, depois da morte do Orixá 
Exú, a natureza, os pastos, as árvores e os rios, tudo permaneceu ressecado e sem vida, doente e morrendo.

Um babalaô (representante de Orunmila na terra) alertou Orunla de que o espírito de Esú sentia fome e desejava ser saciado, ameaçando provocar a discórdia entre os povos como vingança pelo que Orunmila e Ogun haviam feito.


Orunmila determinou então que em toda e qualquer oferenda que fosse feita pelos homens a um orixá, houvesse uma parte em homenagem a Esú, e que essa parte seria anterior a qualquer outra, para que se mantivesse sempre satisfeito e assim possibilitasse a concórdia.

Caracteristica do Orixá Exú

  • Dia da semana: segunda-feira
  • Cores: preto e azul escuro (entre os Iorubas) e preto e vermelho (angolanos).
  • Elemento: Fogo e ar
  • Símbolo: Ogó (um pênis de madeira, com búzios pendurados simbolizando o sêmen).
  • Número: 1
  • Comida: farofa (ipade)
  • Saudação: Laro-yê, Esú!
    (Oriki de Exú)
  • Folhas: ortíga, caçansão, arrebenta cavalo
    (folhas de Exú)
  • Odu regente: Okaran
    (leia sobre este odu)
  • ORIKI- Saudação do Orixá Exú

(veja um oriki completo de Exú Orixá)
EXÚ MAXÊ MI OMO OLOMIRAN ONI OCHÊ, EXÚ MAXÊ, EXÚ MAXÊ, EXÚ MAXÊ!!

(tradução)
Exú não faça mal ao meu filho faça mal ao filho do outro, exú não me faça mau!!

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